Mostrar mensagens com a etiqueta palavras alheias. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta palavras alheias. Mostrar todas as mensagens

04/02/2024

Do apeirógono - Portrait d’une révolte anti-européiste

Il n’était pas faux de voir dans le mouvement des agriculteurs un mouvement social européen, comme on l’a souvent entendu, mais il fallait surtout y reconnaître une révolte antieuropéiste généralisée. Les événements sont venus confirmer cette impression : c’est à Bruxelles que le gouvernement français a dû se rendre pour négocier des concessions pour ses agriculteurs, comme s’il n’était plus qu’un syndicat des intérêts nationaux dans le cadre européen, sur lequel il fallait faire pression. Le vrai pouvoir, pour une fois, s’exposait, et s’exposait même fièrement, surplombant les peuples, les nations, les États.
Il faut toutefois définir correctement l’européisme. L’européisme n’est pas la civilisation européenne, ni même la construction européenne, mais une idéologie empruntant à l’europe son nom tout en ayant peu à voir avec elle. L’européisme est d’abord un intégrationnisme continental sans fin, dans la mesure où la construction européenne ne doit jamais cesser, et s’étendre sans cesse, comme en témoigne la tentation toujours renaissante d’y associer de nouveaux États, comme en témoigne aussi le désir de multiplier les accords de libre-échange à la grandeur du monde, l’européisme semblant ici se confondre avec un mondialisme ne disant pas son nom, comme en témoigne aussi son immigrationnisme forcené. L’UE se présente comme le moteur de l’unification mondiale et doit broyer les nations particulières qui ne consentent pas à s’y dissoudre – elles sont alors accusées de verser dans l’égoïsme national. Elles ne trouveront une certaine grandeur morale qu’en abdiquant leur souveraineté – généralement en renonçant à la règle de l’unanimité au niveau communautaire.

02/11/2023

De uma 'tropa' da qual digo

"mesmo que a sepente se contorça diante de mim, continuo a duvidar da sua seriedade" (1) 

Le symbole d’une vision du monde obtuse et sectaire

"Um grande momento já encontrou muitas vezes uma estirpe pequena, mas nunca uma estirpe tão pequena encontrou um tempo tão grandioso" (2)

Il y a comme une drôle d’atmosphère. Un abattement généralisé, une méfiance, une peur qui se faufile dans les regards, les corps crispés dans le métro, les conversations où on regarde dans son dos en murmurant. C’est le conflit Israël-Hamas qui ravive la rage identitaire entretenue par l’islamisme et aidé par le Wokistan, mais surtout la parole décomplexée, l’expression outrageuse de n’importe quelle opinion, la colère qui l’accompagne, l’identité qui gueule derrière chaque conviction, la confusion humaniste.
Mona Chollet, la gourou des femmes sans amour, la penseur de la déresponsabilisation féminine collective, pourvoyeuse d’une belle arnaque historique sur les sorcières réduites à n’être que des victimes, se pique aussi d’apporter sa pierre au conflit Israël-Hamas. Elle s’offusque d’un tweet où elle interpelle Libération dont la couverture du 9 octobre osait afficher le pogrom du 7 octobre :
« Vous êtes au courant qu’il y a aussi des centaines de tués côté palestinien, @Libé ? Des familles entières massacrées ? Pas la bonne couleur de peau, peut-être ? »
Des familles juives viennent d’être massacrées mais Mona Chollet ne peut pleurer que les morts de son camp, les damnés de la terre, les oppressés de la colonisation, comme le lui a appris le catéchisme islamiste. Quant à la couleur de peau, j’en souris presque d’absurdité. Mais comme ce n’est pas suffisant, elle se fend d’un long texte sur son blog pour défendre l’idée d’un Etat binational.

Il existe 57 pays musulmans dans le monde. Un seul Etat démocratique et juif. Un Etat juif où 20 % de la population est arabe israélienne, où le directeur de la banque d’Israël est un Arabe israélien, où des députés, des médecins, des ingénieurs, des infirmiers, des commerçants, des étudiants sont arabes israéliens, voilà qui pose problème aux antisionistes-antisémites. Je ne dis pas que tout est pacifié, il subsiste des problèmes graves nés de la question palestinienne tragiquement irrésolue, mais je précise que les Arabes israéliens sont plus épanouis et plus libres en Israël que n’importe quelle minorité dans n’importe lequel des 57 Etats à majorité musulmane.

Se isto é um povo


Não há mater dolorosa israelita neste conflito: a Pietà é palestiniana.

         . Miguel Granja – 31.10.23

Das centenas de disputas territoriais actualmente em curso no mundo, apenas aquela que envolve Israel surge sempre, e não por acaso, enquadrada em termos legais. Mais do que enquadrada – reduzida a, e armadilhada em, termos legais.
Em nenhum outro conflito ou disputa a questão legal é tão central e invariável: o conflito em Caxemira, que envolve a Índia e o Paquistão, nunca é qualificado em termos da sua legalidade: Caxemira é “disputada”. Ponto final. Não há registos, por exemplo, de grandes manifestações em Londres e Paris contra a ilegalidade da ocupação turca do norte de Chipre, e o conflito curdo-iraquiano não desperta o mínimo interesse, nem legal nem outro, na opinião pública ou publicada. Se na maior parte dos casos as esferas do direito e da geopolítica são totalmente distintas e autónomas, e analisadas tendo como pressuposto essa distinção e essa autonomia, no caso de Israel elas são praticamente fundidas até à total indistinção. A forma como enquadramos um conflito também é parte do conflito.
O actual conflito na Ucrânia permite uma comparação oportuna. As análises ao exercício de legítima defesa da Ucrânia nunca incluem, por parte dos “especialistas”, recomendações a Zelensky sobre “proporcionalidade” e prelecções sobre a inocência dos civis russos.
Israel tem, pois, todo o direito de travar uma única guerra, que é ao mesmo tempo uma guerra única: a guerra em que ninguém morre, a não ser judeus; em que ninguém sofre, a não ser judeus; em que ninguém é desalojado ou hospitalizado, a não ser judeus. Em que a parte agredida tem como responsabilidade primeira a de proteger a parte agressora mais do que a parte agredida que está à sua responsabilidade; em que Israel tem mais deveres de protecção da população de Gaza do que o Hamas que a governa; em que Israel é obrigado a preservar intactos os hospitais, as escolas e as mesquitas que o Hamas armadilha e a partir dos quais ataca Israel. De acordo com o enquadramento legal vigente que rege estas matérias sensíveis, a guerra que não existe é a única guerra que Israel pode travar pela sua existência. Israel tem todo o direito de travar uma guerra impossível – e nenhuma outra.

14/10/2023

El horror de Hamás y el precio del populismo

«La verdadera explicación de la disfunción de Israel es el populismo y no una supuesta inmoralidad. Durante muchos años, Israel ha estado gobernado por un hombre fuerte populista, Benjamín Netanyahu, que es un genio de las relaciones públicas, pero un primer ministro incompetente. En repetidas ocasiones ha primado sus intereses personales por encima del interés nacional y ha forjado su carrera dividiendo a la nación contra sí misma»

LOS israelíes estamos tratando de entender lo que acaba de golpearnos. Al principio comparamos el desastre actual con la guerra de Yom Kippur en 1973. Hace 50 años, los ejércitos de Egipto y Siria lanzaron un ataque por sorpresa e infligieron a Israel una serie de derrotas militares, antes de que las Fuerzas de Defensa de Israel (FDI) se reagruparan, recuperaran la iniciativa y revirtieran la situación. Pero a medida que surgían más y más historias e imágenes horribles sobre la masacre de comunidades enteras, nos damos cuenta de que lo que ha sucedido no se parece en nada a la guerra de Yom Kippur. En los periódicos, en las redes sociales y en las reuniones familiares, la gente hace comparaciones con las horas más oscuras del pueblo judío, como cuando las unidades asesinas móviles de los Einsatzgruppen nazis rodearon y asesinaron a 

19/04/2023

O bater de asas do colibri de Wall Street

Em janeiro de 2022, quando os juros das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos dos Estados Unidos ainda rondavam 1% e os das Bunds alemãs na mesma maturidade eram de 0,5%, adverti que a inflação afectaria tanto as ações como as obrigações. A inflação mais elevada conduziria a um aumento das “yields” da dívida, o que, por sua vez, penalizaria as acções à medida que o factor de desconto dos dividendos fosse aumentando. No entanto, ao mesmo tempo, os juros mais elevados das obrigações – um activo considerado “seguro” – implicariam também uma queda do seu preço, devido à relação inversa entre as “yields” e o preço das obrigações.

Este princípio de base – conhecido como “risco de duração” – parece ter sido esquecido por muitos banqueiros, investidores em obrigações e reguladores da banca. À medida que o aumento da inflação em 2022 foi levando a uma subida dos juros da dívida, as OT a 10 anos perderam mais valor (caíram 20%) do que o índice S&P 500 (que recuou 15%) e quem quer que detivesse dívida de longa duração denominada em dólares ou euros é que teve de arcar com as consequências. E as consequências, para estes investidores, foram severas. Em finais de 2022, as perdas não realizadas [isto é, que ficam em suspenso no balanço] dos bancos norte-americanos com dívida soberana dos EUA ascenderam a 620 mil milhões de dólares, o que correspondeu a cerca de 28% do seu capital total (2,2 biliões de dólares). Para piorar as coisas, o aumento das taxas de juro também reduziu o valor de mercado de outros activos dos bancos.
Se um indivíduo contrair um crédito bancário a 10 anos quando as taxas de juro de longo prazo estão em torno de 1% e depois esses juros subirem para 3,5%, o real valor desse empréstimo (o que outra pessoa no mercado pagaria por ele) diminuirá. Tendo isso em conta, as perdas não realizadas dos bancos norte-americanos ascendem actualmente a 1,75 biliões de dólares – ou 80% do seu capital.
A natureza “não realizada” destas perdas é um mero artefacto do actual regime regulatório, que permite que os bancos avaliem os títulos e empréstimos pelo seu valor facial em vez de os avaliarem pelo seu verdadeiro valor de mercado.

26/03/2023

Exclamação I

Gilles Lipovetsky
* esteve cá e um jornal pô-lo a discretear em redor dos corolários do seu último livro, A Sagração da Autenticidade, no qual nada há de inédito à excepção de alterações de 'consciências colectivas', ponderáveis e factuais, que a minha inteligência e as minhas percepções impedem vislumbrar. 
Quem antes detectou e explicou o individualismo contemporâneo em A era do Vazio e Tempos Hipermodernos, oco em A Era do Vazio, efémero em O Império do Efémero e Plaire et Toucher - essai sur la société de la séduction, principal componente da mundialização do ocidente ou ocidentalização do mundo em L’Occident mondialisé, fica ‘manietado’ – não vislumbro, mas .. posso estar equivocado ou saber pouco, mas à mole vazia, seduzida por uma felicidade, paradoxal, fascinada pelo efémero, etc… nada faz prova de uma alteração qualitativa. Nem uma mais aparente que real consciência ambiental, colectiva – para já e por enquanto parece-me serem poucos os que, com impacto expresso e significativo, abdicaram de parcela de comodismo, consumismo, … e por aí vai em favor do 'calhau gravitante' e benefício do futuro da humanidade, com excepção de um charivari politicamente orientado. Ora, disto à consciencialização vai uma regeneração - que, para Lipovetsky é já mensurável (ler excerto) mas, para mim, permanece um desiderato. Em que mundo viverá ele?! - que suscita um universo de dúvidas e muito poucas certezas. 

" (...) O autêntico passou a ser o new cool. (...) a autenticidade exibe todo o seu esplendor, afirmando-se como um objecto de desejo de massas. (...) Cada vez mais, a comunicação das empresas procura denunciar a insignificância espetacular, jurando não fazer greenwashing ou socialwashing. Sai a ganhar aquele que for mais honesto, mais autêntico: trata-se, em todos os quadrantes, de promover as «verdadeiras» necessidades e valores (...) Depois do «chique radical», hoje em dia, exige-se autenticidade em tudo: nos pratos, nos locais que se visitam, em nossa casa, em nós, na educação, no universo das marcas comerciais, na liderança das empresas, na vida política e religiosa. E, acima de tudo, mais do que nunca, na vida pessoal, familiar, sexual, profissional. (...) Ao contrário dos momentos anteriores, a nova fase de modernidade em que entrámos promove a consagração social da ética da autenticidade individual. (...)"

Homem de Fé! Não me importava de coabitar a bolha dele.

* pensador que sigo com muito interesse

23/03/2023

Uma determinada 'cartografia'. Mas ...

os aromas do tempo que corre, dizem-nos que cada qual usa a geodésia a seu bel-prazer e de acordo com a(s) 'ciência'(s) por si validada(s). Chega-se a isto quando se dá conta que 1. cada homem determina por si próprio o tipo de pensamento que quer ter e 2. quem anda à nossa volta não tem interesse em ser desenganado.
                                                                       Ø
En francés (y en otros idiomas, como el mío, el esloveno) para designar el “futuro” existen dos palabras que no pueden traducirse adecuadamente en algunas lenguas: futur y avenir. Futur designa el futuro como la continuación del presente, mientras que avenir es una discontinuidad con el presente: lo que está por venir (à venir), no solo lo que será. Si Trump estuviese por derrotar a Biden en las elecciones de 2020, hubiera sido (antes de las elecciones) el futuro presidente, pero no el presidente por venir.

El pasado está abierto a reinterpretaciones retroactivas, mientras que el futuro está cerrado, ya que vivimos en un universo determinista. Esto no significa que no podamos cambiar el futuro; solo significa que, para cambiar nuestro futuro, primero deberíamos (no “entender”, sino) cambiar nuestro pasado, reinterpretarlo de manera que se abra hacia un futuro diferente del que implica la visión predominante del pasado. ¿Habrá una nueva guerra mundial? La respuesta puede únicamente ser paradójica: SI fuera a haber una nueva guerra, será una guerra necesaria: “si tiene lugar un acontecimiento excepcional, una catástrofe, por ejemplo, no podría no haber tenido lugar; sin embargo, en tanto no tuvo lugar, no es inevitable. Es, pues, la concreción del acontecimiento – el hecho de que se produzca – lo que crea retroactivamente su necesidad”. Una vez que estalle el conflicto militar a pleno (entre EE.UU. e Irán, entre China y Taiwán, entre Rusia y la OTAN...), aparecerá como necesario, es decir, leeremos automáticamente el pasado que condujo a eso como una serie de causas que necesariamente provocaron el estallido. Si no se produce, lo leeremos como leemos hoy la Guerra Fría: como una serie de momentos peligrosos en los que la catástrofe se evitó porque ambas partes eran conscientes de las consecuencias mortales de un conflicto mundial.

11/03/2023

Todas as construções humanas são combinatórias

"Foi com horror que descobrimos que a quantidade de pessoas é mais decisiva do que a qualidade das verdades. (...) O meu problema não é aperfeiçoar a minha consciência, mas saber até que ponto a minha consciência é minha."  *

El enunciado de esta intervención, Los sujetos de la historia, es demasiado amplio y, por tanto, poco preciso. Podría entenderse, por ejemplo, que quiero hoy hablar de quienes han protagonizado, o simplemente vivido, los hechos ocurridos en el pasado humano. Y no es así. Quiero referirme a los protagonistas de la historia como relato o visión sobre ese pasado, como parcela del conocimiento heredada por nosotros tras ser elaborada por sucesivas generaciones de historiadores o memorialistas.

Así entendida, como narración, la historia ha cambiado mucho a lo largo del tiempo. Y yo quisiera referirme ahora a la evolución de sus actores o protagonistas a lo largo de las últimas décadas, incluso, a grandes rasgos, hasta casi a todo el último siglo.
Una evolución vinculada, según creo, al cambio intelectual global vivido por mi generación, cuyo ciclo vital no se halla ya tan lejos del siglo, y tienen ante ustedes un ejemplo de ello.
Al comenzar aquel recorrido, la visión del pasado que se nos enseñaba a los niños de mi época se veía dominada por grandes sujetos, individuales o colectivos, a los que se nos presentaba con rasgos heroicos. A veces eran naciones, o pueblos, grupos humanos idealizados que actuaban de manera unánime, movidos por un ideal común. Otras, se trataba de individuos, personajes, los fundadores de la comunidad, los padres de la patria, rodeados de un aura religiosa e insertos en una visión providencial del mundo. En el origen de los tiempos, aquellos héroes, unidos o enfrentados entre sí, protegidos o perseguidos por los dioses, instrumentos suyos o rebeldes contra su poder, habrían luchado (a muerte, por supuesto) y forjado el mundo tal como es hoy: violento, jerarquizado, infeliz. Nosotros no podíamos soñar con cambiarlo ni aspirar a entrar en la esfera de los héroes. Lo que debíamos hacer era memorizar sus hazañas y recitarlas.

07/03/2023

Innovation Power

              Why Technology Will Define the Future of Geopolitics 

When Russian forces marched on Kyiv in February 2022, few thought Ukraine could survive. Russia had more than twice as many soldiers as Ukraine. Its military budget was more than ten times as large. The U.S. intelligence community estimated that Kyiv would fall within one to two weeks at most.
Outgunned and outmanned, Ukraine turned to one area in which it held an advantage over the enemy: technology. Shortly after the invasion, the Ukrainian government uploaded all its critical data to the cloud, so that it could safeguard information and keep functioning even if Russian missiles turned its ministerial offices into rubble. The country’s Ministry of Digital Transformation, which Ukrainian President Volodymyr Zelensky had established just two years earlier, repurposed its e-government mobile app, Diia, for open-source intelligence collection, so that citizens could upload photos and videos of enemy military units. With their communications infrastructure in jeopardy, the Ukrainians turned to Starlink satellites and ground stations provided by SpaceX to stay connected. When Russia sent Iranian-made drones across the border, Ukraine acquired its own drones specially designed to intercept their attacks — while its military learned how to use unfamiliar weapons supplied by Western allies. In the cat-and-mouse game of innovation, Ukraine simply proved nimbler. And so what Russia had imagined would be a quick and easy invasion has turned out to be anything but.
Ukraine’s success can be credited in part to the resolve of the Ukrainian people, the weakness of the Russian military, and the strength of Western support. But it also owes to the defining new force of international politics: innovation power. Innovation power is the ability to invent, adopt, and adapt new technologies. It contributes to both hard and soft power. High-tech weapons systems increase military might, new platforms and the standards that govern them provide economic leverage, and cutting-edge research and technologies enhance global appeal. There is a long tradition of states harnessing innovation to project power abroad, but what has changed is the self-perpetuating nature of scientific advances. Developments in artificial intelligence in particular not only unlock new areas of scientific discovery; they also speed up that very process. Artificial intelligence supercharges the ability of scientists and engineers to discover ever more powerful technologies, fostering advances in artificial intelligence itself as well as in other fields — and reshaping the world in the process.
The ability to innovate faster and better—the foundation on which military, economic, and cultural power now rest — will determine the outcome of the great-power competition between the United States and China. For now, the United States remains in the lead. But China is catching up in many areas and has already surged ahead in others. To emerge victorious from this century-defining contest, business as usual will not do. Instead, the U.S. government will have to overcome its stultified bureaucratic impulses, create favorable conditions for innovation, and invest in the tools and talent needed to kick-start the virtuous cycle of technological advancement. It needs to commit itself to promoting innovation in the service of the country and in the service of democracy. At stake is nothing less than the future of free societies, open markets, democratic government, and the broader world order.

04/03/2023

Modo de estar ou modo de ser? *

É o nosso «modo de estar» porque a maioria das sociedades com as quais nos devíamos comparar  seria um bom ponto de partida se assim fosse mas suspeito que o é somente no âmbito da mais inócua retórica  não possuem ponderáveis dissemelhanças de «modo(s) de ser», mas lograram evidentes e melhores «modo(s) de estar». 
                                                             ~ ~
          O nosso quotidiano regista um pico de casos que, aparentemente, causam generalizada comoção e frémito públicos. São os casos dos 
abusos sexuais no seio da igreja católica e o dos assédios na Universidade de Lisboa. Ambos tomaram esta dimensão ― tarde saíram à luz do dia! ― por mimetismo (ou simpatia) por influência e sob os ecos de (anos a fio) de processos idênticos na estranja - nenhuma onda de denúncia e acusação deixou, antes, de ter condições para se efectivar. A dimensão dos casos no seio da igreja é o que é por se tratar de um cúmulo de décadas e décadas de conivência e silenciamento criminosos - não aconteceu no seio da Casa Pia, há décadas, sem que alguém se chegasse à frente?! Já agora: deixou de acontecer?   

          Para os intoleráveis casos de assédio nesse campus aos/às imberbes, e outros, a minha intolerância ainda é maior por razões várias, e que não enfatizo sem antes contar até quinze. Relato um caso em que intervim
 🔑 1972, era eu um fedelho, liceal; no decurso de uma aula de Matemática, o professor (FWdeM) exgiu a uma aluna que escrevesse mais alto no quadro. A ideia do voyeur era obviamente fazer com que a aluna (NVS), no movimento, exibisse as coxas mercê da bata curta. Levantei-me, disse à aluna que não o fizesse, avisei o professor, abandonei a aula, bati à porta do reitor (dr. Vargas Pessegueiro), e comuniquei o que havia a comunicar com as exigências que entendi propositadas. Ficou encerrado o caso e, que me conste, o professor jamais tentou fazer-se engraçadinho com menina alguma, e por maioria de razões com aquela.
É comum dizer-se que "ninguém dá o que não tem". Acrescento: se estiver disposto ao 'incómodo'. 
                                                           ~  ~
Engasgai-vos no vosso vómito, chafurdai na lama que criais, afogai-vos na merda em que sobreviveis e na qual outros, poucos, vicejam.
                                                                                       Vive valeque

* título do último livro de João Maurício Brás

25/02/2023

A industrialização da 'inteligência'

E nós somos os seus idiotas úteis.

Hannah Arendt n’"A Crise da Educação" escreveu que cada nova geração era como uma invasão bárbara, que os adultos tinham de civilizar - cabia aos detentores da ordem, aos conhecedores das leis do mundo, etc. iniciar os recém-chegados.
Hoje, no vórtice digital do século XXI, não são os bárbaros que saqueiam Roma mas os antigos romanos que, pela manhã, já não reconhecem a sua cidade. Tornamo-nos bárbaros no nosso próprio mundo. 
A ‘história’ já não nos aniquila antes de, alguns séculos depois, construir algo novo sobre escombros de guerras e invasões: deixa-nos no lugar. Teremos a IA que fizermos por merecer.
                                                                    ―
Sempre detestei flores artificiais. Desse futuro não terei saudades. 

15/02/2023

A Free World, If You Can Keep It

Ukraine and American Interests

Robert Kagan in Foreign Affairs

Before February 24, 2022, most Americans agreed that the United States had no vital interests at stake in Ukraine. “If there is somebody in this town that would claim that we would consider going to war with Russia over Crimea and eastern Ukraine,” U.S. President Barack Obama said in an interview with The Atlantic in 2016, “they should speak up.”
Few did.
Yet the consensus shifted when Russia invaded Ukraine. Suddenly, Ukraine’s fate was important enough to justify spending billions of dollars in resources and enduring rising gas prices; enough to expand security commitments in Europe, including bringing Finland and Sweden into NATO; enough to make the United States a virtual co-belligerent in the war against Russia, with consequences yet to be seen. All these steps have so far enjoyed substantial support in both political parties and among the public. A poll in August last year found that four in ten Americans support sending U.S. troops to help defend Ukraine if necessary, although the Biden administration insists it has no intention of doing so.

03/09/2022

Da estultificação em curso


         EE.UU. vive una era de cambios rápidos que desordena los campos establecidos sin producir nada nuevo. Goldberg comenta un libro que explica cómo la evolución cultural se vincula allí con el deseo de ascender en la escala social.

                Michelle Goldberg, ensayista y columnist/New York Times - 3 September 2022

En mayo, el crítico literario Christian Lorentzen publicó en la plataforma Substack un boletín sobre el aburrimiento.
Las películas de Hollywood son aburridas. La televisión es aburrida. La música pop es aburrida. El mundo del arte es aburrido. Broadway es aburrido. Los libros de las grandes editoriales son aburridos”, escribió.
Como yo también me he aburrido bastante, pagué cinco dólares para leer el artículo completo, pero no me convenció su conclusión, que atribuye la culpa del estancamiento artístico a la primacía del marketing. La aversión al riesgo de los conglomerados culturales no puede explicar por qué no surgen más cosas independientes interesantes. Yo tenía la esperanza de que, cuando el agujero negro de la presidencia de Donald Trump terminara, la energía redirigida permitiera un florecimiento cultural. Hasta ahora, eso no ha sucedido.
Una advertencia obvia: soy una madre blanca de mediana edad, así que cualquier cosa que sea verdaderamente genial ocurre, por definición, fuera de mi ámbito. Sin embargo, cuando voy a cafés donde hay gente joven, la música suele ser la misma que yo escuchaba cuando era joven o música que suena igual. Uno de los singles más exitosos del año es una canción de Kate Bush que salió en 1985. No se me ocurre ninguna novela o película reciente que haya provocado un debate apasionado. Las discusiones públicas sobre el arte – sobre la apropiación y la ofensa, por lo general – se han vuelto tediosas y repetitivas, casi mecánicas.
Los artículos escritos sobre la microescena levemente transgresora de Manhattan conocida como Dimes Square son en sí mismos una prueba de la sequía cultural; los cronistas del zeitgeist están desesperados por encontrar nuevo material.
    (Yo misma soy culpable de haber escrito un artículo de ese tipo.)
Mucha gente está buscando algo vivaz y nuevo y no lo encuentra.
La mejor explicación que he leído sobre nuestro actual malestar cultural aparece al final del libro de W. David Marx, Status and Culture: How Our Desire for Social Rank Creates Taste, Identity, Art, Fashion, and Constant Change (Estatus y cultura: Cómo nuestro deseo de nivel social crea el gusto, la identidad, el arte, la moda y el cambio constante), un libro que no es nada aburrido y que modificó sutilmente mi forma de ver el mundo.

05/06/2022

Llosa

sobre um livro alheio e, de passagem, umas notas sobre um dos maiores pulhas do séc.XX

28/08/2021

'Caminhos de floresta'

não são disputados por demasiados concorrentes, e recomenda a cautela que não sejam percorridos na companhia de arlequins, cata-ventos, charlatães ou embusteiros ― Sloterdijk é uma óptima companhia.

16/01/2021

É por estas e outras que não voto no prof. Marcelo

Em 2016, votei no prof. Marcelo ‒ imaginei que servisse de contrapeso à frente de esquerda no poder. À época, não tinha excessivo respeito pelo prof. Marcelo. Hoje não tenho nenhum.

Eis uma compilação representativa do homem que ocupou a chefia do Estado nos sessenta meses anteriores e que, salvo envenenamento por zaragatoas, a ocupará nos sessenta que se seguem.
     A 9 de Janeiro, para justificar a prisão domiciliária de milhões de pessoas, o prof. Marcelo acusou os portugueses de quebrarem o “pacto de confiança” por terem passado o Natal a contaminarem-se com o vírus.
     A 10 e 11 de Janeiro, o prof. suspeitou estar infectado e desatou, “de duas em duas horas”, a submeter-se a testes à Covid, cujos resultados oscilantes mandou publicar no “site” da presidência e cuja reputação saiu arruinada do episódio.
    A 12 de Janeiro, o prof. Marcelo afirmou-se “muito irritado” com as autoridades da saúde, não por estas terem voltado a cancelar o tratamento a inúmeros cancerosos condenando-os a uma morte quase certa, nem por continuarem a desprezar os hospitais privados no combate à epidemia, mas por não lhe darem um esclarecimento escrito sobre a participação dele num debate televisivo.
     Ainda a 12 de Janeiro, o prof. Marcelo propôs à AR o prolongamento do estado de emergência até ao fim do mês, agora com a possibilidade de “medidas de controlo de preços e combate à especulação ou açambarcamento de determinados produtos”.
    A 13 de Janeiro, data de uma “comunicação” do dr. Costa que oficializou a situação ditatorial no país, soube-se também que o Ministério Público andou a espiolhar dois jornalistas, embora sobre ambas as coisas o prof. Marcelo ficasse calado.
     A 14 de Janeiro, o prof. Marcelo achou “inevitável” o aumento da dívida, visto que “não há outro remédio”, e que é “importante” que a PGR investigue o que ocorreu com os jornalistas investigados pela PGR “doa a quem doer”.
    A 15 de Janeiro, o prof. Marcelo já fez mais de 80 (oitenta) testes à Covid e prepara-se para apoiar o “confinamento” até à Primavera. 
Desprezo pelos cidadãos. Paternalismo. Demagogia. Hipocondria. Privilégio. Egocentrismo. Obsessão com o próprio umbigo. Pavor face à eventual impopularidade desse umbigo. Horror ao confronto. Fogachos autoritários. Indiferença estratégica perante as acções calamitosas, e frequentemente criminosas, do governo. Desdém dedicado às consequências ou inconsciência das mesmas. Apreço pela conversa fiada. Relativa infantilização do cargo e do mundo em redor. 
Os estragos que o dr. Costa causou nestes cinco anos só têm rival na placidez com que o prof. Marcelo os permitiu e legitimou. Porém, confesso relativa surpresa com o incondicional beneplácito do prof. Marcelo no processo indispensável ao respectivo êxito. 
Segundo diversos comentadores, a reeleição do prof. Marcelo é a garantia de que o PS não toma conta de tudo. Percebo a ideia. Infelizmente, a ideia não percebe a realidade.

Sob a atentíssima vigilância do prof. Marcelo, o PS conquistou o Tribunal de Contas, o Banco de Portugal, a Procuradoria-Geral da República e uma infinidade de órgãos secundários e terciários por aí abaixo e pelo país afora. Além disso, com inédita desfaçatez, o PS transformou o compadrio em moeda de troca, o empobrecimento em modo de vida e, sob a conivência jovial do prof. Marcelo, a impunidade em habitat natural. 
Em lugar da garantia de que o PS não toma conta de tudo, o prof. Marcelo parece garantir de que ao PS não escapa nada, incluindo, dadas as circunstâncias, a própria presidência da República.
Dadas as circunstâncias, é inútil especular sobre o que seria de nós caso Belém estivesse nas mãos de um marxista confesso. Basta constatar o que é de nós estando Belém como está. E concluir que dificilmente poderíamos estar mais condenados à desgraça. De facto, convém ao dr. Costa ter um alegado “social-democrata”, “liberal-social” ou lá o que é, a amparar-lhe o fanatismo e a inépcia.
Um camaradinha do partido evidenciaria em excesso a arbitrariedade do regime – um “adversário” suaviza-a e ajuda a simular “pluralismo” e “democracia” entre os distraídos e os comatosos. E principalmente na ausência de oposição.

Corre por aí que não compete ao prof. Marcelo substituir-se a uma oposição com a vitalidade dos pisa-papéis. Formalmente, é verdade. Na prática, nunca foi tão necessário um presidente capaz de escrutinar o governo e afrontar os seus abundantes excessos. E nunca, antes do prof. Marcelo, um presidente abdicou tão radicalmente dessa função. Durante cinco anos, o prof. Marcelo preferiu a “estabilidade”.

Haverá mais cinco anos para confirmar que a “estabilidade” dele não se distingue da nossa miséria, material e não só. Mas, desta vez, não com o meu voto.
É melhor perder com decência do que ganhar com vergonha. 

                              • Alberto Gonçalves

Dos exantemas de uma sociedade falhada