sem mimimis
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30/09/2024
04/02/2024
Do apeirógono - Portrait d’une révolte anti-européiste
Il
n’était pas faux de voir dans le mouvement des agriculteurs un
mouvement social européen, comme on l’a souvent entendu, mais il
fallait surtout y reconnaître une révolte antieuropéiste
généralisée. Les événements sont venus confirmer cette
impression : c’est à Bruxelles que le gouvernement français a dû
se rendre pour négocier des concessions pour ses agriculteurs, comme
s’il n’était plus qu’un syndicat des intérêts nationaux dans
le cadre européen, sur lequel il fallait faire pression. Le vrai
pouvoir, pour une fois, s’exposait, et s’exposait même
fièrement, surplombant les peuples, les nations, les États.
Il
faut toutefois définir correctement l’européisme. L’européisme
n’est pas la civilisation européenne, ni même la construction
européenne, mais une idéologie empruntant à l’europe son nom
tout en ayant peu à voir avec elle. L’européisme est d’abord un
intégrationnisme continental sans fin, dans la mesure où la
construction européenne ne doit jamais cesser, et s’étendre sans
cesse, comme en témoigne la tentation toujours renaissante d’y
associer de nouveaux États, comme en témoigne aussi le désir de
multiplier les accords de libre-échange à la grandeur du monde,
l’européisme semblant ici se confondre avec un mondialisme ne
disant pas son nom, comme en témoigne aussi son immigrationnisme
forcené. L’UE se présente comme le moteur de l’unification
mondiale et doit broyer les nations particulières qui ne consentent
pas à s’y dissoudre – elles sont alors accusées de verser dans
l’égoïsme national. Elles ne trouveront une certaine grandeur
morale qu’en abdiquant leur souveraineté – généralement en
renonçant à la règle de l’unanimité au niveau communautaire.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
02/11/2023
De uma 'tropa' da qual digo
"mesmo que a sepente se contorça diante de mim, continuo a duvidar da sua seriedade" (1)
Le
symbole d’une vision du monde obtuse et sectaire
"Um grande momento já encontrou muitas vezes uma estirpe pequena, mas nunca uma estirpe tão pequena encontrou um tempo tão grandioso" (2)
Il y a
comme une drôle d’atmosphère. Un abattement généralisé, une
méfiance, une peur qui se faufile dans les regards, les corps
crispés dans le métro, les conversations où on regarde dans son
dos en murmurant. C’est le conflit Israël-Hamas qui ravive la rage
identitaire entretenue par l’islamisme et aidé par le Wokistan,
mais surtout la parole décomplexée, l’expression outrageuse de
n’importe quelle opinion, la colère qui l’accompagne, l’identité
qui gueule derrière chaque conviction, la confusion humaniste.
Mona
Chollet, la gourou des femmes sans amour, la penseur de la
déresponsabilisation féminine collective, pourvoyeuse d’une belle
arnaque historique sur les sorcières réduites à n’être que des
victimes, se pique aussi d’apporter sa pierre au conflit
Israël-Hamas. Elle s’offusque d’un tweet où elle interpelle
Libération dont la couverture du 9 octobre osait afficher le pogrom
du 7 octobre :
« Vous êtes au courant qu’il y a aussi des
centaines de tués côté palestinien, @Libé ? Des familles entières
massacrées ? Pas la bonne couleur de peau, peut-être ? »
Des
familles juives viennent d’être massacrées mais Mona Chollet ne
peut pleurer que les morts de son camp, les damnés de la terre, les
oppressés de la colonisation, comme le lui a appris le catéchisme
islamiste. Quant à la couleur de peau, j’en souris presque
d’absurdité. Mais comme ce n’est pas suffisant, elle se fend
d’un long texte sur son blog pour défendre l’idée d’un Etat
binational.
Il existe 57 pays musulmans dans le monde. Un seul
Etat démocratique et juif. Un Etat juif où 20 % de la population
est arabe israélienne, où le directeur de la banque d’Israël est
un Arabe israélien, où des députés, des médecins, des
ingénieurs, des infirmiers, des commerçants, des étudiants sont
arabes israéliens, voilà qui pose problème aux
antisionistes-antisémites. Je ne dis pas que tout est pacifié, il
subsiste des problèmes graves nés de la question palestinienne
tragiquement irrésolue, mais je précise que les Arabes israéliens
sont plus épanouis et plus libres en Israël que n’importe quelle
minorité dans n’importe lequel des 57 Etats à majorité
musulmane.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
Se isto é um povo
. Miguel Granja – 31.10.23
Em nenhum outro conflito ou disputa a questão legal é tão central e invariável: o conflito em Caxemira, que envolve a Índia e o Paquistão, nunca é qualificado em termos da sua legalidade: Caxemira é “disputada”. Ponto final. Não há registos, por exemplo, de grandes manifestações em Londres e Paris contra a ilegalidade da ocupação turca do norte de Chipre, e o conflito curdo-iraquiano não desperta o mínimo interesse, nem legal nem outro, na opinião pública ou publicada. Se na maior parte dos casos as esferas do direito e da geopolítica são totalmente distintas e autónomas, e analisadas tendo como pressuposto essa distinção e essa autonomia, no caso de Israel elas são praticamente fundidas até à total indistinção. A forma como enquadramos um conflito também é parte do conflito.
O actual conflito na Ucrânia permite uma comparação oportuna. As análises ao exercício de legítima defesa da Ucrânia nunca incluem, por parte dos “especialistas”, recomendações a Zelensky sobre “proporcionalidade” e prelecções sobre a inocência dos civis russos.
Israel tem, pois, todo o direito de travar uma única guerra, que é ao mesmo tempo uma guerra única: a guerra em que ninguém morre, a não ser judeus; em que ninguém sofre, a não ser judeus; em que ninguém é desalojado ou hospitalizado, a não ser judeus. Em que a parte agredida tem como responsabilidade primeira a de proteger a parte agressora mais do que a parte agredida que está à sua responsabilidade; em que Israel tem mais deveres de protecção da população de Gaza do que o Hamas que a governa; em que Israel é obrigado a preservar intactos os hospitais, as escolas e as mesquitas que o Hamas armadilha e a partir dos quais ataca Israel. De acordo com o enquadramento legal vigente que rege estas matérias sensíveis, a guerra que não existe é a única guerra que Israel pode travar pela sua existência. Israel tem todo o direito de travar uma guerra impossível – e nenhuma outra.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
14/10/2023
El horror de Hamás y el precio del populismo
«La
verdadera explicación de la disfunción de Israel es el populismo y
no una supuesta inmoralidad. Durante muchos años, Israel ha estado
gobernado por un hombre fuerte populista, Benjamín Netanyahu, que
es un genio de las relaciones públicas, pero un primer ministro
incompetente. En repetidas ocasiones ha primado sus intereses
personales por encima del interés nacional y ha forjado su carrera
dividiendo a la nación contra sí misma»
LOS israelíes estamos tratando de entender lo que acaba de golpearnos. Al principio comparamos el desastre actual con la guerra de Yom Kippur en 1973. Hace 50 años, los ejércitos de Egipto y Siria lanzaron un ataque por sorpresa e infligieron a Israel una serie de derrotas militares, antes de que las Fuerzas de Defensa de Israel (FDI) se reagruparan, recuperaran la iniciativa y revirtieran la situación. Pero a medida que surgían más y más historias e imágenes horribles sobre la masacre de comunidades enteras, nos damos cuenta de que lo que ha sucedido no se parece en nada a la guerra de Yom Kippur. En los periódicos, en las redes sociales y en las reuniones familiares, la gente hace comparaciones con las horas más oscuras del pueblo judío, como cuando las unidades asesinas móviles de los Einsatzgruppen nazis rodearon y asesinaron a
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
11/07/2023
13/05/2023
19/04/2023
O bater de asas do colibri de Wall Street
Em
janeiro de 2022, quando os juros das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos dos
Estados Unidos ainda rondavam 1% e os das Bunds alemãs na mesma maturidade eram
de 0,5%, adverti que a inflação afectaria tanto as ações como as obrigações. A
inflação mais elevada conduziria a um aumento das “yields” da dívida, o que,
por sua vez, penalizaria as acções à medida que o factor de desconto dos
dividendos fosse aumentando. No entanto, ao mesmo tempo, os juros mais elevados
das obrigações – um activo considerado “seguro” – implicariam também uma queda
do seu preço, devido à relação inversa entre as “yields” e o preço das
obrigações.
Este
princípio de base – conhecido como “risco de duração” – parece ter sido
esquecido por muitos banqueiros, investidores em obrigações e reguladores da
banca. À medida que o aumento da inflação em 2022 foi levando a uma subida dos
juros da dívida, as OT a 10 anos perderam mais valor (caíram 20%) do que o
índice S&P 500 (que recuou 15%) e quem quer que detivesse dívida de longa
duração denominada em dólares ou euros é que teve de arcar com as consequências.
E as consequências, para estes investidores, foram severas. Em finais de 2022,
as perdas não realizadas [isto é, que ficam em suspenso no balanço] dos bancos
norte-americanos com dívida soberana dos EUA ascenderam a 620 mil milhões de
dólares, o que correspondeu a cerca de 28% do seu capital total (2,2 biliões de
dólares). Para
piorar as coisas, o aumento das taxas de juro também reduziu o valor de mercado
de outros activos dos bancos.
Se um indivíduo contrair um crédito bancário a 10
anos quando as taxas de juro de longo prazo estão em torno de 1% e depois esses
juros subirem para 3,5%, o real valor desse empréstimo (o que outra pessoa no
mercado pagaria por ele) diminuirá. Tendo isso em conta, as perdas não
realizadas dos bancos norte-americanos ascendem actualmente a 1,75 biliões de
dólares – ou 80% do seu capital.
A
natureza “não realizada” destas perdas é um mero artefacto do actual regime
regulatório, que permite que os bancos avaliem os títulos e empréstimos pelo
seu valor facial em vez de os avaliarem pelo seu verdadeiro valor de mercado.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
26/03/2023
Exclamação I
Gilles
Lipovetsky * esteve cá e um jornal pô-lo a discretear em redor dos corolários do seu último livro, A Sagração da
Autenticidade, no qual nada há de inédito à excepção de alterações de 'consciências colectivas', ponderáveis e factuais, que a minha inteligência e as minhas percepções impedem vislumbrar.
Quem antes detectou e explicou o individualismo contemporâneo em A
era do Vazio e Tempos Hipermodernos, oco em A Era do Vazio,
efémero em O Império do Efémero e Plaire et Toucher - essai sur la
société de la séduction, principal componente da mundialização do ocidente
ou ocidentalização do mundo em L’Occident mondialisé, fica ‘manietado’ –
não vislumbro, mas .. posso estar equivocado ou saber pouco, mas à mole vazia,
seduzida por uma felicidade, paradoxal, fascinada pelo efémero, etc… nada faz
prova de uma alteração qualitativa. Nem uma mais aparente que real consciência ambiental,
colectiva – para já e por enquanto parece-me serem poucos os que, com impacto
expresso e significativo, abdicaram de parcela de comodismo, consumismo, … e por
aí vai em favor do 'calhau gravitante' e benefício do futuro da humanidade, com
excepção de um charivari politicamente orientado. Ora, disto à
consciencialização vai uma regeneração - que, para Lipovetsky é já mensurável (ler excerto) mas, para mim, permanece um desiderato. Em que mundo viverá ele?! - que suscita um universo de dúvidas e
muito poucas certezas.
" (...) O autêntico passou a ser o new cool. (...) a autenticidade exibe todo o seu esplendor, afirmando-se como um objecto de desejo de massas. (...) Cada vez mais, a comunicação das empresas procura denunciar a insignificância espetacular, jurando não fazer greenwashing ou socialwashing. Sai a ganhar aquele que for mais honesto, mais autêntico: trata-se, em todos os quadrantes, de promover as «verdadeiras» necessidades e valores (...) Depois do «chique radical», hoje em dia, exige-se autenticidade em tudo: nos pratos, nos locais que se visitam, em nossa casa, em nós, na educação, no universo das marcas comerciais, na liderança das empresas, na vida política e religiosa. E, acima de tudo, mais do que nunca, na vida pessoal, familiar, sexual, profissional. (...) Ao contrário dos momentos anteriores, a nova fase de modernidade em que entrámos promove a consagração social da ética da autenticidade individual. (...)"
Homem de Fé! Não me importava de coabitar a bolha dele.
* pensador que sigo com muito interesse
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
23/03/2023
Uma determinada 'cartografia'. Mas ...
os aromas do tempo que corre, dizem-nos que cada qual usa a geodésia a seu bel-prazer e de acordo com a(s) 'ciência'(s) por si validada(s). Chega-se a isto quando se dá conta que 1. cada homem determina por si próprio o tipo de pensamento que quer ter e 2. quem anda à nossa volta não tem interesse em ser desenganado.
Ø
En
francés (y en otros idiomas, como el mío, el esloveno) para designar el
“futuro” existen dos palabras que no pueden traducirse adecuadamente en algunas
lenguas: futur y avenir. Futur designa el futuro como la continuación del
presente, mientras que avenir es una discontinuidad con el presente: lo que está
por venir (à venir), no solo lo que será. Si Trump estuviese por derrotar a
Biden en las elecciones de 2020, hubiera sido (antes de las elecciones) el
futuro presidente, pero no el presidente por venir.
El
pasado está abierto a reinterpretaciones retroactivas, mientras que el futuro
está cerrado, ya que vivimos en un universo determinista. Esto no significa que
no podamos cambiar el futuro; solo significa que, para cambiar nuestro futuro,
primero deberíamos (no “entender”, sino) cambiar nuestro pasado, reinterpretarlo
de manera que se abra hacia un futuro diferente del que implica la visión
predominante del pasado. ¿Habrá una nueva guerra mundial? La respuesta puede
únicamente ser paradójica: SI fuera a haber una nueva guerra, será una guerra
necesaria: “si tiene lugar un acontecimiento excepcional, una catástrofe, por
ejemplo, no podría no haber tenido lugar; sin embargo, en tanto no tuvo lugar,
no es inevitable. Es, pues, la concreción del acontecimiento – el hecho de que
se produzca – lo que crea retroactivamente su necesidad”. Una vez que estalle
el conflicto militar a pleno (entre EE.UU. e Irán, entre China y Taiwán, entre
Rusia y la OTAN...), aparecerá como necesario, es decir, leeremos
automáticamente el pasado que condujo a eso como una serie de causas que
necesariamente provocaron el estallido. Si no se produce, lo leeremos como
leemos hoy la Guerra Fría: como una serie de momentos peligrosos en los que la
catástrofe se evitó porque ambas partes eran conscientes de las consecuencias
mortales de un conflicto mundial.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
11/03/2023
Todas as construções humanas são combinatórias
"Foi com horror que descobrimos que a quantidade de pessoas é mais decisiva do que a qualidade das verdades. (...) O meu problema não é aperfeiçoar a minha consciência, mas saber até que ponto a minha consciência é minha." *
El
enunciado de esta intervención, Los sujetos de la historia, es demasiado amplio
y, por tanto, poco preciso. Podría entenderse, por ejemplo, que quiero hoy
hablar de quienes han protagonizado, o simplemente vivido, los hechos ocurridos
en el pasado humano. Y no es así. Quiero referirme a los protagonistas de la
historia como relato o visión sobre ese pasado, como parcela del conocimiento
heredada por nosotros tras ser elaborada por sucesivas generaciones de historiadores
o memorialistas.
Así entendida, como narración, la historia ha cambiado mucho a
lo largo del tiempo. Y yo quisiera referirme ahora a la evolución de sus
actores o protagonistas a lo largo de las últimas décadas, incluso, a grandes
rasgos, hasta casi a todo el último siglo.
Una evolución vinculada, según creo,
al cambio intelectual global vivido por mi generación, cuyo ciclo vital no se
halla ya tan lejos del siglo, y tienen ante ustedes un ejemplo de ello.
Al
comenzar aquel recorrido, la visión del pasado que se nos enseñaba a los niños
de mi época se veía dominada por grandes sujetos, individuales o colectivos, a
los que se nos presentaba con rasgos heroicos. A veces eran naciones, o
pueblos, grupos humanos idealizados que actuaban de manera unánime, movidos por
un ideal común. Otras, se trataba de individuos, personajes, los fundadores de
la comunidad, los padres de la patria, rodeados de un aura religiosa e insertos
en una visión providencial del mundo. En el origen de los tiempos, aquellos
héroes, unidos o enfrentados entre sí, protegidos o perseguidos por los dioses,
instrumentos suyos o rebeldes contra su poder, habrían luchado (a muerte, por
supuesto) y forjado el mundo tal como es hoy: violento, jerarquizado, infeliz.
Nosotros no podíamos soñar con cambiarlo ni aspirar a entrar en la esfera de
los héroes. Lo que debíamos hacer era memorizar sus hazañas y recitarlas.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
07/03/2023
Innovation Power
➽ Why Technology Will Define the
Future of Geopolitics
When Russian forces marched on
Kyiv in February 2022, few thought Ukraine could survive. Russia had more than
twice as many soldiers as Ukraine. Its military budget was more than ten times
as large. The U.S. intelligence community estimated that Kyiv would fall within
one to two weeks at most.
Outgunned and outmanned, Ukraine
turned to one area in which it held an advantage over the enemy: technology.
Shortly after the invasion, the Ukrainian government
uploaded all its critical data to the cloud, so that it could safeguard
information and keep functioning even if Russian missiles turned its
ministerial offices into rubble. The country’s Ministry of Digital
Transformation, which Ukrainian President Volodymyr Zelensky had
established just two years earlier, repurposed its e-government mobile app,
Diia, for open-source intelligence collection, so that citizens could upload
photos and videos of enemy military units. With their communications
infrastructure in jeopardy, the Ukrainians turned to Starlink satellites and
ground stations provided by SpaceX to stay connected. When
Russia sent Iranian-made drones across the border, Ukraine acquired its own
drones specially designed to intercept their attacks — while its military
learned how to use unfamiliar weapons supplied by Western allies. In the
cat-and-mouse game of innovation, Ukraine simply proved nimbler. And so what
Russia had imagined would be a quick and easy invasion has turned out to be
anything but.
Ukraine’s success can be credited
in part to the resolve of the Ukrainian people, the weakness of the Russian
military, and the strength of Western support. But it also owes to the defining
new force of international politics: innovation power. Innovation power is the
ability to invent, adopt, and adapt new technologies. It contributes to both
hard and soft power. High-tech weapons systems increase military might, new
platforms and the standards that govern them provide economic leverage, and
cutting-edge research and technologies enhance global appeal. There is a long
tradition of states harnessing innovation to project power abroad, but what has
changed is the self-perpetuating nature of scientific
advances. Developments in artificial intelligence in
particular not only unlock new areas of scientific discovery; they also speed
up that very process. Artificial intelligence supercharges the ability of
scientists and engineers to discover ever more powerful technologies, fostering
advances in artificial intelligence itself as well as in other fields — and
reshaping the world in the process.
The ability to innovate faster
and better—the foundation on which military, economic, and cultural power now
rest — will determine the outcome of the great-power competition between the
United States and China. For now, the United States remains in the lead.
But China is catching up in many areas and has already
surged ahead in others. To emerge victorious from this century-defining
contest, business as usual will not do. Instead, the U.S. government will have
to overcome its stultified bureaucratic impulses, create favorable conditions
for innovation, and invest in the tools and talent needed to kick-start the
virtuous cycle of technological advancement. It needs to commit itself to
promoting innovation in the service of the country and in the service of
democracy. At stake is nothing less than the future of free societies, open
markets, democratic government, and the broader world order.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
04/03/2023
Modo de estar ou modo de ser? *
É o nosso «modo de estar» porque a maioria das sociedades com as quais nos devíamos comparar ― seria um bom ponto de partida se assim fosse mas suspeito que o é somente no âmbito da mais inócua retórica ― não possuem ponderáveis dissemelhanças de «modo(s) de ser», mas lograram evidentes e melhores «modo(s) de estar».
~ ― ~
O nosso quotidiano regista um pico de casos que, aparentemente, causam generalizada comoção e frémito públicos. São os casos dos abusos sexuais no seio da igreja católica e o dos assédios na Universidade de Lisboa. Ambos tomaram esta dimensão ― tarde saíram à luz do dia! ― por mimetismo (ou simpatia) por influência e sob os ecos de (anos a fio) de processos idênticos na estranja - nenhuma onda de denúncia e acusação deixou, antes, de ter condições para se efectivar. A dimensão dos casos no seio da igreja é o que é por se tratar de um cúmulo de décadas e décadas de conivência e silenciamento criminosos - não aconteceu no seio da Casa Pia, há décadas, sem que alguém se chegasse à frente?! Já agora: deixou de acontecer?
Para os intoleráveis casos de assédio nesse campus aos/às imberbes, e outros, a minha intolerância ainda é maior por razões várias, e que não enfatizo sem antes contar até quinze. Relato um caso em que intervim
🔑 1972, era eu um fedelho, liceal; no decurso de uma aula de Matemática, o professor (FWdeM) exgiu a uma aluna que escrevesse mais alto no quadro. A ideia do voyeur era obviamente fazer com que a aluna (NVS), no movimento, exibisse as coxas mercê da bata curta. Levantei-me, disse à aluna que não o fizesse, avisei o professor, abandonei a aula, bati à porta do reitor (dr. Vargas Pessegueiro), e comuniquei o que havia a comunicar com as exigências que entendi propositadas. Ficou encerrado o caso e, que me conste, o professor jamais tentou fazer-se engraçadinho com menina alguma, e por maioria de razões com aquela.
É comum dizer-se que "ninguém dá o que não tem". Acrescento: se estiver disposto ao 'incómodo'.
~ ― ~
Engasgai-vos no vosso vómito, chafurdai na lama que criais, afogai-vos na merda em que sobreviveis e na qual outros, poucos, vicejam.
Vive valeque
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
25/02/2023
A industrialização da 'inteligência'
E nós somos os seus idiotas úteis.
Hannah
Arendt n’"A Crise da Educação" escreveu que cada nova geração era
como uma invasão bárbara, que os adultos tinham de civilizar - cabia aos
detentores da ordem, aos conhecedores das leis do mundo, etc. iniciar os
recém-chegados.
Hoje, no vórtice digital do século XXI, não são os bárbaros que saqueiam Roma mas os antigos romanos que, pela manhã, já não reconhecem a sua cidade. Tornamo-nos bárbaros no nosso próprio mundo.
Hoje, no vórtice digital do século XXI, não são os bárbaros que saqueiam Roma mas os antigos romanos que, pela manhã, já não reconhecem a sua cidade. Tornamo-nos bárbaros no nosso próprio mundo.
A
‘história’ já não nos aniquila antes
de, alguns séculos depois, construir algo novo sobre escombros de guerras e
invasões: deixa-nos no lugar. Teremos a IA que fizermos por merecer.
― ∞ ―
Sempre detestei flores artificiais. Desse futuro não terei saudades.
― ∞ ―
Sempre detestei flores artificiais. Desse futuro não terei saudades.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
15/02/2023
A Free World, If You Can Keep It
Ukraine and American Interests
Robert Kagan in Foreign Affairs
Before February 24, 2022, most
Americans agreed that the United States had no vital interests at stake in Ukraine.
“If there is somebody in this town that would claim that we would consider
going to war with Russia over Crimea and eastern Ukraine,” U.S. President
Barack Obama said in an interview with The Atlantic in 2016, “they should speak
up.”
Few did.
Yet the consensus shifted when Russia invaded Ukraine. Suddenly, Ukraine’s fate was important enough to justify spending billions of dollars in resources and enduring rising gas prices; enough to expand security commitments in Europe, including bringing Finland and Sweden into NATO; enough to make the United States a virtual co-belligerent in the war against Russia, with consequences yet to be seen. All these steps have so far enjoyed substantial support in both political parties and among the public. A poll in August last year found that four in ten Americans support sending U.S. troops to help defend Ukraine if necessary, although the Biden administration insists it has no intention of doing so.
Few did.
Yet the consensus shifted when Russia invaded Ukraine. Suddenly, Ukraine’s fate was important enough to justify spending billions of dollars in resources and enduring rising gas prices; enough to expand security commitments in Europe, including bringing Finland and Sweden into NATO; enough to make the United States a virtual co-belligerent in the war against Russia, with consequences yet to be seen. All these steps have so far enjoyed substantial support in both political parties and among the public. A poll in August last year found that four in ten Americans support sending U.S. troops to help defend Ukraine if necessary, although the Biden administration insists it has no intention of doing so.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
03/09/2022
Da estultificação em curso
EE.UU. vive una era de cambios rápidos que desordena los campos establecidos sin producir nada nuevo. Goldberg comenta un libro que explica cómo la evolución cultural se vincula allí con el deseo de ascender en la escala social.
Michelle Goldberg, ensayista y columnist/New York Times - 3 September 2022
En mayo, el crítico literario Christian Lorentzen publicó en la plataforma Substack un boletín sobre el aburrimiento.
“Las películas de Hollywood son aburridas. La televisión es aburrida. La música pop es aburrida. El mundo del arte es aburrido. Broadway es aburrido. Los libros de las grandes editoriales son aburridos”, escribió.
Como yo también me he aburrido bastante, pagué cinco dólares para leer el artículo completo, pero no me convenció su conclusión, que atribuye la culpa del estancamiento artístico a la primacía del marketing. La aversión al riesgo de los conglomerados culturales no puede explicar por qué no surgen más cosas independientes interesantes. Yo tenía la esperanza de que, cuando el agujero negro de la presidencia de Donald Trump terminara, la energía redirigida permitiera un florecimiento cultural. Hasta ahora, eso no ha sucedido.
Una advertencia obvia: soy una madre blanca de mediana edad, así que cualquier cosa que sea verdaderamente genial ocurre, por definición, fuera de mi ámbito. Sin embargo, cuando voy a cafés donde hay gente joven, la música suele ser la misma que yo escuchaba cuando era joven o música que suena igual. Uno de los singles más exitosos del año es una canción de Kate Bush que salió en 1985. No se me ocurre ninguna novela o película reciente que haya provocado un debate apasionado. Las discusiones públicas sobre el arte – sobre la apropiación y la ofensa, por lo general – se han vuelto tediosas y repetitivas, casi mecánicas.
Los artículos escritos sobre la microescena levemente transgresora de Manhattan conocida como Dimes Square son en sí mismos una prueba de la sequía cultural; los cronistas del zeitgeist están desesperados por encontrar nuevo material.
(Yo misma soy culpable de haber escrito un artículo de ese tipo.)
Mucha gente está buscando algo vivaz y nuevo y no lo encuentra.
La mejor explicación que he leído sobre nuestro actual malestar cultural aparece al final del libro de W. David Marx, Status and Culture: How Our Desire for Social Rank Creates Taste, Identity, Art, Fashion, and Constant Change (Estatus y cultura: Cómo nuestro deseo de nivel social crea el gusto, la identidad, el arte, la moda y el cambio constante), un libro que no es nada aburrido y que modificó sutilmente mi forma de ver el mundo.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
05/06/2022
Llosa
sobre um livro alheio e, de passagem, umas notas sobre um dos maiores pulhas do séc.XX
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
28/08/2021
'Caminhos de floresta'
não são disputados por demasiados concorrentes, e recomenda a cautela que não sejam percorridos na companhia de arlequins, cata-ventos, charlatães ou embusteiros ― Sloterdijk é uma óptima companhia.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
16/01/2021
É por estas e outras que não voto no prof. Marcelo
Em 2016, votei no prof. Marcelo ‒ imaginei que servisse de contrapeso à frente de esquerda no poder. À época, não tinha excessivo respeito pelo prof. Marcelo. Hoje não tenho nenhum.
Eis uma compilação representativa do homem que ocupou a chefia do Estado nos sessenta meses anteriores e que, salvo envenenamento por zaragatoas, a ocupará nos sessenta que se seguem.
• A 9 de Janeiro, para justificar a prisão domiciliária de milhões de pessoas, o prof. Marcelo acusou os portugueses de quebrarem o “pacto de confiança” por terem passado o Natal a contaminarem-se com o vírus.• A 10 e 11 de Janeiro, o prof. suspeitou estar infectado e desatou, “de duas em duas horas”, a submeter-se a testes à Covid, cujos resultados oscilantes mandou publicar no “site” da presidência e cuja reputação saiu arruinada do episódio.• A 12 de Janeiro, o prof. Marcelo afirmou-se “muito irritado” com as autoridades da saúde, não por estas terem voltado a cancelar o tratamento a inúmeros cancerosos condenando-os a uma morte quase certa, nem por continuarem a desprezar os hospitais privados no combate à epidemia, mas por não lhe darem um esclarecimento escrito sobre a participação dele num debate televisivo.• Ainda a 12 de Janeiro, o prof. Marcelo propôs à AR o prolongamento do estado de emergência até ao fim do mês, agora com a possibilidade de “medidas de controlo de preços e combate à especulação ou açambarcamento de determinados produtos”.• A 13 de Janeiro, data de uma “comunicação” do dr. Costa que oficializou a situação ditatorial no país, soube-se também que o Ministério Público andou a espiolhar dois jornalistas, embora sobre ambas as coisas o prof. Marcelo ficasse calado.• A 14 de Janeiro, o prof. Marcelo achou “inevitável” o aumento da dívida, visto que “não há outro remédio”, e que é “importante” que a PGR investigue o que ocorreu com os jornalistas investigados pela PGR “doa a quem doer”.• A 15 de Janeiro, o prof. Marcelo já fez mais de 80 (oitenta) testes à Covid e prepara-se para apoiar o “confinamento” até à Primavera.
Desprezo pelos cidadãos. Paternalismo. Demagogia. Hipocondria. Privilégio. Egocentrismo. Obsessão com o próprio umbigo. Pavor face à eventual impopularidade desse umbigo. Horror ao confronto. Fogachos autoritários. Indiferença estratégica perante as acções calamitosas, e frequentemente criminosas, do governo. Desdém dedicado às consequências ou inconsciência das mesmas. Apreço pela conversa fiada. Relativa infantilização do cargo e do mundo em redor.
Os estragos que o dr. Costa causou nestes cinco anos só têm rival na placidez com que o prof. Marcelo os permitiu e legitimou. Porém, confesso relativa surpresa com o incondicional beneplácito do prof. Marcelo no processo indispensável ao respectivo êxito.
Segundo diversos comentadores, a reeleição do prof. Marcelo é a garantia de que o PS não toma conta de tudo. Percebo a ideia. Infelizmente, a ideia não percebe a realidade.
Sob a atentíssima vigilância do prof. Marcelo, o PS conquistou o Tribunal de Contas, o Banco de Portugal, a Procuradoria-Geral da República e uma infinidade de órgãos secundários e terciários por aí abaixo e pelo país afora. Além disso, com inédita desfaçatez, o PS transformou o compadrio em moeda de troca, o empobrecimento em modo de vida e, sob a conivência jovial do prof. Marcelo, a impunidade em habitat natural.
Sob a atentíssima vigilância do prof. Marcelo, o PS conquistou o Tribunal de Contas, o Banco de Portugal, a Procuradoria-Geral da República e uma infinidade de órgãos secundários e terciários por aí abaixo e pelo país afora. Além disso, com inédita desfaçatez, o PS transformou o compadrio em moeda de troca, o empobrecimento em modo de vida e, sob a conivência jovial do prof. Marcelo, a impunidade em habitat natural.
Em lugar da garantia de que o PS não toma conta de tudo, o prof. Marcelo parece garantir de que ao PS não escapa nada, incluindo, dadas as circunstâncias, a própria presidência da República.
Dadas as circunstâncias, é inútil especular sobre o que seria de nós caso Belém estivesse nas mãos de um marxista confesso. Basta constatar o que é de nós estando Belém como está. E concluir que dificilmente poderíamos estar mais condenados à desgraça. De facto, convém ao dr. Costa ter um alegado “social-democrata”, “liberal-social” ou lá o que é, a amparar-lhe o fanatismo e a inépcia.
• Alberto Gonçalves
Um camaradinha do partido evidenciaria em excesso a arbitrariedade do regime – um “adversário” suaviza-a e ajuda a simular “pluralismo” e “democracia” entre os distraídos e os comatosos. E principalmente na ausência de oposição.
Corre por aí que não compete ao prof. Marcelo substituir-se a uma oposição com a vitalidade dos pisa-papéis. Formalmente, é verdade. Na prática, nunca foi tão necessário um presidente capaz de escrutinar o governo e afrontar os seus abundantes excessos. E nunca, antes do prof. Marcelo, um presidente abdicou tão radicalmente dessa função. Durante cinco anos, o prof. Marcelo preferiu a “estabilidade”.
Corre por aí que não compete ao prof. Marcelo substituir-se a uma oposição com a vitalidade dos pisa-papéis. Formalmente, é verdade. Na prática, nunca foi tão necessário um presidente capaz de escrutinar o governo e afrontar os seus abundantes excessos. E nunca, antes do prof. Marcelo, um presidente abdicou tão radicalmente dessa função. Durante cinco anos, o prof. Marcelo preferiu a “estabilidade”.
Haverá mais cinco anos para confirmar que a “estabilidade” dele não se distingue da nossa miséria, material e não só. Mas, desta vez, não com o meu voto.
É melhor perder com decência do que ganhar com vergonha.
• Alberto Gonçalves
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
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