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07/10/2023

Reflexão de um homem de compreensão lenta *

O mês passado (11.09) fez cinquenta anos que, um tanto inesperadamente, 'choveu' em Santiago. Até o toró desabar ninguém deu pela ameaçadora nebulosidade nem das fortes emanações morbíficas na atmosfera,; ninguém deu pelos ares carregados de avisos. Os avisos dados por palavras há muito que nos deixaram de comover. Mais cedo que tarde são necessários actos carregados de significado. De nada vale adiar. Como escreveu Henry Miller
 "Adiar é a melodia do demónio; e, com ela, é sempre injectada a droga da indolência."
A espaços −, saímos de um de sete decénios −, parece haver um mundo que nos abandona, mas não: volta a entrar pela porta das traseiras. O mundo não quer originalidades; quer, isso sim, conformismo e escravos. As sociedades são feitas de portas fechadas, tabus, leis, repressões e supressões. As sociedades são agregados de irremediáveis palermas, patifes e gente má. E só à beira do precipício é que dão conta de que o que lhes ensinaram é falso. Ainda assim, ou por isso, nada é pior do que uma sociedade deixar-se governar por doentes. Dostoievski descreveu-os como ninguém -designou-os DemóniosCastélio e Calvino foram/são disso, exemplo. Deste 'vai-e-vem', deste 'anda-desanda' são proféticas as palavras de Rimbaud a Ernest Delahaye ('admirador' da superioridade alemã)
    − "Idiotas! Voltarão para casa ao som dos seus tambores e trombetas para comer salsichas, crentes de que tudo acabou. Mas vê-los-ás militarizados dos pés à cabeça, comandados por chefes traiçoeiros que não lhes darão um momento de sossego, engolir por muito tempo a conversa fiada da glória... o regime de ferro e loucura aprisionará toda a sociedade alemã. E, tudo isso, para serem esmagados por uma coligação qualquer!"

Não há no meu texto, ou no ínsito, apologia de 'coisa' alguma ou alguém. A não ser abrir portas por forma a que se possa contrapôr as malfeitorias dos Chicago boys  às 'benfeitorias' presentes e preconizadas pelos Santiago boys

29/06/2022

Deixai o Mouzinho da Silveira em paz!

Em breve celebraremos meio-século do fim do
Estado Novo e de vida da Democracia. Não é tempo de vida bastante para que a sociedade se deixe de apontar as falhas do dito e trate de levantar as falências de toda a índole que democraticamente granjeou e obteve? Por uma razão simples: é que, à excepção de quantos se dedicam à História, já está vencido o prazo de validade para avocações de 1 - triste «orfandade» e menos ‘direito’ haverá quando 2 - os actores mencionados foram tão desprezíveis e fizeram tanto mal.
É pulhice, mesmo que seja obliterado tudo o que respeite à contextualização — a não ser que se use Ortega y Gasset, somente para os efeitos convenientes, como cliché ou seja, para compor um medíocre florilégio retórico —, alguém ridicularizar Américo Tomás tendo como contraponto Marcelo Rebelo de Sousa; ou caçoar de Marcelo Caetano contrapondo-o a Pinto Balsemão, António Costa ou, pior, a José Sócrates; ou escarnecer de Duarte Pacheco tendo como contraponto Pedro Marques, António Mendonça ou, pior, Pedro Nuno Santos.

31/10/2021

As formas da merda

Há contextos, ocasiões, bípedes, … em que não tenho como recorrer a sinonímia burilada para me referir a eles. Seria mais agradável quiçá para os visados e para quem lê, mas seria pior para quem escreve pela 1. esforço de contenção e 2. iludia a exacta designação dos componentes.
Se há virtude que a merda desmerece é todo e qualquer tipo de acção virtuosa, probidade retórica, esmero cívico ou urbanidade!

Ao ler, em diferentes órgãos de comunicação social, que 
a GNR estará a realizar perícias à roupa, ao papel higiénico e a fragmentos biológicos de Nuno Santos - o trabalhador mortalmente atropelado a 18 de junho pela viatura oficial em que seguia o montículo de merda, que está ministro da Administração Interna, na A6”
designo-o(s) assim e, confesso, não liquido a minha indignação.
O dejecto, ministro, tem ciência disto tudo, do mais que nós desconhecemos, provavelmente jamais saberemos, e, não há comunicados, reclamações de inocência que lhe valham. Parte dessa canalha desmerece-me o que seja aquém de inominável ‒ são nojentos e menos do que profundo asco, para mim, é um exagero.

Abreviando — o cagalhão no topo do bolo seria a nossa ‘justiça’, no futuro, eximindo a poia que está ministro, a abornalar quaisquer formas de isenção de culpabilidade com uma decisão – no trabalho não se mija nem caga! ‒  que fizesse jurisprudência.
Pulhas!

21/02/2021

O «chefe de brigada» Rosas

Diz quem sabe que a hiena-chefe era Fernando Rosas
        (in Diário de Lisboa, 19.05.1976)

E é a crápulas destes que, a troco de nada e razão alguma, estendem passadeiras para que os biltres (presentemente arvoram-se em zelotas) discreteiem sobre a Ética e a Moral na vida pública, e façam prelecções sobre Estado de Direito!