comentário é com certeza, e definitivo. *
A miséria de uma sociedade reles. À luz de
que ‘parâmetros’ se pode apreciar a decisão? Se os houver então
equaciono a decisão, perguntando: ―
O evocado ‘sofrimento’ (burnout) é ponderado, tomando por
referencial o ‘sofrimento’ de que outros mesteres?
E se houver
estes referentes, tomando-os por atacado então, à luz de que
normas, preceitos, doutrina ética são determinados?
Se há ― doutrina ética ― então,
como se compagina, concilia com o substância (ética) exarado «na» e
outorgado «pela» Constituição da República?
Obs: em momento
algum convoco a Moral porque convocá-la num assunto desta natureza
exige uma ‘religiosidade’ que abjurei e uma crença que repudiei,
há muito.
Não nos faltam trafulhas ―
e medíocres! ― que,
por muito menos, se esganiçam bramindo «vergonha!» - a vergonha
que sabem não existir. Somos uma sociedade que possuirá
personalidade, sim; o carácter é que se lhe escafedeu, há muito;
ou nunca existiu. O Vergílio Ferreira da minha predilecção anotou
no «Diário Íntimo»
“Um problema de verdade-e-erro só é nosso
quando o sangue o reconhece”.
Obs: Longe de mim imaginar quando
ontem, noutro sítio, citei Stig Dagerman que dele faria uso hoje
novamente ―
um espelho! ―
“há quem diga que o esgoto contém a verdade mais
significativa de uma sociedade e que, em vez do desprezo geral,
merece uma consideração geral”
Não
fosse a minha abertura de espírito, era um postulado. Melhor:
axioma.
De nós, ou que nos caia feito à medida, já não se vai nem
além, nem mais
ajustadamente; já
tudo foi dito e escrito.Thomas
Bernhard (outro, da plêiade
que me fascina e consome o tempo) escreveu um livro em que pespegou o
seguinte ‘frontispício’
Le tragique c’est que l’humanité, comme disait Père en connaissance de cause, prend toujours le mauvais
chemin. L’humanité est un pacient que absorbe tout ce qu’on lui
donne n’import quel toxique mortel, disait Père
* Apostilas
não as haverá porque sendo eu um ignorante, ainda e sempre em
construção, nada tenho para transmitir; para além disso, é da
natureza da ciência a auto-regulação e auto-correção.