O problema é que a «potência» qualquer que ela seja, pessoal ou colectiva, nunca se patenteou ou demonstrou com parlapié seja ele no patois que fôr. Ou é isto ou a culpa é mesmo do Trump (a besta faz por isso). Não sendo uma e outra 'coisa' é a União Europeia ou a Europa que é uma monumental macacada.
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12/02/2024
14/01/2024
'Cerca sanitária'
Politicamente, a mais transversal iniciativa foi o estabelecimento da ’cerca sanitária' ao partido CHEGA. Para o sucesso desse 'desígnio' contribuíram activamente a comunicação social em geral, uma maioria de bedelheiros encardidos, que monopolizam o espectro radiofónico e o espaço no papel impresso, a totalidade dos partidos com representação parlamentar e dois, dos três, órgãos de soberania ― governo e parlamento. Este fim-de-semana, em do Viana do Castelo, ficou exposto o malogro. Espelhou a medíocre qualidade dos profilácticos ― a obra é uma grinalda de insucessos e, por isso, não serve de endosso e ainda menos de caução.
Comparar André Ventura a Estaline é infantilismo. Ouvir Pedro Nuno Santos perorar, em jeito de auto-análise, sobre empatia e humildade é absurdo; é do âmbito do ubuesco.
Obs.: não componho os indecisos, nem eleitor do CHEGA - uma "taberna do irlandês", por ora, muito frequentada
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
03/01/2024
Não somos todos iguais
No
aeroporto de Haneda/Tóquio – Japão um avião da Japan Airlines, ao
aterrar, colidiu com outro da Guarda Costeira e incendiou-se. Os 379
passageiros sobreviveram. Consta que foram evacuados em 90 segundos, mais coisa menos coisa. Já ouvi e li exclamações - milagre. Que tenha sido! O que (me) aborrece é que a providência não concede a prerrogativa sem que o(s) ungidos se precatem com muito, muito trabalho - sistemático, ..., nas escolas, incomodando os pequenitos com treinos de responsabilidade infundindo-lhes regras, simulações de resposta a desastres, etc. Chatices!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
25/11/2023
Port in a storm
FROM
NOVEMBER 30th fully 70,000 people from around the world will descend
on Dubai for the UN’s annual climate summit. The cop, as it is
known, is a 12-day jamboree that draws diplomats, businessfolk and
activists. Should they have time to escape the crush at Expo City and
travel towards the glitzy skyscrapers dotting the coast, they will
find a city, and a country, in the middle of an astonishing boom.One
giveaway is the crowds of goldenvisa-toting Russian billionaires,
Indian businessmen and Western financiers. Another is a property
frenzy. In September buyers queued in the wee hours to snap up villas
in Dubai’s latest ritzy land-reclamation scheme, Palm Jebel Ali,
that start at $5m. The properties have yet to be built.
Last
year’s energy-price spike brought the United Arab Emirates, one of
the world’s largest producers of oil, over $100bn in revenue. That
is about $100,000 for every Emirati citizen. But oil is not the only
reason the country is prospering. In a time of war and economic
fragmentation, the UAE seems to be a port in a storm. Multinationals
are setting up factories and offices at a rate not previously seen in
the UAE’s five decades of independence. Oil and gas now account for
just a third of GDP, and the oily bits of the economy are growing
more slowly than the rest of it. The economy as a whole grew by 3.7%
in the first half of the year compared with the same period in 2022.
Excluding oil and related industries, it grew by 5.9% (see chart 1 on
next page).
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
12/11/2023
Quem tiver alguma coisa a dizer, avance e fique em silêncio *
Elementar, mas não percepcionado. Por múltiplas razões das quais uma das principais senão a principal seja a de nos depararmos (é a mais prolífica) com espécimes que corporizam em si tudo que de mais vil há na natureza humana e que de forma tão sublime o Kraus descreveu na conversa entre "o optimista e o eterno descontente" (cena 29 do 1ºacto de «Os Últimos dias da Humanidade»).
O optimista apresenta-se
-" O senhor não pode negar que a guerra, abstraindo das consequências positivas para os que todos os dias têm de olhar a morte de frente, também deu azo a uma elevação espiritual." ("You can’t deny that the war, apart from positively transforming those who must daily look death in the eye, has also raised people to a higher spiritual level.")
É o que mais há, e não há mais abjecto.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
04/10/2023
O gerente do alcouce e outras considerações
Sobejou pouco, sendo pouco o que está contido —,
sem tirar ou acrescentar o que seja à(s) característica(s) do
'anunciador' e às do 'receptor' —,
nas palavras de Basílio Teles n'O Estatuto dos Povos
“o
político que não é senão político (…) é apenas um
aventureiro, um charlatão, o fabricante de mezinhas, o curandeiro
dos males colectivos; irrompe em todos os recantos, agita o
cartaz e a campainha, tripudia à solta impunemente, levando atrás
de si uma turba alucinada, presa de aspirações elevadas e, mais
frequentemente, cobiças e desejos."
Do
«frustrado» –
até nisto o 'boneco' é hipócrita –
'gerente
da casa' * sentenciou n'A Geada o 'maluquinho' Strauch de T. Bernhard
"A
pessoa que pertence a um nome nunca deixa ficar mal esse nome. Há
nomes que, quando os ouvimos, nos repugnam (...)
Os
nomes moldam as pessoas."
Em
1922, mutatis mutandis, Musil
escreveu
n'A
Europa impotente ou a viagem desgovernada – “Fomos
muitas coisas e não nos modificámos, vimos muito e nada
percebemos". Eram
felizes, foi o que se sabe, e deu no que deu.
A
obra maior de Schopenhauer
é «O mundo como
vontade e representação»; foi vertida no dealbar dos séc. XIX.
Os portugueses, em pleno séc. XXI, ainda andam em bolandas no
deslindamento entre a «representação» que toma(ra)m como boa e o
vigor e a «vontade» de que não dispõem.
As massas populares, só por elas, não têm nunca poder social criador; não são as massas que fazem a história e o progresso. Mas são as massas que produzem, selecionam e incrementam "os demagogos, os analfabetos e, frequentemente, os políticos demagogos que são analfabetos" (Pérez-Reverte).
Parece-me que voltarei à 1ª forma, hibernação.
* do ar na casa e dos frequentadores, lede o texto de Octávio Ribeiro
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
14/07/2023
Da grunhice
A aquisição de um substrato civilizacional é um processo, não é um acto. Não se faz com um estalar de dedos, nem se alcança por determinação 'superior' ou distintas proclamações. Aliás, as proclamações até podem ser prejudiciais - convencem os de baixo que são 'altos'. Foi o erro da rã!
É um processo que, para se revelar consistente, é lento, muito complexo e exigente. Não se revela numa ou em duas gerações, a evolução é determinada por algumas inclusões/integrações/transigências e outras tantas 'exclusões' ou, pelo menos, intolerâncias e o mais difícil é a disponibilidade - chame-se-lhe interiorização - do cabotino, do capadócio, do grunho ao burilamento. Este movimento é descendente; tem de se 'impôr' de cima para baixo. É aqui que bate o ponto no nosso caso: é bem mais fácil fazer um 'bruto' passar pelo buraco de uma agulha do que um grunho. Ou não fosse o grunho, em sentido figurado ou estrito, um bruto destituido de uma série de atributos como a simplicidade, a humildade, a genuinidade. Ora o grunho é precisamente o bruto que recusa o que seja que não lhe satisfaça os instintos. O grunho é sempre cheio de si, arrogante. A razão/raciocínio não é um instinto - é um lenitivo.
É um processo que, para se revelar consistente, é lento, muito complexo e exigente. Não se revela numa ou em duas gerações, a evolução é determinada por algumas inclusões/integrações/transigências e outras tantas 'exclusões' ou, pelo menos, intolerâncias e o mais difícil é a disponibilidade - chame-se-lhe interiorização - do cabotino, do capadócio, do grunho ao burilamento. Este movimento é descendente; tem de se 'impôr' de cima para baixo. É aqui que bate o ponto no nosso caso: é bem mais fácil fazer um 'bruto' passar pelo buraco de uma agulha do que um grunho. Ou não fosse o grunho, em sentido figurado ou estrito, um bruto destituido de uma série de atributos como a simplicidade, a humildade, a genuinidade. Ora o grunho é precisamente o bruto que recusa o que seja que não lhe satisfaça os instintos. O grunho é sempre cheio de si, arrogante. A razão/raciocínio não é um instinto - é um lenitivo.
Em tempos, distantes, supús possível e pacífico esse processo osmótico. Estava enganado. Já só lá chegamos por natural (para mim, óbvia) dissolução de que resultará em termos sociológicos qualquer outra 'coisa' que, em década e meia, pouco terá a ver com a sociedade que conheci - daí que eu afirme que, a maioria dos que detêm o poder decisório, falam e pensam uma sociedade em vias de extinção. Em casos inúmeros, e na prática, irremediavelmente extinta. A não ser que se creia que os ténues resquícios dos pauliteiros de Miranda sejam uma forte e firme 'afirmação' - afirmação é; forte e firme, não. Se estes o são, cá, então os Amish bem podem pensar em fazer da Pensilvânia um país independente.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
25/04/2023
Os desafios da democracia instantânea
Costumamos
dizer que o tempo é o nosso maior tesouro e por isso não podemos desperdiçá-lo.
Os nossos políticos parecem obedecer a isso - operam cada vez mais rapidamente. Nos últimos anos, a Europa tem
sido governada à pressa, em grande parte por decreto, com pouca deliberação
pública e supervisão parlamentar. Chamamos a isso “gestão de crise”, pois, de facto,
passámos da crise financeira para a migratória e para a pandémica.
Quando o
Parlamento Europeu pediu a Ursula von der Leyen que revelasse os registos das
suas negociações com grandes empresas farmacêuticas em relação às vacinas da
covid-19, pareceu que essas negociações eram geralmente levadas a cabo no
WhatsApp e as mensagens apagadas.
Agora
temos uma guerra arrepiante nas nossas fronteiras, que também requer acções
rápidas e firmes. Não só nos apressámos em fornecer armas à Ucrânia, em impor sanções
à Rússia e acomodar refugiados, mas também estamos a contemplar a admissão
“rápida” da Ucrânia na UE. Uma nova crise bancária a bater às nossas portas
também exige soluções rápidas. A intervenção do Departamento Federal de
Finanças Suíço, do Banco
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
26/03/2023
Exclamação I
Gilles
Lipovetsky * esteve cá e um jornal pô-lo a discretear em redor dos corolários do seu último livro, A Sagração da
Autenticidade, no qual nada há de inédito à excepção de alterações de 'consciências colectivas', ponderáveis e factuais, que a minha inteligência e as minhas percepções impedem vislumbrar.
Quem antes detectou e explicou o individualismo contemporâneo em A
era do Vazio e Tempos Hipermodernos, oco em A Era do Vazio,
efémero em O Império do Efémero e Plaire et Toucher - essai sur la
société de la séduction, principal componente da mundialização do ocidente
ou ocidentalização do mundo em L’Occident mondialisé, fica ‘manietado’ –
não vislumbro, mas .. posso estar equivocado ou saber pouco, mas à mole vazia,
seduzida por uma felicidade, paradoxal, fascinada pelo efémero, etc… nada faz
prova de uma alteração qualitativa. Nem uma mais aparente que real consciência ambiental,
colectiva – para já e por enquanto parece-me serem poucos os que, com impacto
expresso e significativo, abdicaram de parcela de comodismo, consumismo, … e por
aí vai em favor do 'calhau gravitante' e benefício do futuro da humanidade, com
excepção de um charivari politicamente orientado. Ora, disto à
consciencialização vai uma regeneração - que, para Lipovetsky é já mensurável (ler excerto) mas, para mim, permanece um desiderato. Em que mundo viverá ele?! - que suscita um universo de dúvidas e
muito poucas certezas.
" (...) O autêntico passou a ser o new cool. (...) a autenticidade exibe todo o seu esplendor, afirmando-se como um objecto de desejo de massas. (...) Cada vez mais, a comunicação das empresas procura denunciar a insignificância espetacular, jurando não fazer greenwashing ou socialwashing. Sai a ganhar aquele que for mais honesto, mais autêntico: trata-se, em todos os quadrantes, de promover as «verdadeiras» necessidades e valores (...) Depois do «chique radical», hoje em dia, exige-se autenticidade em tudo: nos pratos, nos locais que se visitam, em nossa casa, em nós, na educação, no universo das marcas comerciais, na liderança das empresas, na vida política e religiosa. E, acima de tudo, mais do que nunca, na vida pessoal, familiar, sexual, profissional. (...) Ao contrário dos momentos anteriores, a nova fase de modernidade em que entrámos promove a consagração social da ética da autenticidade individual. (...)"
Homem de Fé! Não me importava de coabitar a bolha dele.
* pensador que sigo com muito interesse
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
04/03/2023
Modo de estar ou modo de ser? *
É o nosso «modo de estar» porque a maioria das sociedades com as quais nos devíamos comparar ― seria um bom ponto de partida se assim fosse mas suspeito que o é somente no âmbito da mais inócua retórica ― não possuem ponderáveis dissemelhanças de «modo(s) de ser», mas lograram evidentes e melhores «modo(s) de estar».
~ ― ~
O nosso quotidiano regista um pico de casos que, aparentemente, causam generalizada comoção e frémito públicos. São os casos dos abusos sexuais no seio da igreja católica e o dos assédios na Universidade de Lisboa. Ambos tomaram esta dimensão ― tarde saíram à luz do dia! ― por mimetismo (ou simpatia) por influência e sob os ecos de (anos a fio) de processos idênticos na estranja - nenhuma onda de denúncia e acusação deixou, antes, de ter condições para se efectivar. A dimensão dos casos no seio da igreja é o que é por se tratar de um cúmulo de décadas e décadas de conivência e silenciamento criminosos - não aconteceu no seio da Casa Pia, há décadas, sem que alguém se chegasse à frente?! Já agora: deixou de acontecer?
Para os intoleráveis casos de assédio nesse campus aos/às imberbes, e outros, a minha intolerância ainda é maior por razões várias, e que não enfatizo sem antes contar até quinze. Relato um caso em que intervim
🔑 1972, era eu um fedelho, liceal; no decurso de uma aula de Matemática, o professor (FWdeM) exgiu a uma aluna que escrevesse mais alto no quadro. A ideia do voyeur era obviamente fazer com que a aluna (NVS), no movimento, exibisse as coxas mercê da bata curta. Levantei-me, disse à aluna que não o fizesse, avisei o professor, abandonei a aula, bati à porta do reitor (dr. Vargas Pessegueiro), e comuniquei o que havia a comunicar com as exigências que entendi propositadas. Ficou encerrado o caso e, que me conste, o professor jamais tentou fazer-se engraçadinho com menina alguma, e por maioria de razões com aquela.
É comum dizer-se que "ninguém dá o que não tem". Acrescento: se estiver disposto ao 'incómodo'.
~ ― ~
Engasgai-vos no vosso vómito, chafurdai na lama que criais, afogai-vos na merda em que sobreviveis e na qual outros, poucos, vicejam.
Vive valeque
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
22/12/2022
Do número excessivo de 'amigos'
Mais importante do que saber a qualidade e a intenção do inimigo é saber com quem nos sentamos à mesa - muito mais.
Da visita, que Zelensky faz aos EUA, retenho a alusão que Biden fez a dado passo. Mais ou menos isto
“(…) não faz ideia das horas, que passei ao telefone com dirigentes da EU, a convencê-los (…)”
Não estranho, pois, que a generalidade da comunicação social europeia destaque tudo e mais um par de botas e ‘silencie’ este comportamento relapso que expressa de forma magnânima a pusilanimidade e o tacticismo cruel dos europeus. A propósito: Biden de certeza que não teve de se empenhar para convencer o garnizé Macron, e outros de talento(s) similar(es), a dar(em) um passeio por Kiev e um abraço fraterno, solidário e sentido a Zelensky. Os ucranianos que 'não se fiem na virgem': é sempre mais proveitoso um chorrilho de erros e asneiras dos ianques do que «o sempre pouco» - e sempre aos empurrões! - e um tomo de babosa dos europeus. É 'coisa' de sempre - Plutarco n' O Banquete dos Sete Sábios põe Pítaco a retrucar para Mírsilo
"O tirano era um dos piores animais selvagens enquanto o adulador o era entre os animais domèsticos"
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
17/11/2022
A acção dos 'coisos' e os estudiosos da 'coisa'
Na revista aonde leio que um fura-vidas de Caminha fez, legitimado pelas urnas, do Município a sua casa e do dinheiro da comunidade a sua carteira também li uma entrevista de um historiador, João Paulo Oliveira e Costa, que dá uso ‘científico’ a um clichet 'universal' - dá para tudo e principalmente para ‘fundamentar’ outros ainda mais vulgares – “nós somos assim”, “é o que temos”, …
No primeiro caso – o meteoro, Miguel Alves, desintegrado – o que seja que tenha feito de irregular ou ilegal diz muito do próprio, mas diz muito mais da mole em que brilhou a fazer spin. É consabido que a administração local sempre foi um maná para este tipo de prestativas pessoas.
Com o senhor historiador não podia estar mais em desacordo.
Senhor historiador: em assuntos deste domínio, além do mais coetâneos, o que quer que seja, de científico, que não tenha comprovação empírica não passa de um «descolamento de retina», ou pior.
Falta de auto-estima?!Não, os portugueses não são deficitários de estima; aliás, reflectem a cada passo uma série de deficiências ou vieses que a conformam, e vêm antes da estima.
O imbecil não o é por falta de auto-estima. Pelo contrário: estimasse-se menos, e concorreria para esmagar ou obliterar a imbecilidade. Nesse sentido até acrescento que, os portugueses são imbecis, garbosos. Daí o “nós somos assim” - somos até os únicos que, imaginem, sabem verbalizar o compósito, saudade; daí sermos mestres nas adversativas – mas, todavia, porém,… ou, por exemplo, na complexificação – tudo é complexo! - … E por aí, vai!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
Uma relação obsediante
Começo
a ter francas suspeitas de que António
Costa e/ou alguém da trupe sabe alguma coisa de um tal Marcelo que está Presidente da República e que, a saber-se,
causaria enormes estragos no ‘boneco’ que levou quarenta e sete anos a compor.
É cada vez menos compreensível o comportamento político do presidente da República – há muito que ultrapassou tudo o que
compõe a cooperação e respeito institucional. Há ali algo próximo do obsediante.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
12/09/2022
Um pequeno buraco afunda um grande barco
Há dias, fazendo zapping, apanhei o sr. Vieira da Silva a perorar. Uma autoridade! Apesar de não me ter suscitado interesse nem curiosidade bastante para o continuar a ouvir, ainda assim ouvi-o justificar — “a fórmula (cálculo das pensões) foi concebida para um cenário de inflação em redor dos 2%”. Nunca apanham pela frente quem, na hora, os confronte pelo menos com o adjectivo qualificativo mais do que merecido.
Com mais ou menos justificações de cálculo actuarial a dita fórmula, desajustada desde a concepção, foi uma trambiquice. O facto de determinadas ‘coisas’ serem feitas com absoluta cobertura legal não as transforma em algo menos do que vigarice.
Os elementos da fórmula matemática em que sempre têm falhado ‒ da direita à esquerda ‒ jamais foram as constantes, as incógnitas, os operadores ou sequer os símbolos lógicos; foram/são a ausência de honestidade e a falta de coragem. A isso acresce(u) a intencionalidade e a mundividência dos genitores, mais a imbecilidade da prole.
***
Há cerca de trinta anos andou por cá uma seguradora de capitais americanos dedicada exclusivamente à venda de seguros (de vida) com capitalização. Uns campeões! O simulador e a cascata de fundamentos ‘garantiam’ uma taxa entre 8 e 10%.
***
Nada de novo, portanto ‒ sejam os sujeitos alguém em nome da administração pública ou gabirus privados.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
26/08/2022
Não chega a directora
Joana Petiz, sub-directora do DN, a meu ver tem sido certeira e, mais do que isso, implacável. Bem haja! Não a conheço de lado algum, mas aprecio e estimo os textos que, pelo facto de serem editoriais, suponho, deveriam vincular a direcção do jornal. Tenho francas dúvidas que assim seja. Isto para dizer o quê? Para dizer que Joana Petiz, em cada editorial que escreve, assina e edita, desce um degrau da escada que a podia levar a directora - ou chegará, mas noutra 'encarnação'.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
20/08/2022
Partir o espelho não é solução,
não
se olhar nele também não; e virá-lo ao contrário idem, aspas, aspas.
Já houve um tempo em que os próprios, «eles»,
à parte a função desempenhada e/ou relevância social, se exasperavam com o
referente; e do portfolio
argumentativo sacavam sempre do trivial ‒ a abusiva/excessiva/errada generalização (presentemente é
populista). Não erravam; simplesmente e para os efeitos convenientes postergavam,
passavam uma esponja sobre as características da alegoria – era-lhes reservado
o direito de uso.
«Eles» são, hoje —, aqui e em
qualquer outro lugar ― quem sempre foram: uma porção de «nós», quaisquer que
sejam as circunstâncias. Inferir isto é desolador, mas há pior. O pior é devastador;
o pior é concluir definitivamente que, por mais rendilhadas que sejam as
explicações, o que produzimos é ‘isto’.
Ou melhor: o que produzimos de bom [e produzimos!] não é suficiente para, em
termos sociopolíticos, suster primeiro e, depois, inverter a socórdia
prevalecente.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
30/07/2022
O mar enrola na areia
A
‘tributária’ é a única função do Estado em que os serventuários não imploram ou
reclamam dos constrangimentos. Quanto às demais funções do Estado, ― das
tangíveis às ‘imateriais’ ― a saber, defesa,
segurança pública, educação ‒ na linha de Ant. Sérgio prefiro «instrução» ‒ , justiça, previdência e saúde é o que o curador da república leia-se,
1º ministro, os comissários de serviço leia-se, ministros e ‘secretariado adjuvante’
e os apparatchik intermédios, já não
conseguem iludir. Os propalados e justificativos «constrangimentos» não são outra
coisa senão a confissão da incompetência.
Se
o Estado não serve para efectivar aquilo com razoável competência e resultados apreciáveis, servirá para quê? E servirá a quem? Com excepção da parasitagem que se
arrasta pelo aparelho do Estado ou, como proficientes haustórios, nas suas excrescências.
Não há artifícios de publicidade que dêem
consistência à «histórica» recuperação económica da nação, e aos exercícios
futuros menos darão; não há propaganda que faça entrar a freguesia para onde
nada encontra de valor senão o que está exposto na montra.
A triste realidade é que, prestes a fazer cinco décadas, há a constatar que produzimos muitos Clódio, mas insuficientes Catão – há épocas assim. Além do mais, diziam os antigos, “já vem tarde a poupança quando o vinho está no fundo” *
A triste realidade é que, prestes a fazer cinco décadas, há a constatar que produzimos muitos Clódio, mas insuficientes Catão – há épocas assim. Além do mais, diziam os antigos, “já vem tarde a poupança quando o vinho está no fundo” *
* Hesíodo
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
15/07/2022
Se não é competência, é o quê?
Zás! À primeira. Como diz(ia) um nosso 'filósofo' - "sem espinhas".
E não me venham com as costumeiras tretas sobre a incompetência da alta administração pública. Há assuntos em que o mundo tem muito a aprender connosco (sul-americanos e africanos incluídos)
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
10/04/2022
Da incompatibilidade entre lirismo e política
Descobriram
que a senhora ― ou a senhora ‘descobriu-se’ ― faz parte do plenário da academia
de Nuremberga, é jurista do Tribunal Penal Internacional – uma, entre 900 juristas
provenientes de 100 Estados ‒ e imagine-se é tão,
mas tão importante, que, de há semana e meia para cá não houve dia em que a
senhora, a propósito da invasão da Ucrânia e do rasto de atrocidades que o
banditismo fardado vai cometendo, não faça jus à notoriedade ignorada pelo
público até ao presente.
Nestes
termos nada contra ― com a sra. dra. do TPI
e da academia de Nuremberga como com o Araújo Pereira, o Markl ou o Vasquinho
Palmeirim. Emborca quem quer: porque sim ou porque gosta.
A
questão é que Ricardo AP, Markl e o Vasquinho são pagos para fazerem de
parvos, engraçados, mandar bocas, fazer de muito inteligentes e outras ‘coisas’
que tal, mas a sra. dra. Anabela Alves não existe para nada semelhante o que,
no caso, equivale a sentenciar que, entre o dedo no ar e a prontidão para o «eu
é que sei», devia rever muito do que profere e tomar uma boa dose de
comedimento.
Sem
mais delongas e porquês no fim da espremedura o que sobeja é: entre a ideia,
a intenção, o desejo,… e a efectividade das ‘coisas’ há um imenso baldio que,
umas vezes por isto e outras por aquilo, assim se mantém há séculos.
Quanto a
apreciações fico-me pelo ínsito na gravura.
Atrevo-me a afirmar que se
não forem os russos, seja lá por que meios fôr, a tratar da ‘encomenda’ em casa, nunca o TPI julgará Putin e os algozes ou, julgando-o, nunca o réu cumprirá a
sentença.
Por
uma imensidade de detalhes, casuísticos, e um outro imarcescível
“quando os factos se dependuram no museu da História vão já despidos das manhas com que a malícia dos homens os embrulham e então, as ideologias, as ofensas, tudo aquilo com que a gente pretende negar as bestas que somos ” faz o resto.Fiz-me entender?!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
03/12/2021
Por esta
não esperava eu. Fraco consolo. Mas, confesso, a verdade é que vale mais uma destas citações que um cento de
caneladas e outras tantas alarvices.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
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