14/12/2024
17/11/2024
Pleito não é (como escreveu B. Shaw?)
20/10/2024
A losing battle
"Aqueles que vivem pela bola de cristal, estão destinados a comer vidro moído" é dito, em determinadas circunstâncias, entre dealers e brokers
25/08/2024
Há coincidências tramadas
07/08/2024
Mas afinal quem fez a cama?
17/07/2023
09/06/2023
Um sensato 'discurso'
29/05/2023
Evolução
01/04/2023
'Minhocas para os gorgomilos de um bando de azêmolas' *
23/03/2023
Uma determinada 'cartografia'. Mas ...
11/03/2023
Todas as construções humanas são combinatórias
"Foi com horror que descobrimos que a quantidade de pessoas é mais decisiva do que a qualidade das verdades. (...) O meu problema não é aperfeiçoar a minha consciência, mas saber até que ponto a minha consciência é minha." *
16/02/2023
De mal-entendidos se faz uma imensa mistificação
A quem aproveita?
Essa opinião está errada. Quer dizer, estritamente falando, está errada. Repare, o jogo aí é utilizar a palavra “país”. É isso que condiciona, deturpa e esconde o que foi a realidade. Os estados do norte dos Estados Unidos da América já estavam a abolir a escravidão. Começaram a fazê-lo na década de 70 [do século XVIII], ou seja, quase 30 anos antes de o Haiti se ter tornado independente [em 1804]. O Vermont, a Pensilvânia, Nova Iorque… A pouco e pouco, esses estados do norte dos Estados Unidos iam abolindo, de uma forma gradual, a escravidão. Mas naquilo que viria a ser o Haiti, já a França tinha abolido a escravidão. Ou seja, o primeiro país a abolir a escravidão, foi a França. Globalmente, foi a França, em 1794, em plena revolução francesa. O comissário francês que na altura estava na colónia francesa então chamada São Domingos [Saint-Domingue ], um indivíduo chamado Sonthonax, em 1803 decretou a abolição da escravidão. No ano seguinte, a Assembleia em Paris ratificou a medida do seu comissário e aboliu em todas as colónias da República Francesa. Portanto, o primeiro país a abolir a escravidão foi a França. É verdade que, adiante, no tempo de Napoleão, a medida foi revertida. Em 1802, Napoleão repôs a escravidão. E quando o Haiti se tornou independente constitucionalmente, em 1804, aboliu definitivamente a escravidão nessa região. Mas, como vê, a história é mais complexa do que essa visão taxativa. De facto, os abolicionistas foram decisivos. Sem os abolicionistas, boa parte dos quais brancos, não teria havido abolição. Isto não é uma opinião exclusivamente minha. Muitas colegas historiadores defendem este ponto de vista, mas são quase todos velhos como eu, não é? Anteriores à chegada do wokismo.
19/01/2023
03/09/2022
Da estultificação em curso
29/07/2022
O encandeamento
05/06/2022
Llosa
10/04/2022
Da incompatibilidade entre lirismo e política
“quando os factos se dependuram no museu da História vão já despidos das manhas com que a malícia dos homens os embrulham e então, as ideologias, as ofensas, tudo aquilo com que a gente pretende negar as bestas que somos ” faz o resto.Fiz-me entender?!
10/03/2022
As ovelhas de Panurgo
Ontem, certa comunicação social destacou as acusações de Pep Guardiola aos políticos do mundo ocidental quanto à invasão da Ucrânia; hoje num jornal e num canal de televisão são destacadas acusações de José Milhazes de semelhante índole – “a condenação da comunidade internacional à Rússia foi tardia e devia ter acontecido, em 2004, no início de uma série de acontecimentos que originaram o actual conflito”.
Acusações ― todas e sem qualquer restrição ― que eu subscrevo. Acusações que são merecidas, não devem ser esquecidas, menos ainda poderão ser omitidas e, tombe o barco para onde tombar, jamais silenciadas. Existe, todavia, o sentido de oportunidade que, em ocasiões de grande tremideira, objectivamente servem os desígnios do inimigo. A ocasião para o ‘dedinho acusador’ não é este. Toda e qualquer brecha ― qualquer que seja a sua natureza e/ou âmbito ― é uma dádiva. É por isso que Panurgo * espera para levar a sua adiante. Neste como em quaisquer outros acontecimentos terá de haver consciência, por parte de quem profere sentenças, de que nada de essencial mudou. Até porque para se levar a elucubração ao ponto que deve ser levada a responsabilidade, depois de dever ser assacada aos políticos, não pode deixar nunca desresponsabilizar os respectivos rebanhos. No (nosso) mundo ‘livre’, as castas políticas são sufragadas livremente e ciclicamente – os próprios, os partidos que os sustentam, as propostas que fazem, …
Não é plausível que as ovelhas modifiquem a sua natureza e comportamento mas, mesmo assim, e, por mais que elas balam, não há forma de as isentar do selo de perpetradoras.
~ • ~
* Desconhecem?! Leiam
François Rabelais.
Panurgo, para se vingar de um
desonesto vendedor de ovelhas, comprou-lhe uma e, em alto mar, atirou-a borda fora. Instintivamente
o rebanho seguiu-a.