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07/08/2024

Mas afinal quem fez a cama?

Excepcionando a probabilidade de o laicismo sair vencedor da 'contenda', na ideia de Guy Sorman, subscrevo o resto. Aliás o texto é um alinhado de factos e constatações. Tenho por certo que o laicismo é a forma mais civilizada de solução. Mas ao ponto que deixaram/deixámos chegar o magno problema — Quem fez a cama?! — já não vamos lá apenas com intenções e proclamações. As comunidades já não podem eximir-se à exigência e os Estados e as instituições já não logram o objectivo sem a imposição de uma rigorosa e contínua vigilância, sem serem implacáveis com o cumprimento da lei e fazendo com que os 'excepcionalismos' tendam para zero. O laicismo, o secularismo pode triunfar. O desafio é gigantesco porque as razões são muito, muito profundas. E essas é a razão pela qual não me afoito a estender a apreciação.

25/02/2024

EL COCHE ELÉCTRICO ¿Por qué no despegan sus ventas?

España lleva camino de convertirse en un desierto industrial. El sector manufacturero perdió 350.000 afiliados desde la crisis de 2008, quedándose en 2,38 millones, lo que contrasta con los casi tres millones de empleos ganados en el mismo periodo en los servicios, al pasar de 13 a 15,9 millones de ocupados. Las cifras constatan que somos un país de servicios y explica la caída de la productividad y el estancamiento secular de la renta per-cápita frente a nuestros vecinos europeos.
La industria sólo representa el 14% del PIB (incluido el sector energético), lejos del 20% que Europa se puso como meta para finales de la anterior década. Y la tendencia es a la baja. Nuestro país perderá el podio como segundo productor de automóviles europeos en favor de Hungría en los próximos años, en los que el coche eléctrico sustituirá poco a poco al de combustibles fósiles.
En esto momentos, sólo existen dos proyectos serios para instalar fábricas de baterías. Y los dos pertenecen a fabricantes presentes ya en España, Volkswagen y Stellantis. La posibilidad de que algún fabricante chino se instale aquí ha quedado reducida a MG, propiedad del grupo SAIC, y a Chery, que está interesada en Zona Franca (Barcelona), pero no acaba de concretar su proyecto, al igual que hizo anteriormente Great Wall Motors, que luego dio la espantada.

12/11/2023

Quem tiver alguma coisa a dizer, avance e fique em silêncio *

Elementar, mas não percepcionado. Por múltiplas razões das quais uma das principais  senão a principal seja a de nos depararmos (é a mais prolífica) com espécimes que corporizam em si tudo que de mais vil há na natureza humana e que de forma tão sublime o Kraus descreveu na conversa entre "o optimista e o eterno descontente" (cena 29 do 1ºacto de «Os Últimos dias da Humanidade»).
O optimista apresenta-se 
-" O senhor não pode negar que a guerra, abstraindo das consequências positivas para os que todos os dias têm de olhar a morte de frente, também deu azo a uma elevação espiritual." ("You can’t deny that the war, apart from positively transforming those who must daily look death in the eye, has also raised people to a higher spiritual level.")
É o que mais há, e não há mais abjecto.

17/07/2023

Não haverá anti-histamínico que debilite a urticária

Apreciação que subscrevo ponto por ponto com excepção da resposta, "Talvez não", à interrogação, coloquial, de cariz heurotemático. A (minha) resposta é um categórico «Não». Não, mesmo excepcionando os prosélitos da 'causa' subjacente - a globalista. Quer a que se revela acentuando o seu estrito carácter tecnocrático, quer as que sibilinamente não perdem de vista o 'meridião'/rumo ideológico. E, a esses, ainda acrescento todos os que abarrotam o saco da pusilanimidade; um mundo. Bom proveito lhes faça, e a mim não desassossegue. Nunca por nunca me compadecerei com o destino de quantos se deitam em camas por si feitas. 

P.S.: destas minhas 'cogitações' estão excluídos tudo o que, no assunto em apreço, caia na alçada do ilegal, lato sensu - entre nós ou onde fôr. Nesta matéria, a ilegalidade deve ser considerada e tratada sempre como algo na vizinhança do banditismo ou banditismo.


15/07/2023

As 'culpa(s)' dos americanos

"En nommant la professeure d’économie Fiona Scott Morton, une Américaine – un fait sans précédent – qui a gagné des millions de dollars en conseillant des entreprises oligopolistiques comme Apple, Amazon ou Microsoft, «économiste en chef» de la direction générale de la concurrence, la Commission européenne a déclenché une belle tempête politique à Bruxelles et dans plusieurs capitales. 
«Ce n’est pas très malin: si on met dans un shaker les Etats-Unis, les Gafam [les géants du Web], l’Union européenne, la politique de concurrence, ça ne peut qu’exploser, évidemment», résume, consterné, un diplomate européen.
C’est mardi, à l’issue de la réunion du collège des vingt-sept commissaires, que sa désignation a été discrètement annoncée dans un communiqué de presse en même temps que quatre autres nominations. La twittosphère s’en est immédiatement emparé, puisque c’est la première fois que la Commission recrute un non-Européen à un poste aussi élevé et dans une fonction aussi sensible: certes l’économiste en chef ne prend pas les décisions, «mais il participe au processus décisionnel, a accès à des informations classifiées et influence fortement les débats», explique un eurocrate. (...) «L’Europe compte de nombreux économistes de talent», ironise la secrétaire d’Etat chargée de l’Europe, Laurence Boone, ancienne économiste en chef de l’OCDE. (...) La Commission européenne reste impavide: «Il n’y a pas de motif de reconsidérer» cette décision, a tranché vendredi Dana Spinant, la porte-parole adjointe."
                                        . Libération, 15 july 2023
                                                                  ➖  ➖  ➖
Não há por ali uns acentuados vestígios de chauvinismo, pois não?! Não obstante os franceses, parece-me, não terem percebido ainda que perderam, ou melhor desperdiçaram (começaram a ser proactivos nesse desempenho lá muito atrás, logo a seguir à IIª GM, e ainda com afinco e consciência durante as décadas de 70 e 80 do século passado), as condições inerentes à cultuação desse viés idiossincrático.

29/05/2023

Evolução

Será, ou não. Para uns é evolução, para outros é retrocesso e, para outros ainda – denominem a ‘coisa’ como quiserem - não é evolução nem retrocesso é, por mais dilatado que seja o tempo, um ‘momento’ inercial. E a inércia, para qualquer físico como para qualquer sociólogo, politólogo, … , é uma resultante dinâmica. Se, como um dia constatarão, tiver sido um retrocesso ainda assim é, para a maioria de nós, evolução. O império romano do Ocidente também evoluiu para Oriente, depois embrenhou-se, dissolvendo-se, nas ‘trevas’ da Idade Média, e daí não veio grande mal ao mundo com excepção de quantos perfizeram o insuficiente número para conseguir travar ou inverter aquela ‘dinâmica’ evolutiva. 
Tudo se resume à perspectiva, ao ponto de vista. A deles e a nossa.
Ora de lamentos e deplorações estão os nossos dias cheios — digo eu, que o que mais lamento foi a minha incompetência ou carência de aptidões, e inteligência bastante para as adquirir, na apreensão das qualidades capacitadoras a fazer de mim um cínico capaz, um encartado jansenista, …
“Burro velho nâo aprende letras”, reza o rifão, falso/enganador.
De que ‘letras’ falamos? Ai aprende, aprende...





20/04/2023

Pode-se transformar um aquário numa sopa de peixe

Quem nunca perdeu tempo com Leszlek Kolakowski, filósofo polaco, desconhecerá a «Lei da Cornucópia infinita» - assim foi 'baptizada' por ele. Ou saberá, porque lendo John Le Carré e crendo no background intelectual do autor, a dado passo, deparou-se com uma referência à dita. E o que tem isso a ver com o texto aqui editado? Tem porque 'defendeu' ele que 'há um número infinito de explicações para qualquer acontecimento, ilimitado, independentemente do tipo e/ou das circunstâncias.', ou seja, aconteça o que acontecer será explicado. E 'a cornucópia' até serve para explicar e justificar a normalidade anormal! 
À parte a verosimilhança 'da cornucópia' o certo é que há uma anedota russa que calça como luva no texto ínsito - «Sabemos que se pode transformar um aquário numa sopa de peixe. Mas a questão é: consegue-se transformar, de novo, a sopa de peixe num aquário?»


History loves unintended consequences.The latest example is particularly ironic: Russian President Vladimir Putin’s attempt to restore the Russian empire by recolonizing Ukraine has opened the door to a postimperial Europe. A Europe, that is, that no longer has any empires dominated by a single people or nation, either on land or across the seas—a situation the continent has never seen before.
Paradoxically, however, to secure this postimperial future and stand up to Russian aggression, the EU must itself take on some of the characteristics of an empire. It must have a sufficient degree of unity, central authority, and effective decision-making to defend the shared interests and values of Europeans. If every single member state has a veto over vital decisions, the union will falter, internally and externally.

Europeans are unaccustomed to looking at themselves through the lens of empire, but doing so can offer an illuminating and disturbing perspective. In fact, the EU itself has a colonial past. As the Swedish scholars Peo Hansen and Stefan Jonsson have documented, in the 1950s the original architects of what would eventually become the EU regarded member states’ African colonies as an integral part of the European project. Even as European countries prosecuted often brutal wars to defend their colonies, officials spoke glowingly of “Eurafrica,” treating the overseas possessions of countries such as France as belonging to the new European Economic Community. Portugal fought to retain control of Angola and Mozambique into the early 1970s.
The lens of empire is even more revealing when one peers through it at the large part of Europe that, during the Cold War, was behind the Iron Curtain under Soviet or Yugoslav communist rule. The Soviet Union was a continuation of the Russian empire, even though many of its leaders were not ethnic Russians. During and after World War II, it incorporated countries and territories (including the Baltic states and western Ukraine) that had not been part of the Soviet Union before 1939. At the same time, it extended its effective empire to the very center of Europe, including much of what had historically been known as central Germany, restyled as East Germany.
There was, in other words, an inner and an outer Russian empire. The key to understanding both Eastern Europe and the Soviet Union in the 1980s was to recognize that this was indeed an empire—and an empire in decay. Decolonization of the outer empire followed in uniquely swift and peaceful fashion in 1989 and 1990, but then, even more remarkably, came the disintegration of the inner empire in 1991. This was prompted, as is often the case, by disorder in the imperial center. More unusually, the final blow was delivered by the core imperial nation: Russia. Today, however, Russia is straining to regain control over some of the lands it gave up, thrusting toward the new eastern borders of the West.

GHOSTS OF EMPIRES PAST

24/07/2022

Sobre as causas (invariáveis) do acontecimento

    "Los líderes de las organizaciones criminales rusas, sus miembros y sus colaboradores se están introduciendo en Europa Occidental, adquieren propiedades, abren cuentas bancarias, crean empresas, se funden con el tejido de la sociedad, y cuando Europa se dé cuenta ya será demasiado tarde."

 ~ Bob Levinson, exagente especial del FBI

    "Quiero advertir a los estadounidenses. Como pueblo, sois muy ingenuos con Rusia y sus intenciones. Creéis que como la Unión Soviética ya no existe, Rusia, ahora, es un país amigo. Pero no lo es, y puedo demostraros que el SVR intenta destruir aún hoy Estados Unidos, más incluso de lo que lo intentaba el KGB en tiempos de la Guerra Fría."

~ Serguéi Tretiakov, excoronel del Servicio Exterior de Inteligencia Ruso, el SVR, destinado a Nueva York


05/03/2022

A ‘sociopatia’ de Putin

Desde a transacta quinta-feira (03.03.2022), e recompostos da ‘concussão emotiva’ inicial, passou a constituir uma espécie de doutrina perceptiva ― chancelada pelos nossos doutos especialistas da geoestratégia, das relações internacionais e da diplomacia ― uma mais do que verosímil sociopatia de Putin. Que ‒ atrevo-me apreciar ‒ é mais comum do que parece no seio da elite russa, e que portam no bojo “desde” e “na” sequência do desabamento do Muro.

Dos intentos com que essa trupe de esclarecidos, à excepção de uns poucos ― naturalmente os menos requisitados (ou menos disponíveis?) ―, se propõe a divagações desse quilate é um desperdício, apreciá-los. O certo é que ― nesta matéria como noutras de magnitude, importância e consequências semelhantes ― omitem (em benefício próprio) o que fecham nas gavetas *.

No que concerne à sociopatia de Putin e/ou da quadrilha adicta, e sem mais delongas, deixo, para proveito de quem quiser, excertos (elucidativos) de um livro ― editado em 2012, e que o «Instituto de Altos Estudos em Geopolítica e Ciências Auxiliares» (IAEGCA) editou em português, em 2016 ― de um mentor. Conclua por si.
                                                                                 ~ • ~
* atitude que resulta por saberem que somos uma comunidade de calões que se satisfaz com o palpite harmónico, ou não satisfaz se o palpite é divergente. Consoante as afinidades.

21/11/2021

Se é a União Europeia

a despertar ou pasto para traças, veremos. As circunstâncias aconselham a que o despertar não seja confusional.



06/11/2021

O hibisco da justiça

•Para a maioria, a regra é o (des)segredo de justiça;
•para uns tantos ‒ poucos ‒ dessegredo ou segredo de justiça, depende do contexto, das circunstâncias, da conveniência strictu sensu, da especialidade e de umas quantas tecnicalidades;
•para outros, ‒ muitos menos ‒ enquanto estão qualquer coisa, a pétala da lei é imperativa, e, depois de estarem, veremos. 

A justiça, o «segredo de justiça» do nosso ‘estado-de-direito’ tem dias. É como o hibisco ‒ em dias nevoentos e a partir do lusco-fusco fecha as pétalas. Se não está bem, não se dê ares de hibisco ‒ o hibisco não viceja em meios lodosos.


03/06/2021

"Aceitareis o regresso da barbárie, ou

lutareis pelo renascer da nobreza de espírito?" perguntou vezes sem conta Jan Patočka. Esta Europa é o que K. (O Processo) respondeu ao sacerdote com quem se cruzou na catedral ― "uma mentira convertida em ordem 'universal' ".



28/03/2020

As fragâncias da inópia

Um político está sempre capaz de pronunciar qualquer estupidez e, no caso em apreço, Wopke Hoekstra, ministro das Finanças da Holanda, acrescentou-lhe um deplorável sentido de oportunidade. Realizo que, horas a ouvir jeremiadas de relapsos legitimados por moles ociosas e negligentes, serão provação pesada embora a esse tormento, se submete somente quem se voluntaria.

De facto são dois, os infortúnios: i) a ausência de jeito do dignitário holandês e ii) a inércia e o desperdício de tempo para, antes da eclosão da pandemia viral e da multíplice crise, fazer exigências quer aos parceiros quer aos organismos europeus.

Costa tomou as dores de Espanha e Itália; encanitou-se — Pudera! Chamamos egoísta a quem não se sacrifica ao nosso egoísmo; Como não?! Se os indivíduos tal como as nações têm virtudes distintas e defeitos idênticos mormente no que concerne ao património comum constituído pela sordície as nações portam-se com decência se as circunstâncias não permitirem outra coisa.
Quando, assim, não foi? Por que carga d’água teria de ser diferente, agora?
Atitude dissímil é que seria notícia. E, dependendo do intuito, quem esquissa ou alinhava as suas concepções com lirismo é cretino ou patife.

António Costa conseguiu com a inconsequente bravata — o que se conseguir dever-se-á, naturalmente, ao que a França, Itália e Espanha representam e ao(s) peso(s) específico(s) que possuem, e nunca à atrabílis do ‘primeiro-luso’— inflar os egos lusos, e pô-los a aclamá-lo.
É um arquétipo a diferença entre sobriedade analítica, a ponderação opinativa designadamente no El Pais, El Mundo, Expansion, assim como a contenção de Sanchez e Giuseppe Conti e os cheliques agastados do nosso ‘primeiro’!


Não obstante, a honestidade intelectual exige que se volte a questionar agora mais ponderosamente do que na designada ‘crise das dívidas soberanas’ em 2010
Para que serve a União Europeia, afinal?         

15/07/2019

‘No final, os enganadores só se enganam e eles próprios.’ *

Em 1975, Valéry Giscard d’Estaing, numa conferência sobre a situação internacional – empertigado em cima da disponibilidade interessada e da força dos mísseis Pershing que os EUA, em breve, instalariam na Alemanha Federal, Holanda, Bélgica, Itália e Inglaterra – disse: ‘o mundo é infeliz. É infeliz porque não sabe para onde vai. E porque adivinha que, se o soubesse, descobriria que vai para a catástrofe.’

Erro de análise, visão distorcida. Qual quê?! O mundo mantinha-se fascinado pelos franceses, a França regurgitava muito do que o mundo carecia – moral, ética, humanismo,… – através das escusas, doutrinas e prescrições de J.P.Sartre, H.Marcuse — e Bernard-Henry Lévy que ainda não se zangara com Sartre, ou seja, não concluía ser um asno! — … Enfim, a França era um exemplo para a humanidade, e um alfobre de 'mentes brilhantes'.
De lá para cá, o mundo não é mais nem menos infeliz, e a catástrofe não aconteceu — a não ser que nos atenhamos em comparações entre a qualidade dos altos dignitários europeus da ocasião e os actuais; entre a filial pujança económica francesa, à época, e os ‘nós’ que os franceses vão dando e a que E.Macron, F.Hollande, N.Sarkozy, J.Chirac e F.Miterrand não souberam, ou não puderam, desatar; entre o gregarismo sociológico de então e o presente esboroamento social;…

Ontem, em sentido, a ver passar 67 aviões da Força Aérea, 40 helicópteros, 196 veículos militares 4.300 garbosos militares, apeados, E.Macron falou da premente necessidade de tratar da defesa europeia. Sim, disse bem. A dificuldade está no «com que meios?». Vêem-se gregos para aguentar os pilaretes do proposto e propugnado Estado-Social, e… Soa-me a cómico na boca de Macron. Quando o propósito é abordado por Marcelo Rebelo de Sousa ou António Costa, imagine ao que me soa.

No fundo, entre nós, o problema vem de antanho. Enquanto não fôr modificado o olhar que os homens assentam sobre o seu mundo e o seu futuro, tudo é dispensável. Os europeus não carecem de inimigos externos; bastam-se a eles próprios. Quando têm problemas, procrastinam; quando não têm, importam-nos ou inventam-nos. A inércia vai fazendo o resto: ou os atira para o regaço de amigos mais fortes, ou contra a realidade dos outros.

* citação de Ghandi