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29/08/2024

Ridicularias

Dei-me ao trabalho de ler a Deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social/2024/388 (OUT-TV) - Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias de 7 de agosto de 2024 (pendurei o PDF para memória futura) e ‘apanhei’ algo da Administração do Hospital de Santa Maria/Lisboa a ‘ameaçar’ com procedimentos judiciais quem, mais desbocado, diga ou escreva ‘coisas’ desabonadoras dos serviços e/ou profissionais da instituição.

Na realidade são dois actos que contam e valem nada. Tanto que são desmerecedoras do que vá além de duas conclusões, menores:
. A primeira é uma gargalhada entre o sarcástico e o desprezo;
. a segunda é que, espremidas, são reconfirmações do escrito por mim, anteriormente ― "estes censores ‘democráticos’ apenas se distinguem dos outros ‘fascistas’ porque os ‘fascistas’ eram comparativamente mais brutos; estes, os ‘democráticos’, são bem mais vis e sórdidos. Aqueles eram para ser levados a sério, estes são ridículoseu acho-lhes piada."
Há uma outra bem mais complexa, mas menos perceptível e muito mais nefasta: naqueles havia uma propósito coerente em termos ideológicos e sociais; nestes – por baixo de todas as outras razões –, o alfa e o ómega de cada um é o de irem preservando as suas vidinhas da ruína ― e por isso abocanham e se alapam nos ‘lugares’ como doidos. É por isso que possuem uma desmedida fobia 1. ao escrutínio, 2. à comparação e 3. ao mercado.
Quem os conhecia, desde sempre, e podia de forma categórica referir-se-lhes era o Vasco Pulido Valente. Escreveu ele que, raspando-se esta ‘tralha democrática', logo se revelam uns tiranetes. Processem-me!

25/08/2024

Há coincidências tramadas

Estava eu a ler, a sorver e a anotar uma série de passagens conforme as suas importâncias relativas ou absolutas, do verde para o vermelho, página anterior folha à frente, o livro «The Civilization of Illiteracy», de Mihai Nadin, aonde se lêem afirmações
The first irony of any publication on illiteracy is that it is inaccessible to those who are the very subject of the concern of literacy partisans. Indeed, the majority of the millions active on the Internet read at most a 3-sentence short paragraph”,
e por aí vai, quando dou com uma entrevista da professora Inês Lynce, professora do INESC-ID (Instituto de Engenharia de Sistema de Computadores do Instituto Superior Técnico), a quem a revista prestou um mau serviço. Pela razão lhana, porém essencial, depois de tanta ‘coisa’ cuja compreensão e importância são vitais, se limitar a destacar
A ideia da ‘matéria dada’ tem de desaparecer. Existe uma bibliografia, dizemos qual é a matéria, podem existir umas aulas, sobretudo motivacionais, para que os alunos fiquem com vontade de saber, mas cada vez mais eles vão aprender sozinhos

18/07/2024

Os (nossos) inveterados democratas

Elon Musk revelou que a Comissão Europeia propôs às plataformas de redes sociais acordos ilegais, secretos, no período que antecedeu as recentes eleições europeias. O acordo pressupunha que as redes sociais sigilosamente censurassem os conteúdos e, em contrapartida, ficariam imunes a processos judiciais que redundariam em multas gigantescas e restrições à sua actividade comercial. O Facebook e a Google aceitaram, segundo Elon Musk.
A hipocrisia e o cinismo da Comissão Europeia é extrordinária ― Bruxelas alerta constantemente para a ameaça da Rússia via disseminação de notícias falsas, desinformação e discursos de ódio. Mas, se isto é verdade, também é verdade que as pulsões censórias são um modo de acção das elites da União. O desprezo pelos cidadãos e pela democracia assenta na presunção de que os burocratas e decisores da União Europeia sabem o que é melhor para a sociedade e, portanto, serão eles a decidir o que é discurso aceitável, o que pode e não pode ser dito.
O Regulamento dos Serviços Digitais é uma máscara; é um subterfúgio para controlar narrativas úteis aos interesses da oligarquia e, para o efeito, usa polígrafos, algoritmos de remoção de conteúdos, cancelamento de utilizadores inconvenientes, …
A censura ‘democrática’ é promovida por dirigentes políticos com a cumplicidade activa de algumas plataformas, e passiva da comunicação social tradicional." *

O Partido Socialista, e o governo de António Costa alapado nas costa da pandemia, assim fez. A excepção foi o Observador que prescindiu da ‘penhora’.
Luis Montenegro, agora primeiro-ministro, perante as dificuldades das marcas da Global Media Group DN, JN, O Jogo, Motor 24, TSF, … ― e a consequente jeremíada não descartou categoricamente eventuais apoios.
Entretanto - ai, as generalizações! -, a qualidade dos pregadores domésticos é mais ou menos esta 




Em Espanha o inveterado democrata socialista, Sanchéz, prepara-se e, para tanto, propõe-se



Telmo Azevedo Fernandes

19/05/2024

Agastamento de um senhor de fato


do sr. Sérgio Vitorino, 
editor do Correio da Manhã, com a (minha) «doença» 


Considerando a penúria da fundamentação dialética do sr. editor, basto-me citando uma locução latina
                      ― Sapiens nihil affirmat quod non probet 
(Não se deve afirmar o que não se pode comprovar)

Qual é afinal e logo (a título exemplificativo) com uma «brilhante»(!) carta do sr. Henry Stewart, inglês, ao sr. director do «Guardian» o fundamento do 'desprezo' do sr. Sérgio A. Vitorino com a minha ‘doença’?
1 - à superfície, a inexistência de crimes cometidos por quem anda de «kirpan». Tem provas?
2 - subliminarmente, o respeito devido «de quem está» pelas tradicões e costumes «de quem chega». Na linha deste raciocínio sugiro-lhe que, por exemplo, seduza (muitos) índios da tribo kawahiva ou piripkuras(não há pessoas mais despojadas), e mais uns centos de mumuílas, a virem para cá Mas, aloje-os nas suas cercanias! 

Parece-me que se esqueceu de ler a lei portuguesa sobre transporte de «armas brancas»; de aquilatar a conformidade legal do porte de kirpan.


23/02/2024

É um juízo de valor e outro processo de intenção, sim, senhores

Faz dois dias repliquei parte do que li no L’Opinion sobre as actuais dificuldades da indústria automóvel europeia e a apreensão com o futuro. Temor, exclusivamente concorrencial, face ao desempenho da indústria homóloga chinesa que irrompe à luz do dia com preços, dizem-nos, 30% inferior, e a óbvia incapacidade europeia para os emular. Repliquei o facto - e é este o desafio!
Hoje, o Diário de Notícias pespega na capa *

26/03/2023

Exclamação


A criatura é definitiva e irremediavelmente ― burro velho não aprende letras ― um ‘palerma’: um palerma ‘inteligente’. De onde lhe vem a ‘inteligência’? De uma coluna vertebral gelatinosa que 1. explica a verbiage, profícua e 2. fiadora, desde os tempos da ‘outra senhora’, de uma carreira de ‘êxitos’. O resto completivo não lhe é assacável ― é imputável, à vez, 1. à rede comunicacional e a quem a constitui bem como 2. à massa acéfala que o legitima.

22/12/2022

Do número excessivo de 'amigos'

Mais importante do que saber a qualidade e a intenção do inimigo é saber com quem nos sentamos à mesa - muito mais.
Da visita, que Zelensky faz aos EUA, retenho a alusão que Biden fez a dado passo. Mais ou menos isto
“(…) não faz ideia das horas, que passei ao telefone com dirigentes da EU, a convencê-los (…)”
Não estranho, pois, que a generalidade da comunicação social europeia destaque tudo e mais um par de botas e ‘silencie’ este comportamento relapso que expressa de forma magnânima a pusilanimidade e o tacticismo cruel dos europeus. A propósito: Biden de certeza que não teve de se empenhar para convencer o garnizé Macron, e outros de talento(s) similar(es), a dar(em) um passeio por Kiev e um abraço fraterno, solidário e sentido a ZelenskyOs ucranianos que 'não se fiem na virgem': é sempre mais proveitoso um chorrilho de erros e asneiras dos ianques do que «o sempre pouco» - e sempre aos empurrões! - e um tomo de babosa dos europeus. É 'coisa' de sempre - Plutarco n' O Banquete dos Sete Sábios põe Pítaco a retrucar para Mírsilo
"O tirano era um dos piores animais selvagens enquanto o adulador o era entre os animais domèsticos"

17/01/2022

Da improbidade

Fazia menção de remeter à reclusão até à apuração final da decisão do eleitorado, a apreciação às peripécias partidárias. É impossível — e, a impossibilidade, não é por achar que seja devedor de solidariedade ou que tenha ser recíproco para com os meus concidadãos. Não devo, não tenho.
—  •  —
Quem me segue, saberá o que chamei a Fernando Teixeira dos Santos quando ele era ministro das finanças de Sócrates, o que chamei a Vieira da Silva ao tempo de Sócrates e no anterior governo de António Costa, o que chamo a António Costa, que é semelhante ao que chamo a Siza Vieira e a outros tantos (ocupem eles o lugar que ocuparem) e que não se coíbam de “cagar-se” — da linguagem informal da 2ª figura deste Estado, Ferro Rodrigues — para a verdade, e assim vigarizar as pessoas. Não o fazem por incompetência ‒ fazem-no de perfeita consciência e convictamente.
Quem me segue, saberá que nunca fiz do povo o desgraçado da história porque, o povo anda há quarenta e nove repito, quarenta e nove anos, a desgraçar-se. E quem se desgraça por convicção merece o castigo. Dizem-me: — São enganados. Não é verdade! Tanto não é que os aldrabões vigarizam por saberem de antemão que, se não forem vigaristas, perdem. A constatação é uma constatação, e não serve de atenuante. Facto é que, entre nós, mais fácil é ser incensado um trafulha, relapso, do que alguém comprovadamente equivocado. Ora, no máximo, poder-se-á exclamar com um daqueles remoques que servem, simultaneamente, aos contrários — ‘estão bem uns para os outros’; ‘merecem-se’.

Sem surpresa, entrou na campanha eleitoral o dissentimento entre as intenções da direita diabólica ‒ PSD, CDS, IL ‒ porque (
denunciam os de ‘sensibilidade social à flor da pele’) o que pretendem é privatizar o ‘negócio’ e a ‘tropa progressista’ que vive angustiada com a vida e o destino do povo ‒ PS, PCP, BE, Livre, PAN, …‒ sobre a vida e o caminho, o presente e o futuro da Segurança Social *.

O comportamento da generalidade dos órgãos da comunicação social, de tão confrangedora, chega a ser revoltante. Também essa tem sido/é a que desejamos.


Os exemplos que deixo (de dezenas, disponíveis) foram colhidos de forma aleatória e sob um critério, único ‒ comprovar que, perante a verdade, se comportam e verbalizam como patifes, ipsis letteris.
É exactamente como escreveu Euclides da Cunha — Não, não é a ocasião que faz o ladrão; o ladrão existe independentemente das ocasiões. Também não é menos verdade que, quando se deixa de lutar pela posse da propriedade privada, resta lutar pela fruição da propriedade colectiva.






O merecimento dessa 'tropa' é ser defenestrada!


* no passado recente e presentemente, à direita e à esquerda, discreteia-se sobre a SS no pressuposto de uma 'sustentabilidade', há muito, inexistente. Até ao presente a 'sustentabilidade melhor, a liquidez é garantida por transferências anuais dos OE.

04/01/2020

Da nossa recompilação

Ouvir telejornais, sem pôr o interruptor dos neurónios do córtex pré-frontal em off, indispõe. Nas ‘notícias’ da TVI, das 20 horas de 03.01.2020, ouvi
A catástrofe ambiental que ocorre na Austrália (…) num país cujo governo é dos mais negacionistas, quanto às alterações climáticas, parece ser castigo da Providência.”
Alguns dos Pais da Igreja (os mestres da Patrística), na Idade Média, lograram melhor!

Não é especialidade da TVI — mudar para a SIC ou para a RTP dá no mesmo. Mudar de veículo ou plataforma também não resulta diverso; nos ávidos de papel (jornais) assim é. O Editorial do Público de 04.01.2020, assinado por Manuel Carvalho Crónica de mais uma guerra que o Ocidente vai perder – é do mesmo — Quem te manda, sapateiro, tocar rabecão! — um chorrilho de vulgaridades entremeadas de atrevidas premonições coligidas, aqui e além, no que os nossos ‘especializados’ têm por «The Oxford Handbook of…» ou seja, as apreciações e ‘análises’ dos colegas dos venerados Washington Post, New York Times, Hunfington Post, Time, Le Monde, The Telegraph, Bild e El País.

Há uma centena de anos, Karl Kraus escreveu
A missão da imprensa consiste em divulgar o espírito e, ao mesmo tempo, destruir a capacidade de assimilação.

13/10/2019

Plumitivos e entorpecedores

“ (…) a rejeição dos argumentos do ultramontanismo de direita é um dever inscrito na Constituição e nos valores que a democracia propagou (…) ”
Manuel Carvalho in Editorial, Público



Estes exemplares da matilha de «novos cães de guarda» não se erguem acima do plumitivo; são intelectualmente desonestos. Nada há a fazer.
O senhor, na increpação, ignorou em absoluto o radicalismo – contrário, aliás, às transigentes intenções e civilizados desígnios constitucionais –, explícito ou subliminar, de quem, ao erguer o facho, bramiu


chegou a voz do anti-fascismo, do anti-racismo, do comunismo radical *


* prescindo de apreciações ao flato - «comunismo radical»