É mesmo necessário encostá-los à parede! A uns, sempre que mijarem fora do penico, com devolução à procedência; aos outros, aos perpetradores, um longo período sabático nos calabouços. Temos de continuar a encostá-los à parede.
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08/01/2025
28/12/2024
Era contada
a anedota ― os cont'nentais (com a sobranceria
própria de gente que se presume ...) contavam-na, troçando dos madeirenses
Meninos... B+A = BA; T+A = TA; T+A = TA
... tudo junto
– Semilha
Rui Pereira, com autoridade óbvia, serenamente, explica aos do cont'nente que, por aí têm andado a clamar - semilha!, é batata.
Os cont'nentais continuam estúp'dos como portas!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
20/12/2024
Este clown,
comparativamente ao que por lá está, só ganha porque é mais pequenito e, como soe dizer-se, "tudo o que é pequenino é engraçadinho". O 'problema' é que o pleito eleitoral será para eleger um Presidente da República. E deixou de ser verdade que as televisões deixaram de conseguir 'tapear' - vender sabão em barra por sabonetes bem cheirosos.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
14/12/2024
03/12/2024
Se necessário fosse,
e para mim não é, este 'documento' deve ser lido para justificar a memorização e a celebração do 25 de Novembro de 1975. A razão mais funda foi a de ser a única forma de interromper a distribuição de pílulas, um genérico lusitano, Murti-Bing * que uma colecção de operacionais milicianos devidamente enquadrados pelo guru do Partido Comunista Português insistia em enfiar-nos goela abaixo.
* Stanislaw Ignacy Witkiewicz, Insaciabilidade
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
17/11/2024
Pleito não é (como escreveu B. Shaw?)
comentário é com certeza, e definitivo. *
A miséria de uma sociedade reles. À luz de
que ‘parâmetros’ se pode apreciar a decisão? Se os houver então
equaciono a decisão, perguntando: ―
O evocado ‘sofrimento’ (burnout) é ponderado, tomando por
referencial o ‘sofrimento’ de que outros mesteres?
E se houver
estes referentes, tomando-os por atacado então, à luz de que
normas, preceitos, doutrina ética são determinados?
Se há ― doutrina ética ― então,
como se compagina, concilia com o substância (ética) exarado «na» e
outorgado «pela» Constituição da República?
Obs: em momento
algum convoco a Moral porque convocá-la num assunto desta natureza
exige uma ‘religiosidade’ que abjurei e uma crença que repudiei,
há muito.
Não nos faltam trafulhas ―
e medíocres! ― que,
por muito menos, se esganiçam bramindo «vergonha!» - a vergonha
que sabem não existir. Somos uma sociedade que possuirá
personalidade, sim; o carácter é que se lhe escafedeu, há muito;
ou nunca existiu. O Vergílio Ferreira da minha predilecção anotou
no «Diário Íntimo»
“Um problema de verdade-e-erro só é nosso
quando o sangue o reconhece”.
Obs: Longe de mim imaginar quando
ontem, noutro sítio, citei Stig Dagerman que dele faria uso hoje
novamente ―
um espelho! ―
“há quem diga que o esgoto contém a verdade mais
significativa de uma sociedade e que, em vez do desprezo geral,
merece uma consideração geral”
Não
fosse a minha abertura de espírito, era um postulado. Melhor:
axioma.
De nós, ou que nos caia feito à medida, já não se vai nem
além, nem mais
ajustadamente; já
tudo foi dito e escrito.Thomas
Bernhard (outro, da plêiade
que me fascina e consome o tempo) escreveu um livro em que pespegou o
seguinte ‘frontispício’
Le tragique c’est que l’humanité, comme disait Père en connaissance de cause, prend toujours le mauvais
chemin. L’humanité est un pacient que absorbe tout ce qu’on lui
donne n’import quel toxique mortel, disait Père
* Apostilas
não as haverá porque sendo eu um ignorante, ainda e sempre em
construção, nada tenho para transmitir; para além disso, é da
natureza da ciência a auto-regulação e auto-correção.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
30/09/2024
29/08/2024
Ridicularias
Dei-me ao trabalho de ler a Deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social/2024/388 (OUT-TV) - Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias de 7 de agosto de 2024 (pendurei o PDF para memória futura) e ‘apanhei’ algo da Administração do Hospital de Santa Maria/Lisboa a ‘ameaçar’ com procedimentos judiciais quem, mais desbocado, diga ou escreva ‘coisas’ desabonadoras dos serviços e/ou profissionais da instituição.
Na realidade são dois actos que contam e valem nada. Tanto que são desmerecedoras do que vá além de duas conclusões, menores:
. A primeira é uma gargalhada entre o sarcástico e o desprezo;
. a segunda é que, espremidas, são reconfirmações do escrito por mim, anteriormente ― "estes censores ‘democráticos’ apenas se distinguem dos outros ‘fascistas’ porque os ‘fascistas’ eram comparativamente mais brutos; estes, os ‘democráticos’, são bem mais vis e sórdidos. Aqueles eram para ser levados a sério, estes são ridículos – eu acho-lhes piada."
Há uma outra bem mais complexa, mas menos perceptível e muito mais nefasta: naqueles havia uma propósito coerente em termos ideológicos e sociais; nestes – por baixo de todas as outras razões –, o alfa e o ómega de cada um é o de irem preservando as suas vidinhas da ruína ― e por isso abocanham e se alapam nos ‘lugares’ como doidos. É por isso que possuem uma desmedida fobia 1. ao escrutínio, 2. à comparação e 3. ao mercado.
Quem os conhecia, desde sempre, e podia de forma categórica referir-se-lhes era o Vasco Pulido Valente. Escreveu ele que, raspando-se esta ‘tralha democrática', logo se revelam uns tiranetes. Processem-me!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
16/07/2024
Irreformáveis
"Mais
de uma década depois da primeira tentativa para implementar o
processo da revisão da despesa em Portugal, este instrumento de
apoio à gestão financeira pública ainda não alcançou um estado
de maturidade que assegure a sua eficácia. (...)
A
revisão da despesa consiste num escrutínio detalhado, coordenado e
sistemático da despesa base do Estado, com o objetivo de identificar
poupanças decorrentes de melhorias na eficiência e oportunidades
para reduzir ou redirecionar despesa pública não prioritária,
ineficiente ou ineficaz.
"Em Portugal, sucederam-se três experiências distintas de
desenvolvimento deste tipo de instrumento de gestão financeira,
entre 2013 e 2024. As duas primeiras revelaram-se “episódicas e
desconexas e não permitiram um desenvolvimento contínuo do
exercício”. A terceira, em curso, não obstante estar
mais alinhada com as boas práticas internacionais, “ainda não
produziu resultados efectivos”.
“É
paradoxal que no decurso da implementação de um processo, que se
propõe melhorar a economia, eficiência e eficácia da despesa,
tenha existido um significativo desperdício de recursos.”
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
17/07/2023
Não haverá anti-histamínico que debilite a urticária
Apreciação que subscrevo ponto por ponto com excepção da resposta, "Talvez não", à interrogação, coloquial, de cariz heurotemático. A (minha) resposta é um categórico «Não». Não, mesmo excepcionando os prosélitos da 'causa' subjacente - a globalista. Quer a que se revela acentuando o seu estrito carácter tecnocrático, quer as que sibilinamente não perdem de vista o 'meridião'/rumo ideológico. E, a esses, ainda acrescento todos os que abarrotam o saco da pusilanimidade; um mundo. Bom proveito lhes faça, e a mim não desassossegue. Nunca por nunca me compadecerei com o destino de quantos se deitam em camas por si feitas.
P.S.: destas minhas 'cogitações' estão excluídos tudo o que, no assunto em apreço, caia na alçada do ilegal, lato sensu - entre nós ou onde fôr. Nesta matéria, a ilegalidade deve ser considerada e tratada sempre como algo na vizinhança do banditismo ou banditismo.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
16/07/2023
Êxitos lusitanos
A nossa proficiência nesta matéria, e nas correlatas, é inquestionável. É a 'natureza', senhores - a natureza! É o chamamento do sangue! Saúdo os olhos arregalados dos rastreadores, mas os resultados sabem-me geralmente a pouco. Gostava de saber o 'peso' da denúncia na checagem institucional - se esses dados existem, não os conheço. Sempre me pareceu que a denúncia é motivada mais pelo ressabiamento e pela vingança «de quem esperava comer e não lambeu» do que por quaisquer assomos ético-morais, de cidadania. Não nos diferenciamos com distinção apenas pelo fado, pelo bacalhau e sardinha assada. Nem será por acaso que somos mestres na tiborna, melhor do ninguém nos miscigenamos, na maioria das vezes ajavardámo-nos, e somos tão afeitos ao trópico de capricórnio. Deve ser porque é a descer - e, a descer, todos os santos ajudam.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
13/07/2023
Rábulas sem mérito
porém, merecidas.
"Uma sociedade que se levasse a sério ....", escrevia eu, incorrectamente. Se se levasse a sério não teria passado pelo que passou, antes e depois do 25 de Abril; não se tinha sujeitado a estender a mão à 'caridade' internacional a cada década e meia e, cinco décadas depois, não estava disponível para o bombardeio quotidiano desta torrente de rábulas. E por contadores de rábulas temos que não há instituição que se salve: nem daquelas 'coisas' denominada Procuradoria-Geral d(est)a república, Mi(nis)tério público e outras 'loisas' como Cresap, et al.
Também já não procede gritar/clamar por vergonha: era necessário que, quantos procedem sem pingo de vergonha, reconhecessem a desonra. Ora se não há causa, não há efeito. Lá vai o tempo em que "vergonha era roubar" - e ainda assim havia ladrões! Já não há a quem as faces se lhes ruborizem pelo pejo ou sequer pelo opróbio.
Também já não procede gritar/clamar por vergonha: era necessário que, quantos procedem sem pingo de vergonha, reconhecessem a desonra. Ora se não há causa, não há efeito. Lá vai o tempo em que "vergonha era roubar" - e ainda assim havia ladrões! Já não há a quem as faces se lhes ruborizem pelo pejo ou sequer pelo opróbio.
O que é mérito? Mérito, competência, eficácia, eficiência, ... são conceitos rigorosamente estabelecidos e enquadrados. De tal forma que, entre nós, aos genitores e/ou às genetrizes lhes resta somente lamentar embora, para mim, eventuais ou efectivas jeremíadas são questionáveis, e suspeitas. O mérito é um substantivo incompatível com o «nosso jeitinho de». Nem o regime procura quem pretenda mais do que ser um reconhecido comissário, ou intendente, ou ... pessoas de plasticina. Nada disto é senão as rábulas servidas por todo esse legitimado putedo franciscano. Cada qual, mas todas, com um propósito inconfesso.
Wittgenstein advertiu que os problemas afloravam quando a linguagem ia de férias ou seja, o perigo de tratar as palavras como se o seu significado fosse arbitrário.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
09/07/2023
"O que preocupa as pessoas são temas diferentes"
A
porta voltou a abrir-se à saída de mais um governante - o 13º em
ano e meio de maioria absoluta. O ritmo abrandou, mas a falta de
vergonha e de noção mantém-se. A verdade é que governar deixou de ser coisa de gente séria. Ainda que uns poucos da velha guarda permaneçam impolutos, o grande legado da governação de Costa é a arte da finta. Pelo caminho, fica o país mal governado e mal
amanhado, fruto das medidas de gestão de crise tomadas com o mero
propósito de limpar a cara e garantir a sobrevivência política.
. Joana Petiz
O que preocupa (?!) as pessoas são temas diferentes.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
05/04/2023
Um coio, a TAP,
neste imenso valhacouto, Portugal. É a praxis do Partido Socialista, aliás, em conformidade com os preceitos da melhor sua melhor tradição. Gerar e alimentar expectativa(s) que levassem a um desenlace diferente é irremediavelmente um anseio confinado a um perímetro asnal. Não espanta - compõe a doxa nacional.
〰 〰 〰
O
ex-secretário de Estado das Infra-estruturas, Hugo Mendes, terá pedido à CEO da
TAP, Christine Ourmières-Widener, para adiar um voo de Moçambique que tinha
como passageiro, o Presidente da República. Na
troca de mensagens, a CEO da TAP expõe ao ex-governante a preocupação quanto à
exposição do pedido.
“A minha preocupação é que se isto se torna público, e podemos ter a certeza de que se tornará, não vai ser bom para ninguém, não achas?"
Em
resposta, Hugo Mendes escreve
“(…) entendo que isto possa ser algo irritante para ti, mas não nos devemos permitir a perder o apoio político do PR. (…) Ele tem-nos apoiado quanto à TAP, mas se o seu humor mudar, está tudo perdido (…) Uma frase vinda dele contra a TAP/Governo vira o país todo contra nós. (…) Ele é o nosso principal aliado político, mas pode tornar-se o nosso maior pesadelo.”
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
31/03/2023
Mitologia comparada
Bem comparado é se se considerar que o rei nunca
mandou limpar os estábulos;
Bem comparado é se se considerar que o gado do rei Áugias * produzia imenso esterco;
Mal comparado é se se considerar que o gado que o rei* lá guardava lá era do mais sadio que podia existir;
Mal comparado é se se considerar que houve um Hércules disponível para esse «quinto trabalho»**;
Mal comparado se se considerar que Hércules encarou
o desafio, e venceu ***.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
04/03/2023
Modo de estar ou modo de ser? *
É o nosso «modo de estar» porque a maioria das sociedades com as quais nos devíamos comparar ― seria um bom ponto de partida se assim fosse mas suspeito que o é somente no âmbito da mais inócua retórica ― não possuem ponderáveis dissemelhanças de «modo(s) de ser», mas lograram evidentes e melhores «modo(s) de estar».
~ ― ~
O nosso quotidiano regista um pico de casos que, aparentemente, causam generalizada comoção e frémito públicos. São os casos dos abusos sexuais no seio da igreja católica e o dos assédios na Universidade de Lisboa. Ambos tomaram esta dimensão ― tarde saíram à luz do dia! ― por mimetismo (ou simpatia) por influência e sob os ecos de (anos a fio) de processos idênticos na estranja - nenhuma onda de denúncia e acusação deixou, antes, de ter condições para se efectivar. A dimensão dos casos no seio da igreja é o que é por se tratar de um cúmulo de décadas e décadas de conivência e silenciamento criminosos - não aconteceu no seio da Casa Pia, há décadas, sem que alguém se chegasse à frente?! Já agora: deixou de acontecer?
Para os intoleráveis casos de assédio nesse campus aos/às imberbes, e outros, a minha intolerância ainda é maior por razões várias, e que não enfatizo sem antes contar até quinze. Relato um caso em que intervim
🔑 1972, era eu um fedelho, liceal; no decurso de uma aula de Matemática, o professor (FWdeM) exgiu a uma aluna que escrevesse mais alto no quadro. A ideia do voyeur era obviamente fazer com que a aluna (NVS), no movimento, exibisse as coxas mercê da bata curta. Levantei-me, disse à aluna que não o fizesse, avisei o professor, abandonei a aula, bati à porta do reitor (dr. Vargas Pessegueiro), e comuniquei o que havia a comunicar com as exigências que entendi propositadas. Ficou encerrado o caso e, que me conste, o professor jamais tentou fazer-se engraçadinho com menina alguma, e por maioria de razões com aquela.
É comum dizer-se que "ninguém dá o que não tem". Acrescento: se estiver disposto ao 'incómodo'.
~ ― ~
Engasgai-vos no vosso vómito, chafurdai na lama que criais, afogai-vos na merda em que sobreviveis e na qual outros, poucos, vicejam.
Vive valeque
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
25/08/2022
17/01/2022
Da improbidade
Fazia menção de remeter à reclusão até à apuração final da decisão do eleitorado, a apreciação às peripécias partidárias. É impossível — e, a impossibilidade, não é por achar que seja devedor de solidariedade ou que tenha ser recíproco para com os meus concidadãos. Não devo, não tenho.
Sem surpresa, entrou na campanha eleitoral o dissentimento entre as intenções da direita diabólica ‒ PSD, CDS, IL ‒ porque (denunciam os de ‘sensibilidade social à flor da pele’) o que pretendem é privatizar o ‘negócio’ e a ‘tropa progressista’ que vive angustiada com a vida e o destino do povo ‒ PS, PCP, BE, Livre, PAN, …‒ sobre a vida e o caminho, o presente e o futuro da Segurança Social *.
O comportamento da generalidade dos órgãos da comunicação social, de tão confrangedora, chega a ser revoltante. Também essa tem sido/é a que desejamos.
Os exemplos que deixo (de dezenas, disponíveis) foram colhidos de forma aleatória e sob um critério, único ‒ comprovar que, perante a verdade, se comportam e verbalizam como patifes, ipsis letteris.
— • —
Quem me segue, saberá o que chamei a Fernando Teixeira dos Santos quando ele era ministro das finanças de Sócrates, o que chamei a Vieira da Silva ao tempo de Sócrates e no anterior governo de António Costa, o que chamo a António Costa, que é semelhante ao que chamo a Siza Vieira e a outros tantos (ocupem eles o lugar que ocuparem) e que não se coíbam de “cagar-se” — da linguagem informal da 2ª figura deste Estado, Ferro Rodrigues — para a verdade, e assim vigarizar as pessoas. Não o fazem por incompetência ‒ fazem-no de perfeita consciência e convictamente.
Quem me segue, saberá que nunca fiz do povo o desgraçado da história porque, o povo anda há quarenta e nove repito, quarenta e nove anos, a desgraçar-se. E quem se desgraça por convicção merece o castigo. Dizem-me: — São enganados. Não é verdade! Tanto não é que os aldrabões vigarizam por saberem de antemão que, se não forem vigaristas, perdem. A constatação é uma constatação, e não serve de atenuante. Facto é que, entre nós, mais fácil é ser incensado um trafulha, relapso, do que alguém comprovadamente equivocado. Ora, no máximo, poder-se-á exclamar com um daqueles remoques que servem, simultaneamente, aos contrários — ‘estão bem uns para os outros’; ‘merecem-se’.
∞
∞
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É exactamente como escreveu Euclides da Cunha — Não, não é a ocasião que faz o ladrão; o ladrão existe independentemente das ocasiões. Também não é menos verdade que, quando se deixa de lutar pela posse da propriedade privada, resta lutar pela fruição da propriedade colectiva.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
14/01/2022
Os ferreiros deserdados, por Urano, que nos calharam
A
noite transacta foi a tal — a do combate entre dois notáveis cíclopes.
Não
é por caso que os denomino por cíclopes em vez de titãs ou simplesmente gigantes — no
nosso meio, gigante tem de ser referido sempre entre aspas e, para ser um
afortunado, não carece de um segundo olho que lhe garanta a estereopsia, quer
dizer, que lhes propicie perscrutar em profundidade; no nosso meio, o que vá
além da bidimensionalidade entra sem tergiversações no domínio da complexidade
que, amiúde, é apenas e só para predestinados, sobredotados ou
ornados.
espécime tipo |
Facto é que, primeiro, não assisti à contenda ‒ nenhum deles possui o que seja do meu interesse; segundo, optei por entrar somente para assistir às prelecções dos exegetas, hermeneutas, especialistas em linguagem corporal, politólogos,… enfim do melhor que há, do seio da geração predecessora à «geração mais bem» (devia ser «melhor», mas …) «preparada de sempre» mesclada de alguns preeminentes dos «mais bem», convidados pelo canal de televisão.
Foi-me ofertada a
ocasião de presenciar o que, para mim, sem apelo nem agravo, justifica o
parágrafo anterior.
Sondagem
CNN
57% dos portugueses
consideram a TAP importante desde que não tenham de a pagar
Esta inferência contém um mundo! Adjectivar
a inferência com menos do que extraordinária é uma concessão à estupidez, ou
melhor, à cretinice por mais legítima e vulgar que esta seja – é que o estúpido
não tem de ser cretino, mas o cretino é inapelavelmente um estúpido ciente,
galhardo e brioso.
Escuso-me
a lucubrar, sequer a conjecturar, quer sobre a inferência quer sobre quaisquer
das premissas porque isso, sim, seria pretexto para um tratado a que não me
afoito.
Este
blog nasceu sob a epígrafe
“A
prezada erudição tem seus termos, e mais se deve usar para discorrer e inventar
novas coisas que para acomodar ao nosso propósito as que já estão ditas”
de
D. Francisco Manuel de Melo, e assim fenecerá. D.
Francisco Manuel de Melo vive!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
18/12/2021
A culpa não é do fotógrafo
Por
estes dias, com relevância e determinante, entre nós, só dei por uma ‘coisa’ - «CENSOS 2021 – Divulgação dos resultados provisórios» - INE. Relevante por natureza; determinante porque é, preto no branco, a realidade de que
a generalidade dos portugueses não tem ciência e sobre a qual todos se encolhem
‒ contam-se pelos dedos [não haverá bicho-careta que desconheça as excepções. E o prémio sempre foi/é serem, amiúde, glosados abaixo de cão] os que dela falam/escrevem sem tibiezas, a começar pelo presidente da
República.
A culpa não é do ‘fotógrafo’ – Portugal não é o suposto; é o que está na ‘fotografia’.
∞
Já não importa pleitear sobre ilusões porque está demonstrado
que não tivemos capacidade para as corrigir. Assim sendo, preparemo-nos para a
natural imposição dos factos. Quer dizer: os factos destrui-las-ão! É esta a perspectiva do
futuro. Restar-nos-á o consolo dos medíocres ― não estar só, não
ser único. Neste âmbito, Espanha, França e Bélgica serão, braço-dado, nossa companhia.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
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