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05/04/2023

Um coio, a TAP,

neste imenso valhacouto, Portugal. É a praxis do Partido Socialista, aliás, em conformidade com os preceitos da melhor sua melhor tradição. Gerar e alimentar expectativa(s) que levassem a um desenlace diferente é irremediavelmente um anseio confinado a um perímetro asnal. Não espanta - compõe a doxa nacional.
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O ex-secretário de Estado das Infra-estruturas, Hugo Mendes, terá pedido à CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, para adiar um voo de Moçambique que tinha como passageiro, o Presidente da República. Na troca de mensagens, a CEO da TAP expõe ao ex-governante a preocupação quanto à exposição do pedido.

A minha preocupação é que se isto se torna público, e podemos ter a certeza de que se tornará, não vai ser bom para ninguém, não achas?"

Em resposta, Hugo Mendes escreve

“(…) entendo que isto possa ser algo irritante para ti, mas não nos devemos permitir a perder o apoio político do PR. (…) Ele tem-nos apoiado quanto à TAP, mas se o seu humor mudar, está tudo perdido (…) Uma frase vinda dele contra a TAP/Governo vira o país todo contra nós. (…) Ele é o nosso principal aliado político, mas pode tornar-se o nosso maior pesadelo.”

26/03/2023

Exclamação


A criatura é definitiva e irremediavelmente ― burro velho não aprende letras ― um ‘palerma’: um palerma ‘inteligente’. De onde lhe vem a ‘inteligência’? De uma coluna vertebral gelatinosa que 1. explica a verbiage, profícua e 2. fiadora, desde os tempos da ‘outra senhora’, de uma carreira de ‘êxitos’. O resto completivo não lhe é assacável ― é imputável, à vez, 1. à rede comunicacional e a quem a constitui bem como 2. à massa acéfala que o legitima.

02/08/2021

Uma 'coisa' leva à outra (1)

(e a ordem dos factores é arbitrária)
O meticuloso e esmerado editorialismo da comunicação social portuguesa, com especial destaque na televisão, é assinalável.

                      • Os ‘espontâneos’ incêndios florestais na Turquia
Os canais de televisão, com excepção da CMTV, ignoraram as imagens captadas, por um drone militar, da acção terrorista de dois bandidos na sua actividade pirómana.
A piromania e os restantes métodos de banditismo são incôngruos com as alterações climáticas.

                      • O nóvel presidente da República do Perú, Pedro Castillo o Evo Morales peruano ,  desafiou os críticos a formarem um governo com perfil radical e nomeou um primeiro-ministro marxista declaradamente homófobo.
A pública homofobia do indigitado não é notícia porque é marxista e não inquieta porque é lá, numa reserva de indígenas, a sul do Equador.

                     • Erdogan na Turquia autorizou a construção de um muro ao longo dos 60 KM fronteiros com o Afeganistão.
Não é notícia porque é um muro bom ou seja, não é um muro judeu-sionista nem é cerceador de movimentos de palestinianos.

                     • Por cá, a incursão político-diplomática do Presidente da República é um sucesso e, apesar de não serem públicas as conversas, está mais do que justificada. É bom, parabéns. Certo é que, por lá, a repercussão noticiosa é a que se segue (de 31.07 a 02.08, capa e texto do DN e «Folha» e «Estado de S. Paulo»).
Para eles existe a Cinemateca - Marcelo e os seus 'estratégicos' desígnios, não. 
Jorge Jesus diria – Boola!


16/01/2021

É por estas e outras que não voto no prof. Marcelo

Em 2016, votei no prof. Marcelo ‒ imaginei que servisse de contrapeso à frente de esquerda no poder. À época, não tinha excessivo respeito pelo prof. Marcelo. Hoje não tenho nenhum.

Eis uma compilação representativa do homem que ocupou a chefia do Estado nos sessenta meses anteriores e que, salvo envenenamento por zaragatoas, a ocupará nos sessenta que se seguem.
     A 9 de Janeiro, para justificar a prisão domiciliária de milhões de pessoas, o prof. Marcelo acusou os portugueses de quebrarem o “pacto de confiança” por terem passado o Natal a contaminarem-se com o vírus.
     A 10 e 11 de Janeiro, o prof. suspeitou estar infectado e desatou, “de duas em duas horas”, a submeter-se a testes à Covid, cujos resultados oscilantes mandou publicar no “site” da presidência e cuja reputação saiu arruinada do episódio.
    A 12 de Janeiro, o prof. Marcelo afirmou-se “muito irritado” com as autoridades da saúde, não por estas terem voltado a cancelar o tratamento a inúmeros cancerosos condenando-os a uma morte quase certa, nem por continuarem a desprezar os hospitais privados no combate à epidemia, mas por não lhe darem um esclarecimento escrito sobre a participação dele num debate televisivo.
     Ainda a 12 de Janeiro, o prof. Marcelo propôs à AR o prolongamento do estado de emergência até ao fim do mês, agora com a possibilidade de “medidas de controlo de preços e combate à especulação ou açambarcamento de determinados produtos”.
    A 13 de Janeiro, data de uma “comunicação” do dr. Costa que oficializou a situação ditatorial no país, soube-se também que o Ministério Público andou a espiolhar dois jornalistas, embora sobre ambas as coisas o prof. Marcelo ficasse calado.
     A 14 de Janeiro, o prof. Marcelo achou “inevitável” o aumento da dívida, visto que “não há outro remédio”, e que é “importante” que a PGR investigue o que ocorreu com os jornalistas investigados pela PGR “doa a quem doer”.
    A 15 de Janeiro, o prof. Marcelo já fez mais de 80 (oitenta) testes à Covid e prepara-se para apoiar o “confinamento” até à Primavera. 
Desprezo pelos cidadãos. Paternalismo. Demagogia. Hipocondria. Privilégio. Egocentrismo. Obsessão com o próprio umbigo. Pavor face à eventual impopularidade desse umbigo. Horror ao confronto. Fogachos autoritários. Indiferença estratégica perante as acções calamitosas, e frequentemente criminosas, do governo. Desdém dedicado às consequências ou inconsciência das mesmas. Apreço pela conversa fiada. Relativa infantilização do cargo e do mundo em redor. 
Os estragos que o dr. Costa causou nestes cinco anos só têm rival na placidez com que o prof. Marcelo os permitiu e legitimou. Porém, confesso relativa surpresa com o incondicional beneplácito do prof. Marcelo no processo indispensável ao respectivo êxito. 
Segundo diversos comentadores, a reeleição do prof. Marcelo é a garantia de que o PS não toma conta de tudo. Percebo a ideia. Infelizmente, a ideia não percebe a realidade.

Sob a atentíssima vigilância do prof. Marcelo, o PS conquistou o Tribunal de Contas, o Banco de Portugal, a Procuradoria-Geral da República e uma infinidade de órgãos secundários e terciários por aí abaixo e pelo país afora. Além disso, com inédita desfaçatez, o PS transformou o compadrio em moeda de troca, o empobrecimento em modo de vida e, sob a conivência jovial do prof. Marcelo, a impunidade em habitat natural. 
Em lugar da garantia de que o PS não toma conta de tudo, o prof. Marcelo parece garantir de que ao PS não escapa nada, incluindo, dadas as circunstâncias, a própria presidência da República.
Dadas as circunstâncias, é inútil especular sobre o que seria de nós caso Belém estivesse nas mãos de um marxista confesso. Basta constatar o que é de nós estando Belém como está. E concluir que dificilmente poderíamos estar mais condenados à desgraça. De facto, convém ao dr. Costa ter um alegado “social-democrata”, “liberal-social” ou lá o que é, a amparar-lhe o fanatismo e a inépcia.
Um camaradinha do partido evidenciaria em excesso a arbitrariedade do regime – um “adversário” suaviza-a e ajuda a simular “pluralismo” e “democracia” entre os distraídos e os comatosos. E principalmente na ausência de oposição.

Corre por aí que não compete ao prof. Marcelo substituir-se a uma oposição com a vitalidade dos pisa-papéis. Formalmente, é verdade. Na prática, nunca foi tão necessário um presidente capaz de escrutinar o governo e afrontar os seus abundantes excessos. E nunca, antes do prof. Marcelo, um presidente abdicou tão radicalmente dessa função. Durante cinco anos, o prof. Marcelo preferiu a “estabilidade”.

Haverá mais cinco anos para confirmar que a “estabilidade” dele não se distingue da nossa miséria, material e não só. Mas, desta vez, não com o meu voto.
É melhor perder com decência do que ganhar com vergonha. 

                              • Alberto Gonçalves

03/05/2020

Quando a virtude é a corrente

que liga todas as imperfeições.
O oposto do que Baltazar Gracián preconiza no Oráculo Manual.

Em tempos
 escrevi que Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres são as duas mais proeminentes personagens portuguesas do que, então, designei por lídimos perfilhados do Concílio Vaticano II. Hoje, é obrigação melhor esclarecimento  na versão burilada durante o pontificado do Papa Paulo VI. Convenhamos, face a Paulo VI, João XXIII foi um ‘anjinho’.

Os perfilhados do Concílio Vaticano II foram , e como o desígnio ainda não foi alcançado, são  os aríetes da Escola de Frankfurt. São os mestres do conceptualismo supostamente integrador e equalizador em que cabe tudo o que não exija, quer na linguagem quer nas práticas, clarificação absoluta. Daí que eu os realize «gelatina» — se bem que, na essência, o que os caracteriza é a pusilanimidade estratégica que instrui e ministra como nada mais, as artes tácticas da dissimulação, da astúcia, da insinuação.

É evidente que, aparentemente, as circunstâncias lhe são favoráveis.
O mês passado, 04.04.2020, escrevi que Marcelo Rebelo de Sousa não passa, de facto e na satisfação exclusiva da sua ambição, de um palhaço’ nas mãos do Partido Socialista. Trinta dias volvidos, há amplas razões para o enxergar como marioneta – palhaço, articulado.
Caiu-lhe, como mel na sopa, um Rui Rio capacitadíssimo para deixar percepcionar o partido que dirige como uma «ala direita» do socialismo gentio — uma mixórdia ideológico-partidária regaço para toda a sorte de conversos  pregressos vencidos, obviamente.

Não há outra ou melhor forma de nomear, nesta perspectiva, o Presidente da República – é o mais proveitoso «idiota útil» que a esquerda portuguesa, independentemente da variegação, mais desejava.

04/04/2020

As intermitências de um palhaço

O senhor Presidente da República na segunda-feira, próxima, fará uma vídeo-conferência com os presidentes dos cinco maiores bancos de Portugal
[vejo em rodapé na CMTV que «exigirá» (o seu a seu dono disto ninguém o pode acusar) — puxa! Quem pode, pode.].
Parabéns! Entretanto dá a saber — a todos nós, e aos CEO da banca — que, caso necessário, sacará do irrefragável «esforço dos contribuintes para viabilizar o sector financeiro» como apetrecho dissuasor. Porque “é chegada a ocasião de retribuir aos portugueses aquilo que fizeram”.

Ora, o senhor Presidente da República merece que lhe seja respondido, que
1 – a ajuda que os portugueses deram, está paga; e com a remuneração exigida pelas instituições ‘aceitantes’;
2 – a parte que não foi paga é a que respeita aos bancos que foram pilhados e que foram geridos por «ladrões de casaca» que – casualidades da vida compunham (ou compõem!) a sua távola redonda. É mentira? É preciso nomeá-los?!
3 – a ‘ajuda’ à CGD que é do povo tem de ser desconsiderada porque o proprietário jamais ajuda o que a si pertence. Ou aguenta e desespera ou deixa cair, e cala-se!
Mais: avisa que pretende ouvir soluções “para que o dinheiro chegue ao terreno” — espero que esteja capaz de lhes atirar á cara que já têm os «saques especiais» creditados nos respectivos balanços e que, portanto, … — com a maior rapidez, visto que os “processos bancários às vezes são demorados e difíceis.” — em conformidade aguardo que também lhes possa atirar à cara que, a lei da república que os exime de fazerem análise de risco, está aprovada e homologada pelo presidente e, por exemplo, a lei que os proíbe de remunerar créditos, também.

Fora esta intermitência, o normal é o restante contínuo composto pelas demais intermitências. Enfim, a tristeza que a malta gosta.