«La
verdadera explicación de la disfunción de Israel es el populismo y
no una supuesta inmoralidad. Durante muchos años, Israel ha estado
gobernado por un hombre fuerte populista, Benjamín Netanyahu, que
es un genio de las relaciones públicas, pero un primer ministro
incompetente. En repetidas ocasiones ha primado sus intereses
personales por encima del interés nacional y ha forjado su carrera
dividiendo a la nación contra sí misma»
LOS israelíes estamos tratando de entender lo que acaba de golpearnos. Al principio comparamos el desastre actual con la guerra de Yom Kippur en 1973. Hace 50 años, los ejércitos de Egipto y Siria lanzaron un ataque por sorpresa e infligieron a Israel una serie de derrotas militares, antes de que las Fuerzas de Defensa de Israel (FDI) se reagruparan, recuperaran la iniciativa y revirtieran la situación. Pero a medida que surgían más y más historias e imágenes horribles sobre la masacre de comunidades enteras, nos damos cuenta de que lo que ha sucedido no se parece en nada a la guerra de Yom Kippur. En los periódicos, en las redes sociales y en las reuniones familiares, la gente hace comparaciones con las horas más oscuras del pueblo judío, como cuando las unidades asesinas móviles de los Einsatzgruppen nazis rodearon y asesinaron a 14/10/2023
07/10/2023
Reflexão de um homem de compreensão lenta *
O mês passado (11.09) fez cinquenta anos que, um tanto inesperadamente, 'choveu' em Santiago. Até o toró desabar ninguém deu pela ameaçadora nebulosidade nem das fortes emanações morbíficas na atmosfera,; ninguém deu pelos ares carregados de avisos. Os avisos dados por palavras há muito que nos deixaram de comover. Mais cedo que tarde são necessários actos carregados de significado. De nada vale adiar. Como escreveu Henry Miller
"Adiar é a melodia do demónio; e, com ela, é sempre injectada a droga da indolência."
A espaços −, saímos de um de sete decénios −, parece haver um mundo que nos abandona, mas não: volta a entrar pela porta das traseiras. O mundo não quer originalidades; quer, isso sim, conformismo e escravos. As sociedades são feitas de portas fechadas, tabus, leis, repressões e supressões. As sociedades são agregados de irremediáveis palermas, patifes e gente má. E só à beira do precipício é que dão conta de que o que lhes ensinaram é falso. Ainda assim, ou por isso, nada é pior do que uma sociedade deixar-se governar por doentes. Dostoievski descreveu-os como ninguém -designou-os Demónios. Castélio e Calvino foram/são disso, exemplo. Deste 'vai-e-vem', deste 'anda-desanda' são proféticas as palavras de Rimbaud a Ernest Delahaye ('admirador' da superioridade alemã)
− "Idiotas! Voltarão para casa ao som dos seus tambores e trombetas para comer salsichas, crentes de que tudo acabou. Mas vê-los-ás militarizados dos pés à cabeça, comandados por chefes traiçoeiros que não lhes darão um momento de sossego, engolir por muito tempo a conversa fiada da glória... o regime de ferro e loucura aprisionará toda a sociedade alemã. E, tudo isso, para serem esmagados por uma coligação qualquer!"
Não há no meu texto, ou no ínsito, apologia de 'coisa' alguma ou alguém. A não ser abrir portas por forma a que se possa contrapôr as malfeitorias dos Chicago boys às 'benfeitorias' presentes e preconizadas pelos Santiago boys.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
05/10/2023
Colégio de génios
Dos organigramas político-administrativos dos países consta um «conselho de ministros»; no português há o equivalente - um «clube de génios».
Há
casas para alugar, mas a preços caros; há casas para comprar, mas a
preços caros. Ou seja, há casas para venda e para aluguer, mas os
candidatos a proprietários e/ou inquilinos não têm dinheiro
bastante. Se
isto acontece, há responsáveis. ― Maldito mercado! ― Havendo,
proceda-se.
Desde 2009, o
regime fiscal em vigor ―
“tendo
em vista atrair profissionais não-residentes qualificados em
actividades de elevado valor acrescentado ou da propriedade
intelectual, industrial ou know-how, bem como beneficiários de
pensões obtidas no estrangeiro
―
permite
uma redução do IRS, ao longo de uma década, a pensionistas ou
trabalhadores estrangeiros de determinadas profissões.
O
«caça- fantasmas» topou-os, e conclui que a medida é geradora de
injustiça social ―
contribui
"de forma enviesada" para a especulação
imobiliária. Vai daí, «Estatuto de Residente Não-Habitual» è
finito. Há
razões para qualificar a decisão como «de
génio»
aliás, em consonância com a vulgata. Da genialidade nos dão conta,
hoje, dois dos principais jornais económicos espanhóis
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
04/10/2023
O gerente do alcouce e outras considerações
Sobejou pouco, sendo pouco o que está contido —,
sem tirar ou acrescentar o que seja à(s) característica(s) do
'anunciador' e às do 'receptor' —,
nas palavras de Basílio Teles n'O Estatuto dos Povos
“o
político que não é senão político (…) é apenas um
aventureiro, um charlatão, o fabricante de mezinhas, o curandeiro
dos males colectivos; irrompe em todos os recantos, agita o
cartaz e a campainha, tripudia à solta impunemente, levando atrás
de si uma turba alucinada, presa de aspirações elevadas e, mais
frequentemente, cobiças e desejos."
Do
«frustrado» –
até nisto o 'boneco' é hipócrita –
'gerente
da casa' * sentenciou n'A Geada o 'maluquinho' Strauch de T. Bernhard
"A
pessoa que pertence a um nome nunca deixa ficar mal esse nome. Há
nomes que, quando os ouvimos, nos repugnam (...)
Os
nomes moldam as pessoas."
Em
1922, mutatis mutandis, Musil
escreveu
n'A
Europa impotente ou a viagem desgovernada – “Fomos
muitas coisas e não nos modificámos, vimos muito e nada
percebemos". Eram
felizes, foi o que se sabe, e deu no que deu.
A
obra maior de Schopenhauer
é «O mundo como
vontade e representação»; foi vertida no dealbar dos séc. XIX.
Os portugueses, em pleno séc. XXI, ainda andam em bolandas no
deslindamento entre a «representação» que toma(ra)m como boa e o
vigor e a «vontade» de que não dispõem.
As massas populares, só por elas, não têm nunca poder social criador; não são as massas que fazem a história e o progresso. Mas são as massas que produzem, selecionam e incrementam "os demagogos, os analfabetos e, frequentemente, os políticos demagogos que são analfabetos" (Pérez-Reverte).
Parece-me que voltarei à 1ª forma, hibernação.
* do ar na casa e dos frequentadores, lede o texto de Octávio Ribeiro
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
18/09/2023
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