Sobejou pouco, sendo pouco o que está contido —,
sem tirar ou acrescentar o que seja à(s) característica(s) do
'anunciador' e às do 'receptor' —,
nas palavras de Basílio Teles n'O Estatuto dos Povos
“o
político que não é senão político (…) é apenas um
aventureiro, um charlatão, o fabricante de mezinhas, o curandeiro
dos males colectivos; irrompe em todos os recantos, agita o
cartaz e a campainha, tripudia à solta impunemente, levando atrás
de si uma turba alucinada, presa de aspirações elevadas e, mais
frequentemente, cobiças e desejos."
Do
«frustrado» –
até nisto o 'boneco' é hipócrita –
'gerente
da casa' * sentenciou n'A Geada o 'maluquinho' Strauch de T. Bernhard
"A
pessoa que pertence a um nome nunca deixa ficar mal esse nome. Há
nomes que, quando os ouvimos, nos repugnam (...)
Os
nomes moldam as pessoas."
Em
1922, mutatis mutandis, Musil
escreveu
n'A
Europa impotente ou a viagem desgovernada – “Fomos
muitas coisas e não nos modificámos, vimos muito e nada
percebemos". Eram
felizes, foi o que se sabe, e deu no que deu.
A
obra maior de Schopenhauer
é «O mundo como
vontade e representação»; foi vertida no dealbar dos séc. XIX.
Os portugueses, em pleno séc. XXI, ainda andam em bolandas no
deslindamento entre a «representação» que toma(ra)m como boa e o
vigor e a «vontade» de que não dispõem.
As massas populares, só por elas, não têm nunca poder social criador; não são as massas que fazem a história e o progresso. Mas são as massas que produzem, selecionam e incrementam "os demagogos, os analfabetos e, frequentemente, os políticos demagogos que são analfabetos" (Pérez-Reverte).
Parece-me que voltarei à 1ª forma, hibernação.
* do ar na casa e dos frequentadores, lede o texto de Octávio Ribeiro