Há
casas para alugar, mas a preços caros; há casas para comprar, mas a
preços caros. Ou seja, há casas para venda e para aluguer, mas os
candidatos a proprietários e/ou inquilinos não têm dinheiro
bastante. Se
isto acontece, há responsáveis. ― Maldito mercado! ― Havendo,
proceda-se.
Desde 2009, o
regime fiscal em vigor ―
“tendo
em vista atrair profissionais não-residentes qualificados em
actividades de elevado valor acrescentado ou da propriedade
intelectual, industrial ou know-how, bem como beneficiários de
pensões obtidas no estrangeiro
―
permite
uma redução do IRS, ao longo de uma década, a pensionistas ou
trabalhadores estrangeiros de determinadas profissões.
O
«caça- fantasmas» topou-os, e conclui que a medida é geradora de
injustiça social ―
contribui
"de forma enviesada" para a especulação
imobiliária. Vai daí, «Estatuto de Residente Não-Habitual» è
finito. Há
razões para qualificar a decisão como «de
génio»
aliás, em consonância com a vulgata. Da genialidade nos dão conta,
hoje, dois dos principais jornais económicos espanhóis
Não
queres tu, quero eu!
Os
n/vizinhos, como bons cristãos que são [a
história dá ideia que mais que os portugueses ou, pelo menos, mais
sectários]
quero dizer, muito angustiados com as agruras das vidas dos
desvalidos, ficarão com a procedência
(o
grosso) do norte de África – complementando a Itália
e a Grécia
–
a França,
tudo o indicia, é um caso perdido (bom proveito lhes faça!);
Portugal
(este pequeno pedaço) fica com, de África, a fina-flor
dos
PALOP
e, da América do Sul, o escol
do
Brasil.
Dada
a forte convicção
socialista
dos dois povos
—
Vinde
a nós, sim, os pobrinhos; não os endinheirados!
(com
a benção vaticana de Sua Santidade, Francisco)
Os endinheirados introduzem distorções no mercado e agravam as injustiças sociais; os pobrinhos contribuem - na medida em que, na generalidade, auferem o salário mínimo - para a sustentabilidade da segurança social; testam a resiliência e a eficácia do serviço público de saúde; aumentam a frequência infantil e escolar; incrementam um acréscimo à cultura do indigenato, etc, etc,...
Não são génios - o Costa e a Sola Gonçalves?!
(na próxima insistam)