05/10/2023

Colégio de génios

Dos organigramas político-administrativos dos países consta um «conselho de ministros»; no português há o equivalente - um «clube de génios».

Há casas para alugar, mas a preços caros; há casas para comprar, mas a preços caros. Ou seja, há casas para venda e para aluguer, mas os candidatos a proprietários e/ou inquilinos não têm dinheiro bastante. Se isto acontece, há responsáveis. ― Maldito mercado! ― Havendo, proceda-se.

Desde 2009, o regime fiscal em vigor tendo em vista atrair profissionais não-residentes qualificados em actividades de elevado valor acrescentado ou da propriedade intelectual, industrial ou know-how, bem como beneficiários de pensões obtidas no estrangeiro permite uma redução do IRS, ao longo de uma década, a pensionistas ou trabalhadores estrangeiros de determinadas profissões.
O «caça- fantasmas» topou-os, e conclui que a medida é geradora de injustiça social contribui "de forma enviesada" para a especulação imobiliária. Vai daí, «Estatuto de Residente Não-Habitual» è finitoHá razões para qualificar a decisão como «de génio» aliás, em consonância com a vulgata. Da genialidade nos dão conta, hoje, dois dos principais jornais económicos espanhóis

Não queres tu, quero eu!


E daqui passo à teoria da conspiração – denomino-a de «
a complementaridade»

Os n/vizinhos, como bons cristãos que são [a história dá ideia que mais que os portugueses ou, pelo menos, mais sectários] quero dizer, muito angustiados com as agruras das vidas dos desvalidos, ficarão com a procedência (o grosso) do norte de África – complementando a Itália e a Grécia a França, tudo o indicia, é um caso perdido (bom proveito lhes faça!); Portugal (este pequeno pedaço) fica com, de África, a fina-flor dos PALOP e, da América do Sul, o escol do Brasil.
Dada a forte convicção socialista dos dois povos
                           — Vinde a nós, sim, os pobrinhos; não os endinheirados!
                           (com a benção vaticana de Sua Santidade, Francisco)
Os endinheirados introduzem distorções no mercado e agravam as injustiças sociais; os pobrinhos contribuem - na medida em que, na generalidade, auferem o salário mínimo - para a sustentabilidade da segurança social; testam a resiliência e a eficácia do serviço público de saúde; aumentam a frequência infantil e escolar; incrementam um acréscimo à cultura do indigenato, etc, etc,...

Não são génios - o Costa e a Sola Gonçalves?!
(na próxima insistam)