A criatura é definitiva e irremediavelmente ― burro velho não aprende letras ― um ‘palerma’: um palerma ‘inteligente’. De onde lhe vem a ‘inteligência’? De uma coluna vertebral gelatinosa que 1. explica a verbiage, profícua e 2. fiadora, desde os tempos da ‘outra senhora’, de uma carreira de ‘êxitos’. O resto completivo não lhe é assacável ― é imputável, à vez, 1. à rede comunicacional e a quem a constitui bem como 2. à massa acéfala que o legitima.
26/03/2023
Exclamação
A criatura é definitiva e irremediavelmente ― burro velho não aprende letras ― um ‘palerma’: um palerma ‘inteligente’. De onde lhe vem a ‘inteligência’? De uma coluna vertebral gelatinosa que 1. explica a verbiage, profícua e 2. fiadora, desde os tempos da ‘outra senhora’, de uma carreira de ‘êxitos’. O resto completivo não lhe é assacável ― é imputável, à vez, 1. à rede comunicacional e a quem a constitui bem como 2. à massa acéfala que o legitima.
25/03/2023
O significado
Obs.: aproveito para dizer que o meu 'sentimento' relativamente a essa 'catedrálica eruditância' porém medíocre, que enxameia o espaço público 'convencida da sua importância no mundo de entre Melgaço e V.R. de Sto. António'' - G. Oliveira Martins, Manuel S. Fonseca, António Araújo, V. Soromenho Marques, J. Pacheco Pereira, Tolentino Mendonça e outras 'coisinhas' bem mais liliputeanas como R. Araújo Pereira, José Luis Peixoto, Walter Hugo da mãe, Inês Pedrosa, Hélia Correia, ... está descrito com precisão no que René Char, citado por Marina Perezagua em «Seis formas de morrer no Texas», um dia, escreveu
"Ceux qui regardent souffrir le lion dans sa cage pourrissent dans la mémoire du lion"
Quem leu Jorge Luis Borges ― quem leu J. Luis Borges? ― depara, em «El Hacedor», com esta imaginada, brevíssima e ainda mais profunda estória que ― ouço-os ― 'a mediocridade que vive convencida da sua importância no mundo de entre Melgaço e Vila Real de Santo António' etiquetará de «desimportante» e «datada». O que é uma obra datada? Será, imensas vezes, o que passa sem etiquetagem da 'catedrálica eruditância de um bando de azêmolas' cujo fardo intelectual lhes acaba por esmagar a sensibilidade e a intuição. Ou pior! É que não é acaso o facto de ainda nos dias de hoje faltar quem suscite dúvidas sobre instrumentos/'ferramentas' e utilizadores entenda-se, «o homem, a ciência e a técnica». Assunto que cheguei a supor dilucidado, esclarecido, mas não - apesar de Spengler, Meneghetti, Heidegger, Max Eyth **, Leopold Ziegler ***, Theodor Litt ****...