sem mimimis
30/09/2024
07/09/2024
Uma viagem desgovernada
Nos
dois ou três meses subsequentes à matança de Bucha/Ucrânia a
convite das tv’s andaram uns senhores/as, dias a fio –
se não semanas –, a
perorar sobre as consequências ao inescapável cumprimento do
mandado de prisão, emitido pelo Tribunal Penal Internacional, a
Putin. Na ocasião, tendo em vista a retórica ‘especializada’
desses catedráticos em lirismo, escrevi - https://pleitosapostilas.blogspot.com/2022/04/da-incompatibilidade-entre-lirismo-e.html
Já
agora, na sequência da viagem do facínora à Mongólia, país
membro do TPI, não estão interessados os próprios ou as
respectivas estações de televisão em reaparecer para conjecturarem
sobre a falência efectiva do Direito Internacional? da impotência
da ONU? ...
A
comunidade internacional anda à deriva, e sem freio. Ao sabor dos
‘humores’ e dos propósitos inconfessos de gente desprezível
como Xi Jinping, Kim Jong-Un, Maduro, Ortega, Gustavo Petro, Erdogan, Bashar al-Hassad, Mohammad bin Salman, … e de gente
presumidamente astuta como Macron, Charles Michel, Scholz, Marcelo, Pedro Sánchez, V.Orbán, …
Até
prova em contrário, por ora –
se não desde sempre –
a intersecção entre o Direito e a política descreve-se com a
resposta de Konstantin Chernov, do FSB, ao chefe da segurança do
banco
● “A Lei é apenas um ritual; o poder e a violência superam a Lei. As ideias são as únicas armas capazes de obliterar a história, os factos e a verdade.”
É assim! Em 1933, Robert Musil escreveu
"O espírito da humanidade é, tal como o internacionalismo, como a liberdade e a objectividade, um valor que torna suspeito quem o detém, mais ainda, quem defende uma destas ideias torna-se suspeito da outra, já que revela não ter compreendido que a transformação é indivisível. Esta transformação postula uma totalidade em substituição da outra."
Assim continua!
"O espírito da humanidade é, tal como o internacionalismo, como a liberdade e a objectividade, um valor que torna suspeito quem o detém, mais ainda, quem defende uma destas ideias torna-se suspeito da outra, já que revela não ter compreendido que a transformação é indivisível. Esta transformação postula uma totalidade em substituição da outra."
Assim continua!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
29/08/2024
Ridicularias
Dei-me ao trabalho de ler a Deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social/2024/388 (OUT-TV) - Participações contra a RTP1 a propósito da exibição de uma entrevista a Marta Temido, cabeça de lista pelo PS às eleições europeias de 7 de agosto de 2024 (pendurei o PDF para memória futura) e ‘apanhei’ algo da Administração do Hospital de Santa Maria/Lisboa a ‘ameaçar’ com procedimentos judiciais quem, mais desbocado, diga ou escreva ‘coisas’ desabonadoras dos serviços e/ou profissionais da instituição.
Na realidade são dois actos que contam e valem nada. Tanto que são desmerecedoras do que vá além de duas conclusões, menores:
. A primeira é uma gargalhada entre o sarcástico e o desprezo;
. a segunda é que, espremidas, são reconfirmações do escrito por mim, anteriormente ― "estes censores ‘democráticos’ apenas se distinguem dos outros ‘fascistas’ porque os ‘fascistas’ eram comparativamente mais brutos; estes, os ‘democráticos’, são bem mais vis e sórdidos. Aqueles eram para ser levados a sério, estes são ridículos – eu acho-lhes piada."
Há uma outra bem mais complexa, mas menos perceptível e muito mais nefasta: naqueles havia uma propósito coerente em termos ideológicos e sociais; nestes – por baixo de todas as outras razões –, o alfa e o ómega de cada um é o de irem preservando as suas vidinhas da ruína ― e por isso abocanham e se alapam nos ‘lugares’ como doidos. É por isso que possuem uma desmedida fobia 1. ao escrutínio, 2. à comparação e 3. ao mercado.
Quem os conhecia, desde sempre, e podia de forma categórica referir-se-lhes era o Vasco Pulido Valente. Escreveu ele que, raspando-se esta ‘tralha democrática', logo se revelam uns tiranetes. Processem-me!
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
25/08/2024
Há coincidências tramadas
Estava
eu a ler, a sorver e a anotar uma série de passagens
conforme as suas importâncias relativas ou absolutas, do verde para
o vermelho,
página anterior folha
à frente, o livro «The Civilization of Illiteracy»,
de Mihai Nadin, aonde
se lêem afirmações
“The
first irony of any publication on illiteracy is that it is
inaccessible to those who are the very subject of the concern of
literacy partisans. Indeed, the majority of the millions active on
the Internet read at most a 3-sentence short paragraph”,
e
por aí vai, quando
dou
com uma entrevista da professora Inês Lynce, professora
do
INESC-ID
(Instituto
de Engenharia de Sistema de Computadores do Instituto Superior
Técnico),
a
quem a
revista
prestou um mau serviço. Pela
razão
lhana, porém essencial, depois de tanta ‘coisa’ cuja
compreensão e importância são
vitais,
se
limitar a destacar
“A
ideia da ‘matéria dada’ tem de desaparecer. Existe uma
bibliografia, dizemos qual é a matéria, podem existir umas aulas,
sobretudo motivacionais, para que os alunos fiquem com vontade de
saber, mas cada vez mais eles vão aprender sozinhos”
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
07/08/2024
Mas afinal quem fez a cama?
Excepcionando a probabilidade de o laicismo sair vencedor da 'contenda', na ideia de Guy Sorman, subscrevo o resto. Aliás o texto é um alinhado de factos e constatações. Tenho por certo que o laicismo é a forma mais civilizada de solução. Mas ao ponto que deixaram/deixámos chegar o magno problema — Quem fez a cama?! — já não vamos lá apenas com intenções e proclamações. As comunidades já não podem eximir-se à exigência e os Estados e as instituições já não logram o objectivo sem a imposição de uma rigorosa e contínua vigilância, sem serem implacáveis com o cumprimento da lei e fazendo com que os 'excepcionalismos' tendam para zero. O laicismo, o secularismo pode triunfar. O desafio é gigantesco porque as razões são muito, muito profundas. E essas é a razão pela qual não me afoito a estender a apreciação.
Escrito/Editado por
David R. Oliveira
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