04/02/2024

Do Apeirógono (I) - The end of the social network

A new set-up for social media is solving some problems — and creating others

FACEBOOK MAY be turning 20 on February 4th, but it is just as much of a magnet for controversy and cash today as when it was a brash, break-everything teenager. On January 31st Mark Zuckerberg, the social network’s founder, was harangued by American senators over the spread of harmful material.
The next day, as we published this, he was poised to announce another set of glittering results for Meta, Facebook’s parent company, which is now valued at $1trn. Yet even as social media reliably draw vast amounts of attention from addicts and critics alike, they are undergoing a profound but little-noticed transformation. The weird magic of online social networks was to combine personal interactions with mass communication. Now this amalgam is splitting in two again. Status updates from friends have given way to videos from strangers that resembles a hyperactive tV. Public posting is increasingly migrating to closed groups, rather like email. What Mr Zuckerberg calls the digital “town square” is being rebuilt — and posing problems.This matters, because social media are how people experience the internet. Facebook itself counts more than 3bn users. Social apps take up nearly half of mobile screen time, which in turn consumes more than a quarter of waking hours. They gobble up 40% more time than they did in 2020, as the world has gone online. As well as being fun, social media are the crucible of online debate and a catapult for political campaigns. In a year when half the world heads to the polls, politicians from Donald Trump to Narendra Modi will be busy online.The striking feature of the new social media is that they are no longer very social. Inspired by TikTok, apps like Facebook increasingly serve a diet of clips selected by artificial intelligence according to a user’s viewing behaviour, not their social connections. Meanwhile, people are posting less. The share of Americans who say they enjoy documenting their life online has fallen from 40% to 28% since 2020. Debate is moving to closed platforms, such as WhatsApp and Telegram.The lights have gone out in the town square. Social media have always been opaque, since every feed is different. But TikTok, a Chinese-owned video phenomenon, is a black box to researchers. Twitter, rebranded as X, has published some of its code but tightened access to data about which tweets are seen. Private messaging groups are often fully encrypted.Some of the consequences of this are welcome. Political campaigners say they have to tone down their messages to win over private groups. A provocative post that attracts “likes” in the X bear pit may alienate the school parents’ WhatsApp group.

Do apeirógono - Portrait d’une révolte anti-européiste

Il n’était pas faux de voir dans le mouvement des agriculteurs un mouvement social européen, comme on l’a souvent entendu, mais il fallait surtout y reconnaître une révolte antieuropéiste généralisée. Les événements sont venus confirmer cette impression : c’est à Bruxelles que le gouvernement français a dû se rendre pour négocier des concessions pour ses agriculteurs, comme s’il n’était plus qu’un syndicat des intérêts nationaux dans le cadre européen, sur lequel il fallait faire pression. Le vrai pouvoir, pour une fois, s’exposait, et s’exposait même fièrement, surplombant les peuples, les nations, les États.
Il faut toutefois définir correctement l’européisme. L’européisme n’est pas la civilisation européenne, ni même la construction européenne, mais une idéologie empruntant à l’europe son nom tout en ayant peu à voir avec elle. L’européisme est d’abord un intégrationnisme continental sans fin, dans la mesure où la construction européenne ne doit jamais cesser, et s’étendre sans cesse, comme en témoigne la tentation toujours renaissante d’y associer de nouveaux États, comme en témoigne aussi le désir de multiplier les accords de libre-échange à la grandeur du monde, l’européisme semblant ici se confondre avec un mondialisme ne disant pas son nom, comme en témoigne aussi son immigrationnisme forcené. L’UE se présente comme le moteur de l’unification mondiale et doit broyer les nations particulières qui ne consentent pas à s’y dissoudre – elles sont alors accusées de verser dans l’égoïsme national. Elles ne trouveront une certaine grandeur morale qu’en abdiquant leur souveraineté – généralement en renonçant à la règle de l’unanimité au niveau communautaire.

20/01/2024

De que país(es) nos falam eles?

[Nota prévia: solicito e agradeço que o post seja lido com a indulgência e condescendência com que lêem outros de sensibilidade e conclusões diferentes ou opostas. Das gravuras anexas cada qual que tire as suas conclusões - eu desobrigo-me.]
Falam-nos de algo que, na realidade, não existe. E se por acaso aludem à necessidade do restabelecimento de uma pequena série de valores que, para as gerações nascidas no dealbar do séc. XXI, representam «zero»; para os próprios são o ramerrame. Teoricamente podiam abster-se de as fazerem, mas, de facto é-lhes impossível não as fazer. Além do mais há que reconhecer(-lhes) a óbvia desorientação e impotência perante o manancial de solicitações e exigências de toda a ordem e natureza mercê da comum deficiência de 'envergadura' na compreensão, pior, na antecipação das tremendas dinâmicas em relação às quais são em rigôr alheios. No seio destas obviedades há uma outra, vital, e que simplificando resumiria assim: constatada a falência da vontade e a ausência de empenho opta-se pela sacramental ou melhor, a oportunista inércia dos condenados. Depois o desespero leva-os a decisões (ou intenções) ridículas. Com que olhos se pode apreciar a decisão de Macron em pôr as crianças e pré-adolescentes, de ora em diante, nas escolas, a cantar «A Marselhesa»? Quem simultaneamente anda mundo afora rogando compreensão e perdão dos 'desmandos' franceses! Mas como fizeram eles este caminho? Quem acolheu Khomeini? Onde se refugiou o ‘imperador’ Bokassa? [Toca pois a receber os agradecimentos] Quem ao mesmo tempo propõe e dá respaldo a decisões na UE de uniformização, globalizantes! (desconsiderando que o contrário, os nacionalismos, já são aparentemente infactíveis)
A zona que se interpõe entre a mentira de tudo e a verdade iluminada de nós próprios é um baldio para os outros, e no qual se constrói a «psicologia das multidões»”
Vergílio Ferreira
2024 é um ano comemorativo. Desejam que seja jubilatório, mas falharão; farão o necessário para que seja liturgicamente impressivo, mas não será. As salmodias serão retrospectivamente dionisíacas e prospectivamente miríficas. As rábulas serão compósitas, e as plateias mandam. O dogma é «Os intrépidos, abnegados democratas resgataram-nos daquele portal do Inferno em que estávamos atolados»
A lírica, a prosápia sobre o decurso democrático de cinco décadas conterá tudo o que seja necessário por forma a esconder ou dissimular o contínuo cortejo de falhanços arrebatamentos (pelo povo), utopias (para o povo), descaramentos (com o povo), indecências (legitimadas pelo povo) e de poucas-vergonhas considerando os ciclícos escarcéus políticos, as consabidas e inúmeras vidas de pirata e não poucos de autêntico gangsterismo que vicejaram a coberto ou dentro dos partidos, o corropio à roda da mesa do orçamento, a contumácia e as múltiplas acções de pilhagem com cobertura política, etc
A pergunta não é retórica. Existem, em Portugal e na Europa, uma multiplicidade de dados que há uma década podiam ser considerados sinais inquietantes, mas presentemente são evidências alarmantes. Ainda assim depreciadas. Dessas cinjo-me aos demográficos pelo que representam na paleta de mudanças societais e que, pela sua natureza, contêm dinâmicas irrefreáveis e ainda menos reprimíveis. A Europa, sempre, por razões conjunturais e de curto prazo, manteve fechadas as várias janelas de oportunidade que se lhes depararam. Foram desvalorizados por meras conveniências políticas E sempre por tacticismo. Foram sub-valorizados, retorcidos e moldados de uma forma ideologicamente o mais coerente possível por uma parte avassaladora da academia e da presumida ‘intelectualidade’. E quem fosse dissonante, os menos volúveis, era/é de imediato submerso por um chorrilho de adjectivos pouco edificantes e substantivos «com forte marca» e, popularmente ― os psitacídeos não aprendem línguas, repetem vocábulos! ―, por impropérios.
"Há uma distância infinita entre a aparição da verdade, a imediata evidência de seja o que for, e até mesmo o seu reconhecimento; quando olhamos a evidência pela segunda vez já ela está alinhada, classificada, endurecida entre as coisas que nos cercam. Eis porque ignoramos ou esquecemos depressa a face do que há de estranho nos factos mais banais."
Vergílio Ferreira









14/01/2024

'Cerca sanitária'

Balancete

Politicamente, a mais transversal iniciativa foi o estabelecimento da cerca sanitária' ao partido CHEGA. Para o sucesso desse 'desígnio' contribuíram activamente a comunicação social em geral, uma maioria de bedelheiros encardidos, que monopolizam o espectro radiofónico e o espaço no papel impresso, a totalidade dos partidos com representação parlamentar e dois, dos três, órgãos de soberania ― governo e parlamento. Este fim-de-semana, em do Viana do Castelo, ficou exposto o malogro. Espelhou a medíocre qualidade dos profilácticos ― a obra é uma grinalda de insucessos e, por isso, não serve de endosso e ainda menos de caução.

Comparar André Ventura a Estaline é infantilismo. Ouvir Pedro Nuno Santos perorar, em jeito de auto-análise, sobre empatia e humildade é absurdo; é do âmbito do ubuesco.

 Obs.: não componho os indecisos, nem eleitor do CHEGA - uma "taberna do irlandês", por ora, muito frequentada

03/01/2024

Não somos todos iguais

No aeroporto de Haneda/Tóquio – Japão um avião da Japan Airlines, ao aterrar, colidiu com outro da Guarda Costeira e incendiou-se. Os 379 passageiros sobreviveram. Consta que foram evacuados em 90 segundos, mais coisa menos coisa. Já ouvi e li exclamações - milagre. Que tenha sido! O que (me) aborrece é que a providência não concede a prerrogativa sem que o(s) ungidos  se precatem com muito, muito trabalho - sistemático, ..., nas escolas, incomodando os pequenitos com treinos de responsabilidade infundindo-lhes regras, simulações de resposta a desastres, etc. Chatices!