05/12/2021

Os 'heróis' de Peniche

são
os não-sei-quantos que bazaram do forte de Peniche.
Não espanta que, por cá, em pleno século XXI — tal e qual como expressam, os comuns de raciocínio profundo, a perplexidade —, sejam vendáveis estórias de façanhas heróicas com aquela importância. E façam o seu percurso, impantes.
Se, pelo que se sabe, as/os bruxos, cartomantes, astrólogos e especialistas de outras ciências vivem bem, por que não?!
Apesar de incréu até eu a tragava se fosse provado que, o António das botinas, não fez de contas que era tótó ou se deixou levar por um acometimento de humanidade.
Se, em vez de os encafuar em
Peniche, lhes metesse nas mãos guias-de-marcha para o Tarrafal ainda podia ter-lhes ofertado uma chata e os remos para se evadirem. E apostar.
Como dizem que era um mão-de-vaca, às tantas fez contas à despesa com a chata mais os remos.

04/12/2021

A estranha relação da dama com a lógica

Há sentenças que proferidas por ‘gente de esquerda’ ‒ para acomodar as designações ao parlapié venerado pelo povaréu ‒ têm outro valor, de facto. Se não por razões, direi, triviais ‒ características exclusivas e intransmissíveis ‒ ao menos não correm o risco de serem entendidas como manifestações subliminarmente perversas. Assim sucedeu a todo e qualquer um que ‒, com recurso à matemática financeira e ao cálculo actuarial, mas descurando absolutamente o prontuário e a táctica política ‒, predisse que a trajectória do nosso sistema previdencial era ruinosa. Entre outros Medina Carreira, Nogueira Leite, João Duque, Ricardo Reis,…
Questionar ou pior, duvidar da proficiência de Vieira da Silva — o tal que (vos) garantiu, com o trombeteio da comunicação social, a resolução dos problemas da segurança social por três décadas — …nem pensar!
                                                                                            ∞
Sobre o mesmo escreve Vital Moreira – como são, para ele, cada vez mais irreprimíveis os flash ‘capitalistas’! ‒ “O relatório do Conselho de Finanças Públicas suscita de novo a questão da sustentabilidade do Estado Social, em especial o sistema de segurança social, mostrando a gravidade do problema num futuro não muito longínquo, face ao envelhecimento da população e redução da população activa, por um lado, e ao insuficiente crescimento da produtividade e do crescimento económico, por outro lado. O risco óbvio consiste em não termos economia bastante para o nível de Estado Social existente, pelo que as contínuas propostas de reforço deste sem assegurar um melhor desempenho daquela constituem uma receita para o desastre.
                                                                                           
Regressemos às sobras do almoço. A feculosa criaturinha, Ana Mendes Godinho, que faz de tutora dessas ‘coisas’ no governo do sahib Costa, depôs. E na borra consta o que ledes (grav. ao lado)
Eximo-me de examinar mais profundamente o conteúdo das borras — descreio que gente comum e reles seja atreita a arroubamentos místicos pelo que se trata de um(a) descarada aldrabona debitando palavras para um serventuário sem voto.

03/12/2021

Por esta

não esperava eu. Fraco consolo. Mas, confesso, a verdade é que vale mais uma destas citações que um cento de caneladas e outras tantas alarvices.




21/11/2021

Se é a União Europeia

a despertar ou pasto para traças, veremos. As circunstâncias aconselham a que o despertar não seja confusional.



14/11/2021

Ciber-inábeis e ciber-afoitos

O mais fácil seria a arenga de pendor moralista ou as reivindicações éticas. Além de fáceis seriam com certeza mais ‘bonitas’ — enquadrar-se-iam naquele ramerrame melífluo com que se mantêm os bois a dormir. Ora tudo, todos os sinais apontam para a constatação de que não há inocentes. E se os há, ou os que o são, que se precatem.

    • As instituições político-administrativas ‒ dos poderes legitimamente instituídos aos reguladores designados ‒ que não procedem com efectividade e resultados visíveis, o menos a que se sujeitam é serem tomadas por cúmplices na forma de adjuvantes, complacentes, ou…‒ a gradação é assunto para a etimologia ou filologia (‘artigos’ em que sou um zero à esquerda). Quando se está incapacitado, há incapacidade ou se é incompetente desmonta-se do animal.
    • Os particulares que são golpeados não merecem quaisquer deferências – a esperteza saloia, o atrevimento, a ganância,…pagam-se. E sem recibo.
Baratas espertas não atravessam o galinheiro melhor, nem lá entram!