18/03/2023

Ilustração

Vai para quarenta anos, a administração do BPSM (Banco Pinto & Sotto-Mayor) presidida pelo prestigiado tecnocrata (sem ironia) Lo
ureiro Borges decidiu unilateralmente e sem dar conhecimento aos depositantes, fazer uma necessária, e urgente, limpeza no balanço leia-se, aliviar o ‘peso’ das operações passivas umas largas dezenas de milhões de contos. O que fez? Depósitos superiores a cinquenta contos em regime de capitalização, no vencimento, não capitalizavam. Os depositantes residentes tiveram condições para reagir no sentido de minimizarem perdas, mas os depositantes emigrados não tiveram o segmento focado era mesmo este: BPSM e CGD detinham o portfolio da emigração; o BNU, o BPA e o BF&B eram pouco expressivos.
A banca ainda estava nacionalizada e, por conseguinte, equacionar a possibilidade de mexer na componente «balanço social» ou seja, chamar à mesa a direcção dos recursos humanos, por exemplo, era inimaginável. A banca nacionalizada detinha uma outra função: não contribuir para o desemprego.