31/10/2021

As formas da merda

Há contextos, ocasiões, bípedes, … em que não tenho como recorrer a sinonímia burilada para me referir a eles. Seria mais agradável quiçá para os visados e para quem lê, mas seria pior para quem escreve pela 1. esforço de contenção e 2. iludia a exacta designação dos componentes.
Se há virtude que a merda desmerece é todo e qualquer tipo de acção virtuosa, probidade retórica, esmero cívico ou urbanidade!

Ao ler, em diferentes órgãos de comunicação social, que 
a GNR estará a realizar perícias à roupa, ao papel higiénico e a fragmentos biológicos de Nuno Santos - o trabalhador mortalmente atropelado a 18 de junho pela viatura oficial em que seguia o montículo de merda, que está ministro da Administração Interna, na A6”
designo-o(s) assim e, confesso, não liquido a minha indignação.
O dejecto, ministro, tem ciência disto tudo, do mais que nós desconhecemos, provavelmente jamais saberemos, e, não há comunicados, reclamações de inocência que lhe valham. Parte dessa canalha desmerece-me o que seja aquém de inominável ‒ são nojentos e menos do que profundo asco, para mim, é um exagero.

Abreviando — o cagalhão no topo do bolo seria a nossa ‘justiça’, no futuro, eximindo a poia que está ministro, a abornalar quaisquer formas de isenção de culpabilidade com uma decisão – no trabalho não se mija nem caga! ‒  que fizesse jurisprudência.
Pulhas!