23/02/2020

Tautologia ‘pictórica’ (1)


Há que conseguir descrever desapaixonadamente a génese para melhor se compreender o ‘mistério’. Cingimo-nos às funções, e nada aprendemos sobre o mecanismo. Como explicitou Helmut Wiesenthal ‘sobrevivem os sistemas que são capazes de aprender e estão dispostos a tal’. Se a sociedade estivesse capacitada para aprender  e está  e, simultaneamente, se se dispusesse à aprendizagem as quatro últimas décadas provam até ao fastio que não quis/quer sobrevivia.
O que não aprendemos de forma voluntária, aprenderemos por imposição. Tarda, mas não desaparece. E se os efeitos/consequências mais cedo não chegam tal fica a dever-se à inexistência ou indisponibilidade de «escravos da moral». À lupa, não há escravos da moral. O que prevalece na ‘sociedade civil’ são as redes de malfeitores e bandidos (sem aspas) politicamente enquadrados por súcias partidárias cuja preocupação, primeira, é amojar os úberes à ‘leiteira’.

Com a maior cara-de-pau respondeu o Presidente da República, à missiva dos generais, imputando responsabilidades à ‘apatia da sociedade’, pior, à generalizada ‘insensibilidade e lassidão’. A figura desmerece-me mais do que o comentário seguinte
— “Isto” está muito acima da canópia de vulgaridades com que apascenta o gado; no melhor traço da escola «a culpa/responsabilidade é dos outros» é o topo da escusação.

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     (1) por desapreço

Da obra, li algures que é expressão racista. É um aborrecimento! Realmente estamos imersos numa ‘cultura histérica’ (Lídia Jorge). Que seja! Não deixa de poder arguir-se que, na escala da evolução, as galinhas são muito mais estúpidas do que quaisquer símios. Bandsky podia ter vedetizado galinhas. Ter-lhe-á porventura ocorrido a ideia de as galinhas sendo aladas além de desassisadas, poderiam instigar a imaginação dos contemplativos, críticos, ou seja, levá-los a supor anjinhos. Não são: nem as galinhas nem os figurados/representados.