04/01/2020

Da nossa recompilação

Ouvir telejornais, sem pôr o interruptor dos neurónios do córtex pré-frontal em off, indispõe. Nas ‘notícias’ da TVI, das 20 horas de 03.01.2020, ouvi
A catástrofe ambiental que ocorre na Austrália (…) num país cujo governo é dos mais negacionistas, quanto às alterações climáticas, parece ser castigo da Providência.”
Alguns dos Pais da Igreja (os mestres da Patrística), na Idade Média, lograram melhor!

Não é especialidade da TVI — mudar para a SIC ou para a RTP dá no mesmo. Mudar de veículo ou plataforma também não resulta diverso; nos ávidos de papel (jornais) assim é. O Editorial do Público de 04.01.2020, assinado por Manuel Carvalho Crónica de mais uma guerra que o Ocidente vai perder – é do mesmo — Quem te manda, sapateiro, tocar rabecão! — um chorrilho de vulgaridades entremeadas de atrevidas premonições coligidas, aqui e além, no que os nossos ‘especializados’ têm por «The Oxford Handbook of…» ou seja, as apreciações e ‘análises’ dos colegas dos venerados Washington Post, New York Times, Hunfington Post, Time, Le Monde, The Telegraph, Bild e El País.

Há uma centena de anos, Karl Kraus escreveu
A missão da imprensa consiste em divulgar o espírito e, ao mesmo tempo, destruir a capacidade de assimilação.