22/10/2019

Alternativa fiável à «máquina excretora»

A máquina excretora de prelecções ‘analíticas’ está em pleno com a composição ― em qualidade, género e número ― do novo governo.

Era mais eficaz, e muito mais instrutivo − dava de comer a menos gente, porém   aconselhar ‘apedeutas’ e ‘neófitos’ [desobrigando-os simultaneamente do ‘estudo’ (uma penitência!) de Foucault - Microfísica do Poder, P. Bordieu – Sobre o estado, etc…] a lerem todo o capítulo – A Matilha e, do capítulo As entranhas do Poder, o sub-capítulo − Sobre a psicologia do acto de comer do «Massa e Poder» de Elias Canetti (escrito em 1960, editado em Espanha em 1981 e, segundo sei, publicado em Portugal apenas em 2014), e que me parece não foi erodido pelo tempo nem pela «evolução».
Não está lá tudo, mas está muitíssimo do que realmente interessa.

13/10/2019

Plumitivos e entorpecedores

“ (…) a rejeição dos argumentos do ultramontanismo de direita é um dever inscrito na Constituição e nos valores que a democracia propagou (…) ”
Manuel Carvalho in Editorial, Público



Estes exemplares da matilha de «novos cães de guarda» não se erguem acima do plumitivo; são intelectualmente desonestos. Nada há a fazer.
O senhor, na increpação, ignorou em absoluto o radicalismo – contrário, aliás, às transigentes intenções e civilizados desígnios constitucionais –, explícito ou subliminar, de quem, ao erguer o facho, bramiu


chegou a voz do anti-fascismo, do anti-racismo, do comunismo radical *


* prescindo de apreciações ao flato - «comunismo radical»

06/10/2019

Plantemos laranjeiras!

Provado à saciedade está que — por mais que sejam os ‘arranjos’ ou ‘combinações’ arquitectadas — não é com este ‘conjunto’, que se logrará algo de relevante ou profícuo. Ora, como é cientificamente implausível o recurso a ‘conjunto’ de natureza diversa, então — ao ver as estranhas concepções, ideias e alucinações que brotam da mente humana —, arranja-se forma de crer na Providência ou, fatalmente tolhidos por este mundo que adora a sua própria vulgaridade e mistura luxo com lixo, se replique o gesto de Luís XVI — mandou plantar laranjeiras em Versalhes porque os excrementos da corte empestavam o ar. Sugiro que repliquemos o gesto de Luís XVI: plantemos laranjeiras!

05/10/2019

Reflexões neste sacrossanto dia


Há 43 anos, uns líricos profundamente hipócritas instituíram o dia anterior ao dia da eleição como ‘de Reflexão’. Presentemente a sacralização traga-se porque lográmos passar de um generalizado analfabetismo a uma generalizada incompetência. É a minha opinião que nestas ‘coisas’ da política e da «razão pública» sou, de longe, muito mais por Pelágio do que por Santo Agostinho. Pois, então reflitamos.

É dito que a democracia junta, educa, civiliza – e que é uma tarimba de civilidade e civismo! Ontem, o alter ego da terceira figura do Estado (primeiro-ministro) — confrontado por um excitado com idade para ter juízo — proporcionou-nos uma lição de civilidade. As lições de civismo não são para aqui chamadas porque, referi-las, implicaria trazer a multitude de ‘modelos’ adestrados — os ‘apanhados’ nas malhas de algum tipo de escrutínio! — por essa ‘madraça’ (rica e farta em pergaminhos) que é o PS.