25/04/2023

Os desafios da democracia instantânea

Costumamos dizer que o tempo é o nosso maior tesouro e por isso não podemos desperdiçá-lo. Os nossos políticos parecem obedecer a isso - operam cada vez mais rapidamente. 
Nos últimos anos, a Europa tem sido governada à pressa, em grande parte por decreto, com pouca deliberação pública e supervisão parlamentar. Chamamos a isso “gestão de crise”, pois, de facto, passámos da crise financeira para a migratória e para a pandémica.
Quando o Parlamento Europeu pediu a Ursula von der Leyen que revelasse os registos das suas negociações com grandes empresas farmacêuticas em relação às vacinas da covid-19, pareceu que essas negociações eram geralmente levadas a cabo no WhatsApp e as mensagens apagadas.
Agora temos uma guerra arrepiante nas nossas fronteiras, que também requer acções rápidas e firmes. Não só nos apressámos em fornecer armas à Ucrânia, em impor sanções à Rússia e acomodar refugiados, mas também estamos a contemplar a admissão “rápida” da Ucrânia na UE. Uma nova crise bancária a bater às nossas portas também exige soluções rápidas. A intervenção do Departamento Federal de Finanças Suíço, do Banco