17/11/2022

A acção dos 'coisos' e os estudiosos da 'coisa'

Na revista aonde leio que um fura-vidas de Caminha fez, legitimado pelas urnas, do Município a sua casa e do dinheiro da comunidade a sua carteira também li uma entrevista de um historiador, João Paulo Oliveira e Costa, que dá uso ‘científico’ a um clichet  'universal' - dá para tudo e principalmente para ‘fundamentar’ outros ainda mais vulgares – “nós somos assim”, “é o que temos”, …

No primeiro caso – o meteoro, Miguel Alves, desintegrado – o que seja que tenha feito de irregular ou ilegal diz muito do próprio, mas diz muito mais da mole em que brilhou a fazer spin. É consabido que a administração local sempre foi um maná para este tipo de prestativas pessoas.

Com o senhor historiador não podia estar mais em desacordo.
Senhor historiador: em assuntos deste domínio, além do mais coetâneos, o que quer que seja, de científico, que não tenha comprovação empírica não passa de um «descolamento de retina», ou pior.

Falta de auto-estima?!Não, os portugueses não são deficitários de estima; aliás, reflectem a cada passo uma série de deficiências ou vieses que a conformam, e vêm antes da estima.
O imbecil não o é por falta de auto-estima. Pelo contrário: estimasse-se menos, e concorreria para esmagar ou obliterar a imbecilidade. Nesse sentido até acrescento que, os portugueses são imbecis, garbosos. Daí o “nós somos assim” - somos até os únicos que, imaginem, sabem verbalizar o compósito, saudade; daí sermos mestres nas adversativas – mas, todavia, porém,… ou, por exemplo, na complexificação – tudo é complexo! - … E por aí, vai!