Decorre uma petição pela destituição do
deputado Ferro Rodrigues da Presidência da Assembleia da República. À hora em
que por lá passei, os ‘encanitados’ eram mais de dezassete mil. É manifesto
que os peticionários não consultaram o clausulado da Constituição da República nem
o Regimento da Assembleia da República; é manifesto porque, caso o houvessem
feito, facilmente concluiriam pelas (suas) tristes figuras e, suponho, não fariam
gala pública da sua cretinice ou pior, garotice.
Esta gente ‒
tal é a força do atavismo! ‒ nada enxerga além ou
acima do foro paroquial ― como se assuntos destes fossem semelhantes às exigências de
destituição de um presbítero qualquer por ter desembravecido a alma de uma obstinada
ovelha ou cadela no cio.