Hoje, 25 de Novembro, é uma data de regozijo.
Com uma indelével ‘ressalva’ ― convém não esquecer que as decisões, e acções
dos heróis do dia 25 de Novembro de 1975, foram tardias e imperfeitas.
‘Do mal,
o menos’ escrevo hoje, grato. Foram imperfeitas porque foram transigentes
em demasia; foram tardias porque há uma ‘vitória’ que, em segredo, os derrotados
desse dia jamais deixarão de festejar - a «tarefa cumprida».
A «tarefa
cumprida» foi a ‘descolonização’ do
Otelo, do Corvacho, do Charais, do Pezarat, do Vítor Crespo, do Rosa Coutinho,
do Carlos Fabião, do Dinis de Almeida, … ou seja, a descolonização do PC, do
PRP/BR, dos GDUP´s, da OCMLP, LCI, PSR, … ou seja, a descolonização da Frelimo, do
PAIGC, do MLSTP, da Fretilin, do MPLA, … ou seja a descolonização ambicionada pela
URSS, e preconizada pelos «não-alinhados», em 1955, na Conferência de Bandung.
Em 25 de Novembro de 1975 estavam decorridos 14 dias sobre a vital e derradeira independência, Angola. Tarefa cumprida! E desafio sequente: a democratização dos 'restos' porque havíamos chegado a um 'momento de sobrevivência'.Os momentos de sobrevivência são 'momentos de poder'.
Hoje, é uma data de regozijo. Curvo-me em
memória de Jaime Neves.