O
(nosso) problema estrutural é CARÁCTER. É
comum ― tão comum
que me causa asco ―
ouvir e ler da autoria de uma série de personagens muito bem
informadas, superiormente formadas técnica e/ou cientificamente,
socialmente diligentes como poucos, … que este, aquele e aqueloutro
problema(s) é estrutural. É assim na saúde, na justiça, no
ensino, ... Sempre
replico ― sem perder a noção de que confrontá-los ou
afrontá-los, é fazer algo semelhante a uma apostasia
numa teocracia ―, que o nosso problema estrutural é de tal
amplitude e tamanha magnitude que, em tese, é irresolúvel. Corre(-nos)
no sangue! (e contra isto não há inconformismo que valha).
O
desiderato não é a formatação das instituições, nem as molduras
políticas e jurídicas do sistema, não está na débil e medíocre
instrução dos mais directamente interessados – o 'mundo' e a clarividência dos 'urbanos', neste âmbito, vale o mesmo que a ausência de
perspicácia e a farronquice dos ‘provincianos’. O
problema é o nosso carácter, comum! Não há remédio a prescrever;
o remédio está na forma como «cada um percepciona as distorções,
gere as aberrações, e decide conviver com elas» **