16/07/2022

Deu-se mal: levou uma surra de criar bicho

O senhor Jürgen Habermas, filósofo, é uma daquelas criaturas que, em vida, soube garantir ― por conhecimento e ainda mais arte  aquele estatuto com o qual profira ele o que proferir, e por maior que seja o disparate, sempre será muito apreciado e os erros  sejam eles óbvios ou subtis ser-lhe-ão relevados. A indulgência é esperta e não é cega. 
Henry Miller 'instigado' pela obra e vida de Rimbaud legou-nos «O tempo dos assassinos» que bem pode(ia) ter sido inspiração para outro da mesma classe, Rob Riemen - «O eterno retorno do fascismo». O que sucede é que, antes de qualquer espécie de retorno, o que há é "a sociedade não é mais do que um agregado de irremediáveis palermas, de patifes, de gente má " e, assim sendo, no presente como nas décadas de Miller, no tempo de Rimbaud, etc... há épocas em que os avisos dados por palavras nos deixam de comover, e o que é producente são os actos carregados de significado.
Retomando o fio à meada o sr. Jürgen Habermas escreveu