a
semana com as melhores das expectativas, não podia ser melhor.
A
parada militar na Praça Vermelha, em Moscovo, e o ‘decepcionante’ discurso de
Putin aos mujiques. Porque, lá no fundo, o que a rapaziada paisana — especializada em geopolítica, relações
internacionais, artes de guerra, … que despontou como cogumelos e enxameia a
comunicação social — mais ansiava era
ouvi-lo ‘decretar’ guerra, e a consequente mobilização geral. Não o fez; ficou-se
pela «operação especial», desnazificadora. Lástima, isso é o que temos há dois
meses e picos.
De
fora, mas do lado de cá, multiplicam-se os devaneios, e a ‘afirmação’, de gente
que se contenta em servir de estopim (1) ‒ não
trazem à humanidade um ‘milavo’ de utilidade —, e nada mais que isso.
Cá
dentro, o perfume (2) que nos inebria é o mesmo. Mudar o(s) perfumista(s) não é
solução ‒ não por frouxidão da
fantasia ou destreino dos olfactos deles mas, por uma lado, a maestria de
«cristais de massa» * e, pelo outro, narizes embrutecidos demais para
distinguirem um aroma râncido de uma água-de-colónia.
(1) F.J. Viegas
(2) Joana Petiz
* designação atribuída por Elias Canetti a “grupos rígidos, firmemente delimitados, estáveis e visíveis, de pessoas que servem para desencadear massas”