15/11/2022

Nem tolero que admitam, que eu faria uma 'coisa' dessas

O senhor doutor 
Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal, é tolinho - se não é tolinho andava cheio de vontade em encontrar sarna para se coçar; e, o senhor Luís Rosa, que o entrevistou, um imberbe na profissão, inexperiente e desavisado, na ocasião não parou o gravador e, em off, não fez uma perguntinha, sacramental
‒ O senhor doutor tem noção da ‘gravidade’ da ‘ acusação’?
Consegue provar?
O Costa, primeiro-ministro, ofendidíssimo porque o ex-governador não se retratou, instruiu o seu advogado para o processar por ‘calúnia’.
E eu, e tantos outros como eu, ingénuos, papamos a ‘indignação’ fiados no seu comprovado apego à verdade e aos inquebrantáveis compromissos com a palavra dada.
Concedo(-lhe) uma atenuante: invocou o direito ao bom nome, etcetal, mas não gritou a «tranquilidade de consciência» - Haja deus!
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A chave do logaritmo da ‘inteligência’ do ofendido
― Prepara processo, mete processo, ouve acusado, constitui arguido,…
Quando chegar ‒ se chegar! ‒ a julgamento, haja o que houver, já não sou primeiro-ministro – sou apenas o videirinho que chegou a ‘primeiro’.

Chapeau!

02/11/2022

Inflação Secular

As elevadas pressões inflacionistas numa economia pós-pandemia estão a ser impulsionadas, em parte, por tendências e forças seculares, muitas das quais operam no lado da oferta. Embora também existam factores transitórios – como as interrupções e congestionamentos nas cadeias de suprimentos e a política de zero-covid da China – é presumível que estes diminuam em algum momento. Mas as tendências seculares irão provavelmente levar a um novo equilíbrio em muitas economias e mercados financeiros globais. 
Em bens manufacturados e produtos intermediários (uma parte substancial da parte comercializável da economia global), estamos a emergir de um longo período de condições deflacionárias, que tinham sido geradas pela introdução de quantidades maciças de capacidade produtiva não utilizada e de baixo-custo nas economias emergentes. Sempre que houver um aumento de procura, a resposta de equilíbrio do mercado será 

The World According to Xi Jinping

What China’s Ideologue in Chief Really Believes

Foreign Affairs, 1 November 2022 - Kevin Rudd, president of the Asia Society/New York and previously served as Prime Minister and Foreign Minister of Australia

In the post–Cold War era, the Western world has suffered no shortage of grand theories of history and international relations. The settings and actors may change, but the global geopolitical drama goes on: variants of realism and liberalism compete to explain and predict state behavior, scholars debate whether the world is witnessing the end of history, a clash of civilizations, or something else entirely. And it is no surprise that the question that now attracts more analytical attention than any other is the rise of China under President Xi Jinping and the challenge it presents to American power. In the run-up to the 20th National Congress of the Chinese Communist Party (ccp), as Xi has maneuvered to consolidate his power and secure an unprecedented third term, Western analysts have sought to decode the worldview that drives him and his ambitions for China.