e ambas concorrem para este meio paludoso. É idiossincrático. Naturalmente, acrescento. O que explica esta e muitas outras “ondas” que às arrecuas de quaisquer comportamentos lógicos e, sobretudo, em conjunturas tão exigentes como a presente, é a arraigada e voluntária indisponibilidade para centrifugarem a alteridade que os fascina da ipseidade que odeiam.
Coisa’ para psicólogos, psiquiatras e/ou psicanalistas!
Sobre isso escreveram — referindo apenas dois ‘endeusados’ intelectuais portugueses e por serem tão profusa e cretinamente citados (uns que os citam, parcialmente, por pura e óbvia ignorância e mandriice, e, outros por exercícios de proselitismo) — Eduardo Lourenço e Fernando Pessoa.
Eduardo Lourenço em várias passagens do «Labirinto da Saudade» comummente ‘obliteradas’ das citações e Fernando Pessoa numa série de pequenos textos sobre «provincianismo», «atavismo», etc…igualmente atiradas para canto. Sempre por serem reflexos de que não gostamos, no espelho …mais ou menos quando o espelho, como na anedota, lhes retruca: “Cala-te que o teu passado é triste”.
Em Portugal, os portugueses ‒ bons ‘iconoclastas’ que são ‒ nunca confrontam os ‘deuses’; ou seja, não lhes aferem os méritos porque, se por outra razão não fôr, é uma forma esperta de inviabilizar, postergar ou procrastinar a exposição do(s) seu(s) próprios e intransmissíveis demérito(s). Daí o horror às comparações, daí a atracção pela imitação, daí a prevalência do pechisbeque.