A
‘tributária’ é a única função do Estado em que os serventuários não imploram ou
reclamam dos constrangimentos. Quanto às demais funções do Estado, ― das
tangíveis às ‘imateriais’ ― a saber, defesa,
segurança pública, educação ‒ na linha de Ant. Sérgio prefiro «instrução» ‒ , justiça, previdência e saúde é o que o curador da república leia-se,
1º ministro, os comissários de serviço leia-se, ministros e ‘secretariado adjuvante’
e os apparatchik intermédios, já não
conseguem iludir. Os propalados e justificativos «constrangimentos» não são outra
coisa senão a confissão da incompetência.
Se
o Estado não serve para efectivar aquilo com razoável competência e resultados apreciáveis, servirá para quê? E servirá a quem? Com excepção da parasitagem que se
arrasta pelo aparelho do Estado ou, como proficientes haustórios, nas suas excrescências.
Não há artifícios de publicidade que dêem
consistência à «histórica» recuperação económica da nação, e aos exercícios
futuros menos darão; não há propaganda que faça entrar a freguesia para onde
nada encontra de valor senão o que está exposto na montra.
A triste realidade é que, prestes a fazer cinco décadas, há a constatar que produzimos muitos Clódio, mas insuficientes Catão – há épocas assim. Além do mais, diziam os antigos, “já vem tarde a poupança quando o vinho está no fundo” *
A triste realidade é que, prestes a fazer cinco décadas, há a constatar que produzimos muitos Clódio, mas insuficientes Catão – há épocas assim. Além do mais, diziam os antigos, “já vem tarde a poupança quando o vinho está no fundo” *
* Hesíodo