Não irei enfronhar-me despropositamente pelos meandros da Estatística e do cálculo probabilístico ‒ de forma prosaica e coloquial porque,
para a média dos meus concidadãos (não é defeito), a estatística pouco vai além da média
aritmética – simples, e, um quartil será sinónimo de quadril e bootstrap (método de reamostragem) é um
corpo celeste.
Mais
um pleito eleitoral e, mais uma vez, as empresas de sondagens voltam a ficar
com a credibilidade em causa. É bem feito! Não sejam videirinhos, cobardes e
reajam.
“São mercenários e, antes de qualquer outra
coisa, prestam os melhores serviços a quem paga”, testemunham uns. Ora,
quem lhes paga é a comunicação social ou os partidos, eles mesmos. E, assim
sendo, errar uma vez por o tempo estar
muito nublado é um risco que pode ser programado sem que daí advenha dano de reputação – não admira porque, em múltiplos âmbitos da sociedade, o método
tem sido o de ‘se é difícil ou impossível drenar o pântano então mantenhamos
incólume a natureza’ (atente que é por causa destas situações que muito se
alude à contextualização – justificativa, apenas). Mas, se nenhum dos casos os
satisfaz, então, tenho de recomendar aos especialistas que apurem/ajustem/aprimorem
a «Estimação de Parâmetros».
Na
medida em que não acredito na incompetência técnico-científica dos estatísticos,
os erros clamorosos só podem radicar no interesse particular do órgão de comunicação
social ou nos universos das amostras/painéis. Como? ①
‒ a comunicação social trabalha os dados
conforme as suas preferências crendo na boa-fé e ‘ignorância’ dos leitores e/ou
② ‒ os ‘inquiridos’
mentem.
•Arroios – 3 sondagens (Aximage, CESOP e GFK Metris)
Isto é redacção de quem é isento e pretende esclarecer? Não é!
•o Públic(uzinh)o
•Um semanário de Góis induzia
São
precisos muitos? Não! Num universo de 600 inquiridos se 30 mentirem, em tese, o
resultado será adulterado em 5%. Tanto pode ser ‘catastrófico’ como quase não
se notar. Depende, pelo menos, de margem de confiança.