Hoje, na Ringstrasse, não há volteios valsados nem bailarinos a coreografar arabescos ‒ toca-se a severa «Rendition» de Gustav Mahler e tange-se a «Marcha Fúnebre» de Frédéric Chopin.
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Num dia de Junho de 1978, em Harvard, Aleksandr Solzhenitsyn disse, para quem o quis ouvir, «A world split apart»
“ (…) O declínio da coragem é a mais impressionante característica que um observador externo vê, hoje em dia, no ocidente. O mundo ocidental tem perdas de coragem cívica como um todo e, separadamente, em cada país, governo, partido político (…). Este declínio da coragem é particularmente perceptível nos ‘meios’ de decisão e nas elites intelectuais (…). Existem muitos indivíduos corajosos, mas não detêm uma influência determinante na vida pública. Políticos, funcionários e intelectuais exibem passividade e perplexidade nas acções, declarações e, ainda mais, nos raciocínios ‒ invariavelmente egoístas (…) ficam calados ou paralisados quando tem de lidar com governos poderosos e forças ameaçadoras, com agressores e terroristas internacionais (…) ”― • ―
Estamos num tempo em que vale a ‘lição’ do barão de Rotschild
― “Quando vejo as ruas de Paris sujas de sangue, adquiro títulos franceses”
A fase em que ‘o burguês entrega o dinheiro para salvar a pele’ porque, antes, ‘entregou o poder para salvar o dinheiro’ ‒ a fase em que se formam as «massas da arruaça» porque as matilhas acossadoras ainda carecem de uma mais forte percepção de perigo da parte das «massas da fuga».
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“Os
homens aprenderam com os lobos” - Elias
Canetti