18/11/2022

Sobre assuntos sérios e, pelo caminho, "de alguns borregos que são

o nosso melhor esteio e o melhor símbolo do país" *
    
           “Quando desafio Inês Sousa Real para um debate ela desaparece 

Luís Guimarães, físico nuclear, critica os ministros do Ambiente e partidos como PAN, Verdes e organizações que não se baseiam na ciência. Defende que a energia nuclear é mais segura e limpa e que temos de derrubar os preconceitos.
Atirar sopa a quadros, pedir combustíveis mais baratos ao mesmo tempo que se quer diminuir o consumo e viver com energia 100% renovável são erros, que os ambientalistas tradicionais cometem.
Luís Guimarães trabalha como Data Scientist numa empresa de telecomunicações, é um dos co-fundadores da RePlanet Portugal. A organização defende um ambientalismo com  base na ciência, sem crenças ou preconceitosProfessor convidado numa universidade pública considera que, para conseguirmos uma descarbonização, temos de apostar no nuclear - é uma opção segura.

Há uma pergunta na cabeça das pessoas desde o começo da guerra na Ucrânia, quando os russos se aproximaram da central nuclear de Zaporizhzhia: quais são os riscos que nós corremos?
Zero. A central de Zaporizhzhia são seis reactores soviéticos, dentro de um edifício de contenção que está desenhado para resistir ao impacto de um avião de passageiros, grande. São paredes de betão reforçado de 1,20 m. O combustível nuclear, do tamanho de gomas, são pellets cerâmicos e apenas ficam radioactivos depois de estarem no reactor. Não são solúveis em água e só derretem a temperaturas muito elevadas, bastante acima das temperaturas de operação de 300ºC de um reactor convencional. Não há um mecanismo eficaz de espalhar combustível nuclear sem que este seja fortemente diluído na atmosfera, deixando de ser perigoso ao fim de alguns quilómetros. Explosivos convencionais não são suficientes para pulverizar estes pellets. Portanto, o alcance do pior evento possível em Zaporizhzhia, estaria circunscrito à zona da central, algo como um raio de 20 km. As áreas de protecção destas centrais são de 30 km, por motivos de segurança. Mesmo a pior explosão convencional, independentemente de serem seis reactores como em Zaporizhzhia, ou apenas um, teria impacto na área circundante da central num raio pequeno. O pior que poderá acontecer em Zaporizhzhia através de métodos convencionais de sabotagem terá efeitos muito localizados. E uma central nuclear não explode.
É uma ideia que se tem.
Não é uma explosão nuclear. Todos os acidentes até agora, e foram três, vivem no nosso colectivo, mas não foram tão graves como se pensa. Esta informação é pública.

17/11/2022

A acção dos 'coisos' e os estudiosos da 'coisa'

Na revista aonde leio que um fura-vidas de Caminha fez, legitimado pelas urnas, do Município a sua casa e do dinheiro da comunidade a sua carteira também li uma entrevista de um historiador, João Paulo Oliveira e Costa, que dá uso ‘científico’ a um clichet  'universal' - dá para tudo e principalmente para ‘fundamentar’ outros ainda mais vulgares – “nós somos assim”, “é o que temos”, …

No primeiro caso – o meteoro, Miguel Alves, desintegrado – o que seja que tenha feito de irregular ou ilegal diz muito do próprio, mas diz muito mais da mole em que brilhou a fazer spin. É consabido que a administração local sempre foi um maná para este tipo de prestativas pessoas.

Com o senhor historiador não podia estar mais em desacordo.
Senhor historiador: em assuntos deste domínio, além do mais coetâneos, o que quer que seja, de científico, que não tenha comprovação empírica não passa de um «descolamento de retina», ou pior.

Falta de auto-estima?!Não, os portugueses não são deficitários de estima; aliás, reflectem a cada passo uma série de deficiências ou vieses que a conformam, e vêm antes da estima.
O imbecil não o é por falta de auto-estima. Pelo contrário: estimasse-se menos, e concorreria para esmagar ou obliterar a imbecilidade. Nesse sentido até acrescento que, os portugueses são imbecis, garbosos. Daí o “nós somos assim” - somos até os únicos que, imaginem, sabem verbalizar o compósito, saudade; daí sermos mestres nas adversativas – mas, todavia, porém,… ou, por exemplo, na complexificação – tudo é complexo! - … E por aí, vai!

Uma relação obsediante

Começo a ter francas suspeitas de que António Costa e/ou alguém da trupe sabe alguma coisa de um tal Marcelo que está Presidente da República e que, a saber-se, causaria enormes estragos no ‘boneco’ que levou quarenta e sete anos a compor. É cada vez menos compreensível o comportamento político do presidente da República – há muito que ultrapassou tudo o que compõe a cooperação e respeito institucional. Há ali algo próximo do obsediante.